*Por Cláudio Silva
É uma aventura
curiosa rever agora na maturidade leituras da adolescência e juventude. Eu
havia recém-concluído Guerra e Paz,
de Tolstoi, uma empreitada de fôlego, que durou mais de um ano para dar cabo dos
quatro grossos volumes que compõem a obra. Valeu a pena, porque faz jus ao
prefácio de Ivan Pinheiro Machado, que a inclui entre as grandes obras
produzidas pelo ser humano, como “Guernica”, de Pablo Picasso, “David”, de
Michelangelo, “A Flauta Mágica”, de
Mozart e “Monalisa”, de Leonardo da
Vinci.
Na
sequência, ao procurar por algo mais leve, optei pela
releitura do romance “O Príncipe
e o Mendigo”, de Mark Twain. Que impressões essa leitura provocaria em mim nessa
etapa da vida? Faria aflorar novas percepções não alcançadas naquela época? A
escritora Léa Masina afirma que Twain, utilizando uma linguagem apropriada a
aventuras infanto-juvenis, “soube mostrar o interior de cada um, e a hipocrisia
que veste a sociedade.”
Alguns
aspectos emergem logo no início da trama. Apesar das diferenças aparentes, os
seres humanos se igualam na sua essência. Isso é evidenciado na escolha dos
protagonistas centrais: duas crianças de fisionomias muito parecidas, mas de
condições sociais opostas. Uma nascida na opulência da realeza e a outra na
extrema pobreza. Mas fica evidente o peso que Twain dá à educação na formação
do indivíduo, deixando claro que, independentemente da condição social, a
educação e a cultura provocam transformações substanciais nas pessoas.
Tom, apesar de
mendigo, tem algum preparo intelectual, que
lhe permite a façanha de passar-se por
Edward, o príncipe de Gales. Assim como outras crianças do seu cortiço, teve a
felicidade de ser educado por um bondoso sacerdote, com quem aprendeu a ler e
escrever, boas maneiras e latim, além de poder dispor com frequência dos livros
do padre que, diante de sua curiosidade, explicava-lhe e comentava o conteúdo.
Tais atitudes do sacerdote despertaram em Tom a sede permanente de aprender
cada vez mais. E as leituras, à medida que provocavam mudanças em seu ser e
faziam crescer a sua consciência sobre as injustiças sociais, também aumentavam
a influência que passara a exercer no seu meio. As pessoas nutriam por ele “uma
espécie de temor admirado, como um ser superior”, sublinha o autor.
Complementando, “Adultos traziam suas perplexidades para que ele as resolvesse
e ficavam espantados com a inteligência e sabedoria de suas decisões.”
No caso de
Edward, o príncipe, a sua condição real já lhe assegurava uma vida de regalias,
além de receber um cuidadoso preparo cultural para no futuro ocupar o trono. No
entanto, ressentia-se da solidão imposta pela sua condição, nutria uma
curiosidade por experimentar a liberdade e, principalmente, os folguedos com que se divertiam
espontaneamente as crianças do seu reino, até as mais pobres dentre elas. Ele,
no entanto, tinha todos os privilégios, mas era uma criança solitária.
A narrativa
também realça a hipocrisia de uma sociedade de valorização de aparências,
posses, títulos e cargos. Os dois meninos, ao inverterem, por brincadeira, os
seus papéis sociais, simbolicamente representados pela troca das respectivas vestimentas,
passam a receber tratamentos distintos das pessoas que os confundem. O
príncipe, em sua nova condição de mendigo, toma consciência, experimentando na própria pele a indiferença, a
truculência e as injustiças praticadas pelos poderosos do seu reino contra os
pobres. E o mendigo, por sua vez, passa a experimentar como príncipe, de um
mundo de superficialidade, marcado por privilégios e bajulações, além dos
intrincados jogos de poder, interesses e deslizes éticos de pessoas
inescrupulosas que se locupletavam nos bastidores da realeza. Mas fica evidente
que o seu preparo cultural, embora incompleto, facilita a sua adaptação,
habilitando-o a lidar com as dificuldades e desafios que encontrou na nova
condição.
A obra de
Twain nos permite a reflexão de que se for dada às crianças igualdade de
oportunidades educacionais e sociais consistentes, todas poderão conquistar
dignidade e alçar voos a patamares inimagináveis. Está aí a história do
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, para comprová-lo.
E, possivelmente, assim como a minha, também a sua história pessoal, caro leitor, seja a de um desses casos cujo
destino a educação redirecionou.
Foi uma
agradável releitura de um romance aparentemente inocente, mas que nos faz fixar
os olhos sobre as contradições sociais que vivenciamos no dia a dia. E reforça
a consciência de que a sociedade deve assegurar igualdade de oportunidades a
todos, indistintamente, pois todos e, em
especial, as crianças, são merecedores
da mesma dignidade e respeito devotados aos príncipes, apenas e tão somente porque
são seres humanos.
Pense nisso!
Se achou esta crônica interessante,
poste o seu COMENTÁRIO abaixo. A sua referência é importante para nós -
Os editores.
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex-
presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR,
foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões 2005-2008
e 2009-2012 ) e Secretário de Ensino Superior (
2012)
Mais textos do professor poderão ser acessados em CRÔNICAS EDUCATIVAS DO PROF. CLÁUDIO SILVA
Esta publicação contou a assessoria técnica da jornalista
Cláudia Alenkire G. Silva (filha), e com a participação da Especialista em Literatura
e Língua Portuguesa Professora Ana Britici Valério.
Referências:
MASINA, Léa. Guia de leitura: 100 autores que você precisa
ler. Porto Alegre: L&PM, 2010
TOLSTÓI, Leon. Guerra e Paz. Porto Algre: L&PM, 2010
TWAIN, Mark. O príncipe e o mendigo. Porto Alegre: L&PM,
2012
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recomendados:
52 comentários:
Que inteligência superior é esta para conseguir relacionar um clássico da literatura com o nosso presidente do STF, mais uma vez, a crônica me surpreendeu. Excelentes colocações e excelente comparação. Chego a sonhar com uma educação de oportunidades iguais para todos. Parabéns!!!
De: ANA BRITICI VALÉRIO
Cláudio, pude ver a sua nova crônica pronta para alçar voo pelas asas da internet e assim ganhar o mundo. Ficou excelente e fará muito sucesso a exemplo de seus trabalhos anteriores. Já não estará passando a ideia de publicar um livro de contos e crônicas pela sua cabeça? Amadureça esta ideia. Abraços e sucesso
Dra Leila, suas referências só nos incentivam a seguir em frente. Sua síntese é perfeita: uma educação de oportunidades iguais para todos. Esta deve ser a principal causa da nação.
Professora Ana, à senhora que foi responsável por uma etapa importante da nossa formação, e paixão pela literatura, a nossa gratidão. Valeu a dica, mestra
À minha filha, jornalista Cláudia Alenkire G. Silva, o muito obrigado pelo paciente trabalho de correção e estruturação. Filha,o meu orgulho pela parceria. E que Deus a abençoe nesta missão tão nobre de transformar atos em palavras.
Grande Doutor Claudio Silva, são profundas e sábias palavras gerando inquietações e reflexões aos leitores, sou seu fã. Parabéns!!!!!!!!
Obrigada pelo alimento cultural que nos fornece em primeira mão sempre!! Somos privilegiadas por ser sua família doméstica e poder diariamente beber na fonte!!! Parabéns por mais uma grande crônica! Te amamos.
Luzia de Fátima
Muito obrigado professor e palestrante Robson Sanches. Suas palavras realçam a nossa grande amizade.
Grande abraço
Prof. Cláudio Silva
Sem essa retaguarda nada seria possível.É o combustível que nos impulsiona sempre.
Prof. Claudio, magnifico paralelo entre ficção e nossa realidade,parabens.
edmar Sergio
Olá meu caro Edmar. Você como sempre muito atencioso com os amigos. Agradeço pelas sua referências. são essas considerações das pessoas amigas que vão nos ajudando a aprimorar .
Grande abraço
Prof. Cláudio Silva
Prezado Cláudio Silva, fui premiado mais uma vez com a leitura de seu artigo. O paralelo traçado entre o mendigo e o príncipe é uma clássico da literatura. Todavia, o que nos remete a reflexão é a clareza da possibilidade humana presente na obra de sua lavra. Parabéns!
Meu orgulho é ainda maior só pelo fato de pedir minha ajuda. Você é um grande escritor e gigante exemplo não somente para nós, sua filhas, mas para alunos, educadores e amigos.
Prezado Professor Edmilson,
Quem conhece a sua história de vida,como nos que tivemos esse privilegio,contada nesse seu jeito todo particular,vai identifica-lo com a narrativa, pelos reflexos da educação no seu processo de desenvolvimento.
Suas considerações tem sido importantes para o nosso trabalho de aprimoramento nessa arte de transformar reflexões em palavras.
Grande abra~co
Carissismo Cláudio, uma análise comparativa profunda sobre as possibioidades humanas.Nossa inserção no mundo? é destino ou liberdade? Principes ou mendigos? Questiona com clareza a noção de natureza humana , universal , atemporal como determinante do pensar e agir e previlegia a importância das condições sociais e históricas como fundantes do ser humano.Mas e se não houvesse educação?
Hermes Schneider
Caro Dr Hermes,
A sua percepção acurada, calcada em sólida visão filosófica que muito admiramos,focaliza aspectos essenciais para reflexão.
Nos remete a saudáveis momentos de conversas, dos quais sempre saía enriquecido.
Os nossos agradecimentos
Grande abraço
Obrigada grande mestre, pelos momentos de sabedoria que nos proporciona!!! Sua crônica retrata perfeitamente a importância e a necessidade da igualdade de oportunidades para todos, principalmente para àqueles que vivem em condições precárias.Nossa missão enquanto educadores é justamente de semear em nossas crianças, o desejo de mudar sua história de vida, para melhor!!obrigada mais uma vez!!!
É notável observar quão atual é a história do principe e do mendigo. Quantos príncipes mendigos em conhecimento existem em nossa república! Parabéns pela crônica que tão bem amarra literatura e realidade!
Caríssimo Prof. Cláudio Silva
O seu texto mostra a luz do conhecimento em contraposição com as trevas da ignorância. É o brilho da sua vocação educacional nos inspirando mais luz do saber. Tive a honra de ser o seu aluno e o seu exemplo de mestre me referendou o pensamento do Epicteto quando diz: "Só a Educação Liberta"! Abraços!
Nilson de Oliveira
DE:MARIA ISABEL LOPES
Cláudio,
Gostei muito de sua crônica, pois ela nos induz a refletir sobre as diferenças sociais e culturais que podam oportunidades para os mais pobres. Uma pena que nossos governantes não pensem como você nem enxerguem o muito que tem que ser feito pelo povo brasileiro. Só pensam em encher os bolsos com suas falcatruas. Enquanto tivermos pessoas cultas e preocupadas, como você, ainda resta esperança. Paraabéns e continue em sua batalha pela cultura e a educação! Boa sorte e um grande abraço da amiga,
Maria Isabel
Bel, nossas histórias seguem em paralelo há muitos anos. Suas palavras dirigidas à mim, podem ser aplicadas à você que sempre lutou por esta causa, conquistando o embrião do que viria a ser uma universidade que começa a mudar os rumos do desenvolvimento regional. Suas apreciações sempre me são muito caras, por sinalizarem que está havendo sintonia entre as palavras e as perspectivas de reflexão. porque sem ela , reflexão, a realidade continua estática. Muito obrigado
Professora Rosangela,
A senhora é uma das que tem transformado positivamente esta realidade através da educação. Tenho a honra de cumprimenta-la por contribuir para o desenvolvimento saudável de todos os seus educandos, em especial , daqueles que tem aí a sua única oportunidade na vida.Agradeço por fazer a apreciação preliminar de mais esta crônica. Deus a abençoe
Professora Maria Alice,
Primeiramente, os nossos agradecimentos por aceitar contribuir com a apreciação preliminar dessa crônica. O seu olhar sensível de educadora por excelência, que tanto admiramos, e a sua consciência social,permitem a percepção das contradições que aí estão.Foi grande satisfação reencontrá-la.
Muito obrigado
Quem não teve a graça de assistir o nosso amigo particular, Palestrante Nilson da UNIFAMMA, registre este nome. Um espetáculo de conhecimento e lição de vida.
Prof. Nilson,te-lo como um dos apreciadores preliminares deste trabalho, é uma honra pelo que o senhor representa para a Educação Nacional.
O nosso muito obrigado e que o Pai o abençoe em sua nobre missão
DE: PROFA MARLI ADRIANI SERCUNVIUS ( Moreira Sales - Pr)
Boa noite, professor!
quanta honra ser lembrada pela sua pessoa!
li sua crônica.
espetacular a sua comparação com a nossa realidade.
eu também acredito no poder de transformação da educação!
e sonho com o dia em que todos terão as mesmas oportunidades e poderão por em prática o potencial que cada um tem...
pode publicar sem restrições!
achei que tem uma vírgula sobrando (risos)
porém não tenho muita habilidade com as regras do nosso 'velho português'
"soube mostrar o interior de cada um, e a hipocrisia que veste a sociedade"
seu texto ficou muito bom!
se me permitir, gostaria de passá-lo para as professoras da escola onde trabalho assim que publicá-lo.
um abraço e sucesso em seus projetos!
Deus te abençoe...
Muito obrigado, professora Marli. Observação anotada.
A sua presença nesta etapa é muito importante porque é uma referência como educadora, que tive a honra de conhecer.
O texto já está à sua disposição para ser trabalhado com os professores.
Lembranças nossas à todos
DE:ANA PAULA PEREIRA ( Apucarana - Pr)
Professor, que maravilha! Texto que poderia seguir na complexidade, escrito em molde simples. Dignos de nos manter em reflexão por horas! Parabéns!!
Muito obrigado Ana Paula. Esse feedback e muito importante para verificar se as palavras estão conseguindo traduzir as intenções. E irmos aprimorando. Que o Senhor Jesus esteja ao lado de vocês em família, e os plenifique sempre.
DE: IVONE GONÇALVES (Psicóloga)
Cláudio... você me fez voltar à infância. Eu tinha 10 anos e ficava deslumbrada e apaixonada : O Príncipe e o Mendigo - Telenovela da Rede Record -1972.
Como diz o Psicólogo social Fernando Braga da Costa, após concluir sua pesquisa (ele se sentiu curado de sua doença burguesa) Sofreu ao sentir-se INVISÍVEL, e afirma: Um simples bom dia, pode significar um sopro de vida; um sinal da própria existência.
Fazer a experiência da discriminação e se sentir ignorado é uma das piores experiências da vida.
Eu acredito que nem precisamos passar por uma vivência / experiência de tamanha transformação para sentirmos isso na pele. Em muitas situações do dia a dia podemos observar essa disparidade. Como detectar a discriminação sublimada... quem sabe bastaria olhar nos olhos com sinceridade e quem sabe, intuitivamente vamos selecionando os seres humanos, verdadeiramente humanos.
Obs.Acessem FINGI SER GARI POR 8 ANOS em http://www.imagick.org.br/apres/ArtigoTextos/comportamento/FingiSerGari.html
Dra Ivone,
As palavras nos fazem voltar no tempo, refletir,e principalmente ver melhor a realidade e as pessoas. Muito obrigado por mais esta importante participação/contribuição.
Um abraço
DE: FERNANDA BENVENUTTI ( Coordenadora Pedagógica e Designer Instrucional de Educação Corporativa da TEAR Escola de Negócios - Balneário Camboriú S.C. )
Professor, muito obrigada!!! Fico honrada!!
A crônica é excelente, e reforça a certeza da importância da igualdade entre as pessoas, do acesso a educação principalmente.
Parabéns professor, e obrigada pelos ensinamentos.
Grande abraço!
Cara amiga Fernanda,
A sua experiência e conhecimentos,conferem um peso especial às suas observações.Cumprimentos pelo importante trabalho educacional.
Muito obrigado
Palestrante e particular amigo Claudio Silva!
Uma honra em poder refletir sobre as probabilidades de perceber que a educação transforma pessoas em seus diversos aspectos, quer sejam eles intelectuais,culturais, emocionais e de sobrevivência. Sua crônica nos leva a pensar sobre nossas histórias de vida, somos sobreviventes nessa selva por ter quem tenha acreditado em nossas possibilidades e assim tivemos a força, a coragem, a determinação de estarmos onde estamos. Você, muitos professores, profissionais, outras pessoas, eu podemos nos tornar referência aos nossos jovens, demonstrando que se tiver metas e objetivos chega-se no mais alto do pódio, com dignidade. E então, agradecemos pela brilhante crônica real, concreta, humana e de reconhecimento do poder da leitura correlacionando com alguém como o Ministro Joaquim Barbosa! Parabéns e continue teremos imenso prazer em ampliar conhecimentos!Palmas! Muitas palmas!
De: Anadelia e Aureo Marconi,
Nos sentimos honrados pela sua amizade e por ter sido tão importante em nossa vida espiritual, lembramo-nos de muitos detalhes de suas pregações que nos foram tão significativas.
Não seria muito difícil admirar suas cronicas. Então, nos revestimos de um censo critico para tal analise, mas com tanta beleza e profundidade temos que nos render a sua inteligente colocação sobre o valor da educação igualitária. Parabéns!! Continuamos a admira-lo
DE: Jéssica Barrios ( Cascavel Pr )
Bom dia prof. Claudio!
a crônica é ótima, realmente faz com que paremos para refletir acerca das desigualdades sociais, da injustiça, da hipocrisia que reside em toda humanidade.
Penso que esta postura tão negativa que persiste em todo o mundo por tantas gerações deve-se a falta de uma educação eficiente, mais humana. Busquei analisar estas questões desde todo o início da história da humanidade, onde privilégios são dados a uns, a outros não. Onde títulos, cargos e status estão acima de qualquer sentimento de integridade humana e isto se repete ano após ano, dia após dia em diferentes esferas sociais.
Acredito que a Educação pode ser muito poderosa na transformação dos cidadãos do mundo, das crianças, jovens e adultos, desde que trabalhada adequadamente e com eficiência. Acredito que assim como o senhor, existam outras pessoas preocupadas com esta situação, e vem agindo a partir das possibilidades, em prol deste sonho, desta evolução.
Fico feliz de ver sua iniciativa com a crônica e creio que vai fazer muitas outras pessoas refletirem a respeito. Assim como várias outras atitudes importantes, este é um passo que favorece a Educação que tanto buscamos para todos.
Abraços! e obrigada!
Olá Jéssica,este depoimento partindo de uma jovem, tem um peso ainda maior. Sinaliza que podemos ter esperanças e a certeza de um futuro melhor, mais humano e fraterno.
Cumprimento-a pela reflexão tão lúcida. Parabéns e muito obrigado.
Caros Anadélia e Áureo,
Vocês são realmente amigos muito caros, e suas ações, de há muito tem contribuído para a transformação da vida das pessoas.Os nossos agradecimentos pela participação apreciando preliminarmente a crônica.
Grande abraço
Prof. Claudio, belíssima crônica, reflexiva, analógica, dolorida, retroativa ao pensamento, vivencial oportunista, ontem e hoje. Entendo que a viagem do "Ser" entre o meio criado e o que vive se diverge e muito. A própria obra lida relata isso. Quem eu fui, sou, serei? O que quero, sinto, vivo, creio, está de acordo com o que a sociedade sugere? Prof. tudo isso reforça os meus pensamentos. "Para as coisas mudar "EU" tenho que mudar.", mestre continue nos abrilhantando com obras reescrita maravilhosamente na visão inovadora humanista de um grande pensador. Parabéns Prof. Cláudio. (segue para pensar).
OITO PRESENTES
"O PRESENTE ESCUTAR... Mas você deve realmente escutar. Sem interrupção, sem distração, sem planejar sua resposta. Apenas escutar.
O PRESENTE AFEIÇÃO... Seja generoso com abraços, beijos, tapinhas nas costas e aperto de mãos. Deixe estas pequenas ações demonstrarem o amor que você tem por família e amigos.
O PRESENTE SORRISO.... Junte alguns desenhos. Compartilhe artigos e histórias engraçadas. Seu presente será dizer, "Eu adoro rir com você."
O PRESENTE BILHETINHO... Pode ser um simples bilhete de "Muito obrigado por sua ajuda" ou um soneto completo. Um breve bilhete escrito à mão pode ser lembrado pelo resto da vida, e pode mesmo mudar uma vida.
O PRESENTE ELOGIO... Um simples e sincero, "Você ficou muito bem de vermelho", "Você fez um super trabalho" ou "Que comida maravilhosa" faz o dia de alguém.
O PRESENTE FAVOR... Todo dia, faça algo amável.
O PRESENTE SOLIDÃO... Tem momentos em que nós não queremos nada mais do que ficar sozinhos. Seja sensível à esses momentos e dê o presente da solidão ao outro.
O PRESENTE DISPOSIÇÃO... A maneira mais fácil de sentir-se bem é colocar-se à disposição de alguém, e isso não é difícil de ser feito."
Desconheço o autor.
http://www.otimismoemrede.com/oitopresentes.html
Grande prof. Valdair,
sempre muito sábio e profundo em suas observações. Fortalecem a percepção de que a mensagem está encontrando sintonia.
E sua contribuição vem enriquecer ainda mais as possibilidades de reflexão.
O nosso profundo agradecimento.
Parabéns, Cláudio! Bela reflexão sobre a vida e mais especificamente sobre a importância da educação. "se forem dadas condições de igualdade"... Lembrando que isso deve se iniciar a partir de nós mesmo e assim a base para uma cobrança do Estado. Como custa ao ser humano se aceitar como "igual". Parabéns e Deus continue iluminando seus caminhos. Meu abraço sincero.
Grande Silva San! Muito bom o texto! Participação da Kiki!
Concordo plenamente com a necessidade dessa igualdade, que tanto faz falta. E o que dizer da qualidade? Continua tocando em todas as feridas!
Grande abraço.
Prof. Cláudio,
Que alegria ter a oportunidade de me enriquecer com esta crônica/reflexão.
Assim que iniciei a leitura fiquei positivamente surpresa com a sua mega disposição de enfrentar a densa leitura de Guerra e Paz, isso não é para qualquer um.
Também foi inevitável pensar no grande mestre Paulo Freire, que foi grande defensor da ideia de que a Educação séria, comprometida e libertadora pode redefinir a existência e abrir possibilidades infinitas.
Sei o quanto você defende com a própria vida o valor da Educação e isso o impulsiona cotidianamente.
Grande abraço e minha sempre presente admiração pela sua trajetória.
DE: Profa Marlene Alencar
Querido Mestre!!! Como sempre você faz as colocações sempre necessárias e agora através do romance de Mark Twain. Alguém já disse que a injustiça sem ação, te faz igual opressor... e esse cidadão, teve a ousadia (porque ousadia é para os fortes) de enfrentar a corrupção, a falta de ética e moralidade que impera na sociedade. Joaquim Barbosa é nosso, genuinamente brasileiro... Quando é que todos nós "Joaquins", levantaremos do berço esplêndido??
De: Irmã Deise Morakami ( ROMA)
Maravilhosa a tua reflexao: " descobrir e tomar consciencia da "essencia " do ser humano. Estari diante di uma pessoa, é estar diante de um grande material humano. E, que como vc diz: " todos poderao conquistar dignidade e alçar voos a patamares inimaginaveis", porque diante de cada um existe um horizonte infinito.
Voce é um amigo, é alguém que percorreu e percorre o caminho da sabedoria.
um grande abraço, com afeto e gratidao por tudo o que vc foi e continua sendo no meu caminho de pessoa consagrada.
parabens!
De: Valdinei Mateus Baldin
Incrível e feliz comparação! Sou pactuante da premissa de que a educação como um todo, e principalmente da criança, e' a grande responsável pelo crescimento e formação do caráter de cada indivíduo, independente de sua condição social. Parabéns pelas sábias palavras!
De: Prof. Renato da Rocha Neto
Grande Professor,
Fico feliz de ser lembrado para leitura de seus textos... Realmente muito boa a apresentação e comparação.
Parabéns e muito sucesso ao senhor sempre!!!
Abração
DE:Profa Selva Vilas Boas
Obrigada por esse carinho professor... o conto é lindissimo ! me fez voltar no tempo e reviver alguns momentos cruciantes numa determinada fase da minha vida. qndo conheci meu Deus ...tao maior ,do que sempre pensei conhecer , qndo , ´crer e ter fé era tudo que me manteve firme e forte para estar sempre ao lado de minha filha amada ! Hoje eu amo ... mas muito mais simples ... para mim Deus esta em tudo , principalmente no simples , no verdadeiro... coisa de Deus mesmo. UM GRANDE ABRAÇO , obrigada !!!
DE;L LARISSA BIASSIO ROSA
Querido mestre... O que mais poderia eu acrescentar em uma crônica tão simples e tão profunda... É uma delícia observar os detalhes e perceber que, infelizmente nos dias de hoje, isso acontece fortemente. Grande abraço meu amigo!
DE: SILVIA PINO ( Araricá R.S )
Boa noite
Li atentamente sua crônica e achei maravilhosa, pois é nosso dever como educadores tentar garantir as mesmas oportunidades para todas as crianças.
Parabéns
Querido amigo Claudio:
Deveras interessante a relação feita por você entre a obra de Mark Twain e a figura do Presidente do STF; após lê-la, a primeira coisa que me veio à mente foi: "Por que eu não pensei nisso antes?"
Mas é assim mesmo, os gênios têm essa percepção.
Continue a nos brindar com seu conhecimento e capacidade.
Abraço. Até um dia desses.
Paulo César R. do Amaral
Meu irmão Paulinho,
Você sempre exagerado! rrs. Agradeço sua fineza de sempre, nos auxiliando com as suas apreciações. Essas referências dos amigos de visão crítica, são importantes para o nosso aprimoramento.
Grande abraço
Querido amigo!
Igualdades de oportunidades em educação. Você bem colocou. Fiquei pensando no que você pensou e como pensou. E, imaginando, procurei entender para além das linhas escritas, a suas verdades sub-reptícias, não ditas, mas também não tão sem revelação. A questão da igualdade envolve em si um clamor de justiça pessoal e social e por isso cala fundo na nossa referência de cidadão. Parece que sai de nossa alma um querer que deixa de ser pessoal e assume o ato da semeadura, para então revestir-se de um caráter social. Nós educadores, imbuídos desse sentimento humanitário que por muitas vezes corroe nossa alma, passamos a ser o porta-voz da idéia, aqui nesse caso, de oportunidades para todos. Parece-nos que, se assim fosse, poderíamos observar a concretização de uma função social do Estado. Isso nos aliviaria, pois a oportunidade sistêmica de igualdades, ao se contrapor à privação daquilo que então, é por nós considerado como mais nobre, a educação, estaria a salvo. E todos teriam acesso. Você ilustra com muita propriedade seu pensamento, e entre outros, cita o grande homem Joaquim Barbosa. Que lição de vida! Que garra! Assim como você meu caro amigo, pois conheço um pouco da tua história. Acontece que tudo acontece em caminhos diferentes, em épocas diversas e em situações especiais físicas, emocionais e intelectuais. De onde vem a determinação e a vontade que faz com que o indivíduo ultrapasse barreiras, sonhe e alcance? Parabéns meu amigo. Você é um vencedor!
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