sexta-feira, 30 de novembro de 2012

EDUCAÇÃO - o bom exemplo de Araricá (R.S.)

Municípios gaúchos precisam criar 100 mil vagas na pré-escola até 2016 ( ZERO HORA )
Em Araricá, no Vale do Sinos, a taxa de atendimento à população infantil é de 92,63%, a maior do EstadoFoto: Miro de Souza / Agencia RBS

Cruzamento de dados apresentado pelo TCE mostra que Educação Infantil tem déficit de quase 190 mil vagas no RS


Municípios gaúchos precisam criar 100 mil vagas na pré-escola até 2016 Miro de Souza/Agencia RBS
Em Araricá, no Vale do Sinos, a taxa de atendimento à população infantil é de 92,63%, a maior do EstadoFoto: Miro de Souza / Agencia RBS
ZERO HORAVanessa Beltrame27.11.2012

Até 2016, a educação básica será obrigatória dos quatro aos 17 anos em todo o país, impondo aos municípios que assegurem a universalização do acesso à pré-escola. Coincidentemente, 2016 também será o ano em que terminam os mandatos dos prefeitos que venceram as últimas eleições municipais. Somando as duas ocasiões, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) apresentou nesta terça-feira em Porto Alegre um cruzamento de dados que sugere que as gestões que assumirem no próximo 1º de janeiro terão quatro anos para criar pelo menos 102.462 vagas nas pré-escolas para estar de acordo com a resolução federal. 


A obrigatoriedade, promulgada pela Emenda Constitucional número 59 de 2009, deve ser implementada progressivamente nos termos do Plano Nacional de Educação (PNE), e com apoio técnico e financeiro da União. Por isso, a ideia do Tribunal ao publicar os dados não é punir, mas alertar os gestores, bem como fazer com que os números da tabela sirvam de auxílio nos planejamentos municipais do fim deste ano. 


— O TCE age de maneira indutora, apontando a necessidade de que se façam investimentos — afirma o presidente do Tribunal, Cezar Miola.

As maiores aglomerações são as que mais preocupam os estatísticos do TCE, visto que os melhores desempenhos estão em cidades de pouco contingente populacional. O Tribunal alerta que, somente em Porto Alegre, deverão ser criadas 10.402 vagas em pouco mais de quatro anos. Em Alvorada, na Região Metropolitana, serão 5.569. 


— Se somarmos os 20 maiores municípios, eles comportam metade da população de zero a cinco anos no Estado. E, historicamente, são as grandes cidades deixaram de investir em creches e pré-escolas, até porque costumam ter receita per capita baixa — explica o auditor Hilário Royer, estatístico responsável pelo estudo. 


Cidades têm déficit de quase 190 mil vagas na Educação Infantil

Além da previsão para os próximos quatro anos, o TCE mostrou outro lado alarmante do levantamento: os municípios gaúchos deixaram de criar 189.783 vagas para a Educação Infantil, colocando o Rio Grande do Sul em 14º no ranking nacional das taxas de atendimento escolar da população entre zero e cinco anos. O Tribunal reforça que os números incluem as redes de ensino municipal, estadual, privada e federal. 



Enquanto o PNE estipulava como meta o atendimento de 50% das crianças de zero a três anos pelas creches, a média do Estado é de 23,01%, menos da metade. Já na pré-escola, enquanto o atendimento previsto é de 80% das crianças entre quatro e cinco anos, o Rio Grande do Sul mantém uma média de 63,39%. Ainda de acordo com o levantamento do TCE, apenas 27 dos 496 municípios gaúchos cumpriram as duas metas do PNE para a Educação Infantil. 


— A intenção não é punir, é alertar, mas podemos multar e dar pareceres desfavoráveis às contas dos municípios que não cumprirem as metas — diz Miola. 


Incentivo à criança na escola em Araricá

A cidade que apresentou o melhor desempenho no ranking do TCE é Araricá, no Vale do Sinos, onde a taxa de atendimento à população infantil é de 92,63% em todas as redes de ensino. De acordo com a secretária de Educação do município, Silvia Barbosa Pino, uma das escolinhas da cidade de cerca de 6 mil habitantes foi ampliada e ganhou duas salas de aula e outra nova creche foi inaugurada neste ano. 



— Temos uma política de turno integral da Educação Infantil ao quinto ano. Por isso, mesmo quando a mãe não trabalha, incentivamos ela a colocar a criança na escola antes do Ensino Fundamental. 


A meta do município é ousada: quer conseguir atender 100% das crianças na Educação Infantil até o ano que vem. Para isso, outra creche está em construção e deve ser inaugurada até o fim do ano.


Já no município com a pior colocação no ranking, Pedras Altas, na região Sul, apenas 6,9% das crianças são atendidas na rede de ensino. De acordo com a prefeitura, existe um projeto para abrir novas creches apenas em 2014. O secretário municipal de Educação, Walter Túlio Hessel, atribui o baixo desempenho à falta de demanda. 


— Os pais acham que as crianças são pequenas para ir à escola e, como a maioria mora na área rural e precisaria pegar ônibus, os pais preferem matricular apenas no Ensino Fundamental, quando é obrigatório — explica Hessel. 


Em Alvorada, a segunda pior colocada no ranking do TSE, a situação é crítica. Não há oferta de vagas em creches na rede pública, apenas no ensino privado. E, dentro da meta de 80% da taxa de atendimento na pré-escola, a cidade cumpre apenas 11,83%.


O município está em processo de licitação para construir cinco escolinhas em 2013 e atender em turno integral pelo menos cem crianças de zero a cinco anos. A prefeitura diz que comprou vagas na rede privada para outras cem crianças de zero a três anos, além de ter aberto 600 vagas na pré-escola. 


— Somos uma cidade carente e temos 22 mil alunos na rede de ensino pública. O governo teve que escolher entre atender à educação infantil ou a partir do 1º ano, e priorizamos os alunos a partir dos seis anos — diz a secretária de Educação, Janice de Menezes Nunes.

Leia as crônicas do  Prof. Cláudio  Silva em  : 


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A melhor ousadia de Haddad ( GILBERTO DIMENSTEIN )


FOLHA  DE S. PAULO
Publicada em 29.11.12

Para evitar maiores complicações, Fernando Haddad preferiu não insistir no convite para que Cleusa Repulho assumisse a secretaria da Educação, apesar de estar convencido de que as acusações contra ela não se sustentam. Já começaria o jogo perdendo na guerra das imagens.

Justamente na educação está o projeto mais inovador e ousado de Haddad. É um plano altamente complexo, exige uma tremenda capacidade de articulação, portanto difícil de dar certo. Não pode ter um auxiliar fragilizado numa área tão estratégica.
Haddad se comprometeu na campanha a implantar a educação em tempo integral na cidade de São Paulo. Estender o horário escolar não é tão difícil. Difícil é manter as crianças interessadas tanto tempo na escola.

O que ele se propôs é articular em torno das escolas não apenas espaços públicos ( parques, teatros, clubes, universidades), mas as demais políticas públicas federal, estadual e municipal que vai da saúde ao esporte, passando pela cultura, numa única malha. Em essência, seria criar uma cidade educadora.

O fato é que, como ex-ministro da Educação, ele não pode concluir seu mandato sem bons e inovadores resultados nas escolas.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

A melhor notícia aos negros ( GILBERTO DIMENSTEIN )


FOLHA DE SÃO PAULO
Publicada em 20.11.12

Neste Dia da Consciência Negra, a melhor notícia está nos números no ensino superior: em 1997 apenas 2% de pardos e 1% de negros, entre 18 e 24 anos de idade, estavam na faculdade ou haviam concluído o ensino superior. Agora, segundo o censo da educação, este número pulou respectivamente para 11% e 8%.

E tudo indica que a tendência só vai continuar com as várias políticas de estímulos à entrada de negros no ensino superior, além dos programas de financiamento (Fies) e Prouni.
Essa é a melhor notícia porque o caminho sustentável para se diminuir a distância dos índices de emprego entre negros e brancos, ainda vergonhosa no Brasil, é a educação.
É isso que vai tornar um Joaquim Barbosa, novo presidente do Supremo Tribunal Federal, rotina - e não ponto fora da curva.

Definitivamente 2012 foi o ano em que um negro com ensino superior, ao condenar a quadrilha do mensalão, ajudou a mexer na cabeça do brasileiro.

Apesar disso continuo tendo restrições para a cota a negros e pardos nas universidades. Prefiro cotas para quem estudou em escolas públicas, onde está a imensa parte dos negros.
Mas me incomoda muito mais a cota para ricos na universidades públicas. Estudam em escolas privadas caras e depois têm a mensalidade gratuita na faculdade -o que é injusto. Esse dinheiro deveria ser usado para bancar bolsas aos mais pobres.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.


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Um terço dos jovens não tem o ensino médio ( O Globo)


Evasão no Brasil é quase três vezes maior do que a média de 29 países da Europa, aponta estudo do IBGE
Alessandra Duarte
Carolina Benevides
Odilon Rios, Especial para O GLOBO
Publicado: 28.11.12

RIO E MACEIÓ – Uma geração de jovens brasileiros está ficando para trás na educação — e colocando em risco a própria capacidade produtiva do país no futuro. A Síntese de Indicadores Sociais 2012, divulgada ontem pelo IBGE, mostra que um terço dos jovens de 18 a 24 anos no país não completou o ensino médio e nem estava frequentando a escola em 2011. A taxa é quase três vezes maior do que a média de 29 países da Europa. O estudo aponta ainda desigualdades na qualidade das redes pública e privada; e mostra que metade dos adolescentes de 15 a 17 anos não frequenta a escola na idade certa.


Segundo o IBGE, a taxa de evasão escolar precoce de jovens de 18 a 24 anos — ou seja, o percentual da população nessa faixa que, além de não ter completado o nível médio, não frequentava a escola — foi de 43,8% em 2001 para 32,2% em 2011. Entre as mulheres, o percentual é de 26,6%, mas chega a quase 40% no caso dos homens: 37,9%. Numa comparação com 30 países europeus, os percentuais masculino e feminino do Brasil são melhores apenas do que o de Malta. Suíça, por exemplo, tem 5,7% e 6,8% para mulheres e homens, respectivamente.

Além da qualidade da educação, a força de trabalho no país acaba sendo afetada pela escolaridade dessa faixa etária, já que se trata da geração que será o trabalhador adulto das próximas décadas, sublinha Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

— Acreditávamos que a taxa de evasão dessa faixa (18 a 24 anos) estaria mais baixa, porque já teria dado tempo para o estímulo ao ensino médio que o Fundeb trouxe a partir de 2007 fazer efeito — diz Cara. — É preocupante, porque os jovens de hoje serão a força de trabalho adulta em 2040, quando o país será formado majoritariamente de adultos e idosos. Então, garantir uma melhor formação para esses jovens é garantir a própria capacidade produtiva do país. O Brasil ainda não percebeu que está perdendo essa corrida contra o tempo; que aquela ideia de país do futuro vai deixar de existir, porque não teremos mais tantos jovens para isso, e grande parte de jovens que se tornarão adultos e idosos não tem um mínimo de qualificação.

No nível médio, fora da idade certa
O combate à evasão no ensino médio passaria, em grande medida, não só por ações como aumento de vagas fora do horário noturno, mas por uma reformulação do currículo do ensino médio.
— Pesquisas mostram que 40% dos que deixam a escola resolvem sair porque não têm motivação. 
Eles não enxergam uma escola que caiba em suas vidas — afirma o educador Mozart Neves Ramos. — Com a população envelhecendo, não podemos desperdiçar nenhum jovem. As turmas de EJA (Educação de Jovens e Adultos) precisam de mais investimento. As indústrias já perceberam que há uma faixa de jovens que não estuda nem trabalha e que não consegue entrar no mercado.

Além da evasão, o ensino médio enfrenta o fato de que há uma grande parcela de alunos nesse nível fora da idade certa. Segundo o IBGE, a taxa de frequência líquida (a taxa de jovens frequentando o nível de ensino na idade adequada) para os adolescentes de 15 a 17 anos em 2011 foi de 51,8% (em 2001, era de 37,3%) — significa que metade deles não frequenta na idade correta, o que também acaba favorecendo a evasão. Segundo Cara, uma das metas do próximo Plano Nacional de Educação (PNE), em análise no Congresso, é que essa taxa fique em 85% em dez anos:

— Se ficarmos no mesmo nível de esforço dos últimos dez anos, porém, daqui a dez anos subiremos cerca de 14 pontos (a diferença de 2001 para 2011) e alcançaremos 65%, não 85%. O nível de esforço desta década vai ter de ser mais que o dobro que o da anterior.

Há dois anos, Dennis Messias, de 21, morador de Maceió, trocou a escola pelo emprego de pintor e de garçom. Fez até a antiga 5ª série em escola municipal:
— Escolhi sobreviver.

Hoje, Dennis está desempregado. Não pensa em voltar para a escola. Pablo Anthony de Almeida, de 16 anos, também desistiu dos estudos, este ano. Fez até o oitavo ano, após uma caminhada de repetências:
— É difícil. Não tenho interesse.

Hans Myller Tenório da Silva, de 24 anos, está casado há seis. Tem um filho de 5 e uma menina que nasce até dezembro. Ele e a mulher, de 20, deixaram os estudos antes do fim do ensino médio:
— Se pudesse pedir algo para a presidente Dilma, pediria um trabalho urgente, minha filha nasce mês que vem.

Crianças abaixo de 4 anos sem escola
O acesso ao ensino superior melhorou, mas ainda há lacunas. Dos jovens pretos e pardos de 18 a 24 anos matriculados no país, o percentual deles no nível superior subiu de 10,2% para 35,8%, mas ele ainda é menor do que o que a população branca tinha em 2001.

— O avanço dos negros nas universidades deve ter algum efeito das cotas, articuladas com o aumento da renda — diz Ana Saboia, coordenadora da pesquisa, lembrando que a distância entre brancos e negros ainda é de dez anos.

O IBGE aponta também que a desigualdade na qualidade do ensino entre as redes pública e privada no Brasil só não é pior, numa lista de 26 países, que as Panamá, Quirguistão e Catar, segundo a avaliação internacional Pisa de 2009. Além disso, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) da rede pública em 2011 é pior do que o Ideb da rede privada em 2005, tanto nos anos iniciais do fundamental quanto nos finais e no nível médio.

E, na educação infantil, o IBGE mostra que metade das crianças de 4 anos está fora de creche ou pré-escola; no Chile, 75% delas frequentam instituição de ensino; no México, 99%.


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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Miriam Leitão e Stella Maris Rezende vencem o Jabuti ( O GLOBO )


Fonte: O Globo
29.11.2012
Duas mulheres foram consagradas na noite desta quarta-feira pelo mais célebre e tradicional prêmio de literatura do Brasil, o Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro (CBL). A jornalista e escritora Miriam Leitão (colunista do GLOBO) venceu o Livro do Ano de Não Ficção pelo livro reportagem "Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda" (Record). A escritora Stella Maris Rezende, com o livro juvenil "A mocinha do Mercado Central" (Globo Livros), foi vitoriosa como Livro do Ano de Ficção. É a primeira vez desde a criação dos prêmios máximos do Jabuti (o de ficção foi criado em 1991, e o de não ficção, em 1993) que duas mulheres são vencedoras no mesmo ano.
Cada uma das escritoras, além do tradicional e cobiçado troféu dourado, recebem R$ 35 mil. Elas ganham também o prêmio de R$ 3.500 pela vitória em suas categorias: livro reportagem e juvenil. A cerimônia de premiação aconteceu na Sala São Paulo, na noite desta quarta-feira e reuniu um público de duas mil pessoas.

Num discurso emocionado, Miriam Leitão lembrou que superou a timidez da infância graças aos livros.
- Estou transbordando de alegria, não caibo em mim. Agradeço a Deus porque me deu uma família que me mostrou o caminho dos livros. Sonho em ser escritora desde os dez anos, e só realizo agora. Sei que há uma preocupação com o futuro do livro, mas ele é eterno, pode transitar de formato, mas nunca vai acabar - disse a escritora, num agradecimento muito aplaudido. - Pensei: vou escrever um livro sobre inflação, ninguém vai ler. E em alguns momentos, chorei ao escrevê-lo. Só eu mesma para escrever sobre economia e chorar. Isso está além da imaginação e além dos meus sonhos - completou, com a voz embargada.
Stella Maris, que também pela primeira vez na história do Jabuti acumulou o primeiro e segundo lugar na mesma categoria, juvenil, com "A guardiã dos segredos de família" (SM), disse ao agradecer o prêmio de Livro do Ano de Ficção que não conseguiria falar "com a belezura que Miriam falou". Citou o bordão da protagonista do livro que a consagrou:
- Ganhar primeiro lugar no Jabuti e agora ganhar Livro do Ano: imagina, é mágico, como diz minha personagem.
Fim do mistério
A identidade do "jurado C", que com uma estratégia matemática definiu sozinho o vencedor da categoria romance do Jabuti, foi revelada pela CBL. Trata-se do crítico literário Rodrigo Otávio do Amaral Gurgel. Os outros jurados da categoria foram os críticos Amilton Pinheiro e Suzana Ramos Ventura. Rodrigo Gurgel não compareceu à premiação. Ele deu notas entre zero e 1,5 a cinco dos dez finalistas, avaliações muito diferentes das dos outros dois jurados, e que acabaram decidindo o resultado final, dando a vitória a “Nihonjin” (Editora Benvirá), romance de estreia do paranaense Oscar Nakasato.
Até ano passado, os jurados do Jabuti só podiam das notas entre oito a dez aos finalistas. A regra foi mudada em 2012 porque alguns jurados davam notas menores do que oito, implicando sua anulação. Segundo José Luiz Goldfarb, curador do Prêmio Jabuti, esta regra será novamente revista. Sua expectativa é que o conselho curatorial anuncie mudanças no início do ano que vem.
- A partir de amanhã o conselho curatorial se reúne e começa a reavaliar essa regra. O episódio do "jurado C" foi um problema matématico que será corrigido - afirmou Goldfarb, dizendo que tanto a possibilidade de voltar à regra anterior quanto a de aumentar o número de jurados por categoria e descartar as notas mais baixas e altas estão em cogitação, assim como será debatida a redução no número de categorias (neste ano são 29, que tiveram um total de 2.203 obras inscritas).
Confira abaixo a lista completa dos vencedores da 54 edição do Jabuti
Livro do Ano de Não Ficção
Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda
Autor: Miriam Leitão
Editora Record

Livro do Ano de Ficção
A mocinha do Mercado Central
Autor: Stella Maris Rezende
Editora Globo

Capa

1º Lugar
A anatomia de John Gray
Capista: Leonardo Iaccarino
Editora Record

2º Lugar
Ratos
Capista: Marcelo Martinez (Laboratório Secreto)
Editora Intrínseca

3º Lugar
Dresden
Capista: Elmo Rosa
Editora Record

Categoria: Ilustração

1º Lugar
Bananas podres
Ilustrador: Ferreira Gullar
Editora Casa da Palavra


2º Lugar
Água Sim
Ilustrador: Andrés Sandoval
Companhia das Letrinhas

3º Lugar
O ovo ou a galinha?
Ilustrador: Gustavo Rosa
Editora Rideel

Categoria: Ilustração de Livro Infantil e Juvenil

1º Lugar
Mil e uma estrelas
Ilustrador: Marilda Castanha
Editora SM

2º Lugar
A visita
Ilustrador: Lúcia Hiratsuka
Editora DCL

3º Lugar
Carmela vai à escola
Ilustrador: Elisabeth Teixeira
Editora Record

Categoria: Arquitetura e Urbanismo

1º Lugar
A arquitetura de Croce, Aflalo e Gasperini
Autor: Fernando Serapião
Editora Paralexe

2º Lugar
Warchavchik fraturas da vanguarda
Autor: José Lira
Cosac & Naify

3º Lular
Galo cantou: a conquista da propriedade pelos moradores do Cantagalo
Autor: Paulo Rabello de Castro
Editora Record


Categoria: Artes

1º Lugar
Samico
Autor: Weydson Barros Leal
Editora Bem-te-vi

2º Lugar
Brecheret e a Escola de Paris
Autor: Daisy Peccinini
FM Editorial

3º Lugar
F.O. Fayga Ostrower Ilustradora
Autor: Eucanaã Ferraz
Instituto Moreira Salles


Categoria: Biografia

1º Lugar
Fernando Pessoa: uma quase autobiografia
Autor: José Paulo Cavalcanti Filho
Editora Record

2º Lugar
Cláudio Manoel da Costa
Autor: Laura de Mello e Souza
Companhia das Letras

3º Lugar
Antonio Vieira
Autor: Ronaldo Vainfas
Companhia das Letras


Categoria: Ciências Exatas

1º Lugar
Eletrodinâmica de Ampere
Autor: André Koch Torres Assis e João Paulo Martins De Castro Chaib
Editora UNICAMP

2º Lugar
Química medicinal: métodos e fundamentos em planejamento de fármacos
Autor: Carlos A. Montanare (Org.)
Edusp

3º Lugar
Substâncias orgânicas: estrutura e propriedades
Autor: Nídia Franca Roque
Edusp


Categoria: Ciências Humanas

1º Lugar
A política da escravidão no Império do Brasil: 1826 – 1865
Autor: Tâmis Parron
Editora Civilização Brasileira


2º Lugar
Ritmo espontâneo: organicismo em raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Hollanda
Autor: João Kennedy Eugênio
Editora da Universidade Federal do Piauí


3º Lugar
Oniska: poética do xamanismo
Autor: Pedro de Niemeyer Cesarino
Editora Perspectiva


Categoria: Ciências Naturais

1º Lugar
Fundamentos da Paleoparasitologia
Autor: Luiz Fernando Ferreira Karl Jan Reinhard e Adauto Araújo (Orgs.)
Editora Fiocruz


2º Lugar
Energia Eólica – Série Sustentabilidade
Autor: Eliane A. Faria Amaral Fadigas
Editora Manole

3º Lugar
Gestão de Saneamento Básico – Abastecimento de água e esgotamento sanitário – Coleção Ambiental
Autor: Arlindo Philippi Jr. e Alceu de Castro Galvão
Editora Manole

Categoria: Ciências da Saúde

1º Lugar
Clínica psiquiátrica – a visão do Depto. e do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP
Autor: Eurípedes Constantino Miguel, Valentin Gentil e Wagner Farid Gattaz
Editora Manole


2º Lugar
Coluna vertebral – série Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
Autor: João Luiz Fernandes e Francisco Maciel Júnior
Editora Elsevier


3º Lugar
Tratado de gastroenterologia
Autor: Federação Brasileira de Gastroenterologia – Editores: Schlioma Zaterka e Jaime Natam Eisig
Editora Atheneu

Categoria: Comunicação

1º Lugar
O Império dos livros: instituições e práticas de leitura na São Paulo oitocentista
Autor: Marisa Nidori Deaecto
Edusp

2º Lugar
Repressão e resistência: censura a livros na Ditadura Militar
Autor: Sandra Reimão
Edusp

3º Lugar
Linha do tempo do design gráfico no Brasil
Autor: Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra
Cosac & Naify

Categoria: Contos e Crônicas

1º Lugar
O Destino das metáforas
Autor: Sidney Rocha
Editora Iluminuras

2º Lugar
O anão e a ninfeta
Autor: Dalton Trevisan
Editora Record

3º Lugar
O livro de Praga
Autor: Sérgio Sant’Anna
Companhia das Letras

Categoria: Didático e Paradidático


1º Lugar
Mundo Leitor – linhas da vida: caderno do orientador
Autor: Áureo Gomes Monteiro Júnior, Celia Cunico, Marcia Porto e Rogério Coelho
Ahom Educação


2º Lugar
Bullying e cyberbullying – o que fazemos com o que fazem conosco?
Autor: Maria Tereza Maldonado
Editora Moderna

3º Lugar
Atlas Histórico – Geral & Brasil
Autor: Claudio Vicentino
Editora Ática

Categoria: Direito

1º Lugar
Direitos da criança e do adolescente em face da TV
Autor: Antonio Jorge Pereira Júnior
Editora Saraiva

2º Lugar
O Estado e o direito depois da crise – Série Direito em Debate – DDJ
Autor: José Eduardo Faria
Editora Saraiva

3º Lugar
Direito Internacional Penal – Imunidades e Anistias
Autor: Cláudia Perrone-Moisés
Editora Manole

Categoria: Economia, Administração e Negócios

1º Lugar
Aprendizagem organizacional no Brasil
Autor: Claudia Simone Antonello e Arilda Schmidt Godoy
Editora Artmed

2º Lugar
A gestão da Amazônia: ações empresariais, políticas públicas, estudos e propostas
Autor: Jacques Marcovitch
Edusp


3º Lugar
Empresas proativas: como antecipar mudanças no mercado
Autor: Leonardo Araújo e Rogério Gava
Editora Elsevier

Categoria: Educação

1º Lugar
Alfabetização no Brasil: uma história de sua história
Autor: Maria do Rosário Lombo Mortatti (org.)
Editora Cultura Acadêmica – Oficina Universitária

2º Lugar
Avaliação da aprendizagem – componente do ato pedagógico
Autor: Cipriano Carlos Luckesi
Cortez Editora

3º Lugar
Educação infantil: Enfoques em diálogo
Autor: Eloisa A. C. Rocha e Sonia Kramer (orgs.)
Editora Papirus

Categoria: Fotografia

1º Lugar
Os Chicos - Fotografia
Autor: Leo Drumond
Nitro Editorial

2º Lugar
A Riqueza de Um Vale
Autor: Ricardo Martins
Editora Kongo / FM Editorial

3º Lugar
Amazônia
Autor: Araquém Alcântara e Alex Atala
Editora Terra Brasil

Categoria: Gastronomia

1º Lugar
Ambiências: histórias e receitas do Brasil
Autor: Mara Salles
Editora DBA

2º Lugar
Histórias, lendas e curiosidades da gastronomia
Autor: Roberta Malta Saldanha
Editora Senac Rio

3º Lugar
Dicionário do vinho
Autor: Maurício Tagliari e Rogério de Campos
COMPANHIA EDITORIAL NACIONAL

Categoria: Infantil

1º Lugar
Benjamin: Poemas com desenhos e músicas
Autor: Biágio D’Ángelo
Editora Melhoramentos

2º Lugar
O herói imóvel
Autor: Rosa Amanda Strausz
Editora Rovelle

3º Lugar
Votupira o vento doido da esquina
Autor: Fabrício Carpinejar
Editora SM

Categoria: Juvenil

1º Lugar
A mocinha do Mercado Central
Autor: Stella Maris Rezende
Editora Globo

2º Lugar
A guardiã dos segredos de família
Autor: Stella Maris Rezende
Editora SM

3º Lugar
As memórias de Eugênia
Autor: Marcos Bagno
Editora Positivo

Categoria: Poesia

1º Lugar
Alumbramentos
Autor: Maria Lúcia Dal Farra
Editora Iluminuras

2º Lugar
Vesuvio
Autor: Zulmira Ribeiro Tavares
Companhia das Letras

3º Lugar
Roça Barroca
Autor: Josely Vianna Baptista
Cosac & Naify

Categoria: Psicologia e Psicanálise


1º Lugar
Estrutura e constituição da psicanálise: uma arqueologia das práticas de cura, psicoterapia e tratamento
Autor: Christian Ingo Lenz Dunker
Annablume Editora

2º Lugar
O novo inconsciente: como a terapia cognitiva e as neurociências revolucionaram o modelo do processamento mental
Autor: Marcos Montarroyos Callegaro
Editora Artmed

3º Lugar
Psicologia social: principais temas vertentes
Autor: Cláudio Vaz Torres e Elaine Rabelo Neiva
Editora Artmed

Categoria: Reportagem

1º Lugar
Saga brasileira: a longa luta de um povo por sua moeda
Autor: Miriam Leitão
Editora Record

2º Lugar
O cofre do Dr. Rui
Autor: Tom Cardoso
Editora Civilização Brasileira

3º Lugar
O espetáculo mais triste da Terra
Autor: Mauro Ventura
Companhia das Letras


Categoria: Romance

1º Lugar
Nihonjin
Autor: Oscar Nakasato
Editora Saraiva

2º Lugar
Naqueles morros, depois da chuva
Autor: Edival Lourenço
Editora Hedra

3º Lugar
O estranho no corredor
Autor: Chico Lopes
Editora 34

Categoria: Tecnologia e Informática

1º Lugar
Inteligência Artificial: Uma abordagem de aprendizado de máquina
Autor: Kati Faceli, Ana Carolina, João Gama, Andre Carlos Ponce
Grupo Gen

2º Lugar
Tecnologia do Pescado – Ciência, Tecnologia, Inovação e Legislação
Autor: Alex Augusto Gonçalves
Editora Atheneu

3º Lugar
Sistemas colaborativos
Autor: Mariano Pimentel e Hugo Fuks (Orgs.)
Editora Elsevier

Categoria: Teoria / Crítica Literária

1º Lugar
A Espanha de João Cabral e Murilo Mendes
Autor: Ricardo Souza de Carvalho
Editora 34

2º Lugar
Da estepe à caatinga: o romance russo no Brasil (1887-1936)
Autor: Bruno Barretto Gomide
Edusp

3º Lugar
Crítica Textualis in Caelum Revocata? Uma proposta de edição e estudo da tradição de Gregório de Matos e Guerra
Autor: Marello Moreira
Edusp


Categoria: Turismo e Hotelaria

1º Lugar
História do Turismo no Brasil entre os séculos XVI e XX
Autor: Paulo de Assunção
Editora Manole

2º Lugar
Destinos de sonho – 101 viagens inesquecíveis
Autor: Elaine Ianicelli, Gabriela Aguerre, Rosana Zakabi, Adriana Setti, Cristina Capuano e Maila Blöss
Editora Abril

3º Lugar
Lisboa em Pessoa – guia turístico e literário da capital portuguesa
Autor: João Correia Filho
Editora Leya


Categoria: Projeto Gráfico

1º Lugar
Linha do tempo do design gráfico no Brasil
Autor: Chico Homem de Melo e Elaine Ramos Coimbra
Cosac & Naify

2º Lugar
40 microcontos experimentais
Autor: Airton Cattani
Editora Marca Visual

3º Lugar
Aventuras de Alice no subterrâneo
Autor: Adriana Peliano
Editora Scipione

Categoria: Tradução

1º Lugar
Odisseia
Tradutor: Trajano Vieira
Editora 34

2º Lugar
Guerra e Paz
Tradutor: Rubens Figueiredo
Cosac & Naify

3º Lugar
Madame Bovary
Tradutor: Mario Laranjeira
Companhia das Letras

Acesso: http://oglobo.globo.com/blogs/prosa


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