terça-feira, 26 de abril de 2011

SINAIS DOS TEMPOS

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A MULHER E O MENINO ( Crônica)

                                                                           
                                                                            *Por  Cláudio Silva
         
São  6h50 da  manhã e o dia  ainda  está meio escuro. Chove bastante e o  vento parece  fazer aumentar  a  sensação  térmica. Após  um café tomado apressadamente, por  conta  do  horário  e  da  minha  natural  lentidão  pela  manhã, saímos,  eu  e a minha caçula. Vou levá-la à  escola. Enquanto o  veículo cumpre  parte  do  trajeto fazemos uma oração, e aproveito para perguntar  sobre  as  aulas  do  dia.  Aquele é  um tempo  só  nosso, e em que podemos  conversar livremente, apesar  de  se  resumir  a  alguns  breves  minutos. Ela estudou  bastante para  as  avaliações que fará hoje em algumas  disciplinas. Aliás, tem-se dedicado intensamente  com vistas  ao exame vestibular  que  prestará  no  fim do ano. Diz  que  quer ser  advogada. Parabenizo pelos seus  esforços e a incentivo a continuar  se  dedicando, enfatizando que  os  resultados serão a  conseqüência  lógica  de  sua  dedicação. Nestes momentos  somos ao  mesmo tempo pais, amigos, psicólogos e filósofos. Tudo na ânsia de orientá-los adequadamente. Porque queremos  que  acertem na profissão e na vida.

No caminho, uma  cena que se repete  todos  os  dias, uma  mãe também levando  seu  filhinho à  escola. Porém em condições  bem diferentes do  conforto ali dentro do carro. Mãe e  filho tentam se  defender  da  chuva  e  do  vento procurando se ajeitar como  podem debaixo  do pequeno  guarda-chuva, que  mal  dá  para  abrigar uma, quanto mais  duas pessoas. Solidariamente, sempre damos uma  carona para  os  dois.  Hoje  mais  ainda, porque além da chuva , devem estar sentindo frio. Posso observar que o pequeno não está suficientemente agasalhado. Outro  dia, tentando “quebrar o  gelo”, como  fazemos  nessas  situações, puxei conversa com o  garoto, perguntando sobre  o  que  gostaria  de  ser quando  crescer.  A  mãe, animada, se  apressou em dizer  que  ela  acha que ele tem jeito  para veterinário. “Ele  adora  animais” , diz  ela.

Eu  e  aquela  mãe  estamos vivenciando a  mesma situação.  A de cumprir  o  nosso papel  de  responsáveis nesta  etapa tão  importante  da  formação  dos  nossos  filhos. 

           Olhando para  ela, é  como  se  voltasse alguns  anos  no  passado e  visse  a minha, hoje já  falecida,  fazendo as mesmas  coisas quando  eu  devia ter  a  idade  do seu  filhinho. Não importava se  era  dia de sol, calor, chuva  ou  frio, lá estava a Dona Hilda me ajudando a  sair  da  cama e  depois de tomarmos um café me acompanhava até o “ grupo escolar”, como chamávamos. O  meu, tinha  o  pomposo  nome  de  Grupo  Escolar  Nilo  Peçanha. Corria  o  ano de 1964 e estávamos em Londrina  (Pr). 

          Mamãe  acordava bem mais  cedo para  preparar as  refeições do dia antes  de sair  para o  trabalho. Prestava serviços como empregada doméstica  em casas  de família. Papai era  auxiliar de motorista de caminhão e viajava. Lembro  que ela ficava atentamente me observando tomar o café. Uma  frase nesses momentos era  inevitável, num misto  de  ternura  e  autoridade: “Coma  meu  filho! Você deve ficar  bem forte  para  poder  estudar e  aprender  bastante para  um dia  ser alguém na  vida! E  não precisar  passar  as  dificuldades  que  seu pai  e  eu passamos  para  tocar  a vida e  educar  você  e  seus  irmãos”, dizia.  

           Ir para a  escola era  algo sagrado. Não  importava o  sacrifício que  fosse necessário. Se chovia, o  barro  era  certo, porque as  ruas  não eram asfaltadas. Os calçados  eram envoltos em  sacos  plásticos para não se  entrar na escola  com os  pés enlameados. O  importante era não faltar às  aulas. Assim, naqueles  dias chuvosos, mamãe me  fazia vestir a  “capa de  chuva” , que ela  mesmo confeccionara  com todo o carinho do  mundo, aproveitando, por  imposição minha, veja  só, a  nossa  toalha  de  mesa cheia de  bolinhas  coloridas.

            Registre-se  que  aquela  capa  foi  confeccionada por  insistência minha. Porque eu, criança, desejava  uma igual a de vários  coleguinhas da escola. Como eu  achava bonitas as capas  de  chuva! Parece  que  conferiam uma aura de  importância. E  fui  descrevendo  para a  mamãe, que  pacientemente desenhou  um molde e depois confeccionou o meu “tesouro” em sua  velha  máquina  de  costura. Só  errei na  descrição  do gorro ( porque  ninguém é  perfeito afinal  de  contas!), o  que  acabou  me custando uma  grande decepção. Afobado,  com a  idéia  de também ter  a  minha  capa  de  chuva, me  atrapalhei e acabei  descrevendo  um cone ponteagudo, que  mamãe detalhadamente também confeccionou. Quando  tudo  estava  pronto, fiquei  torcendo  para que  enfim chovesse e  assim eu  pudesse  estrear meu valioso presente. O  dia enfim  chegou, e  pude vestir entusiasmado a  minha  capa de  bolinhas  coloridas  com o “bendito” gorro em formato  de  cone. Mas, quando  entrei  orgulhosamente no  pátio  da  escola, como um artista  que adentra garbosamente um palco iluminado, foi  uma  gargalhada  geral. Fui  saudado pela  criançada  com  um sonoro  coro de “Olha  o  palhaço!  Viva  o  palhaço!”  Resultado: deixei  o gorro de  lado!  Mas  mantive  a  capa. Ah  não, dela eu  não  me  afastaria! Até  hoje  me  emociono  e  rio  ao  mesmo  tempo, lembrando deste  episódio  tão  terno envolvendo a minha  saudosa  mãe. Amor de  gente pobre e simples. Amor  de  mãe e  de  pai, que  faz  toda  a  diferença.

Neste  momento, talvez  represente  muito pouco  o  que eu  e  essa  senhora estamos tentando fazer pelos nossos filhos. Mas me vem à  lembrança uma  frase  que  lí anos  atrás no  Jornal  GAZETA DO  POVO, de Curitiba (Pr),  num artigo  escrito  por  um  juiz , Dr  Albino  de  Brito Freire, ao  se  referir também a alguns  gestos  de cuidados com uma  filha  adolescente . Dizia  ele:  “Filha, estou  tentando  fazer  a  minha  parte, você  deverá  fazer  a  sua.”

Aquele menino, assim como  a  minha  filha, poderá  até  optar por  seguir por outros  caminhos. Mas  os, aparentemente pequenos,  gestos atuais de  dedicação dos  pais, estão  neste momento ajudando  a  dar  significância ao  que eles estão  fazendo, e serão  importantes no  futuro  para impulsioná-los  nos embates da vida.                             



P.S.: Depois daquele dia, nunca mais ví aquela senhora com o seu menino. Rogo que tenham realizado os seus sonhos. Hoje, novembro de 2017,seis anos depois, a minha filha está concluindo o seu sonhadocurso de Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, já foi aprovada no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil/ OAB e tirou nota máxima na banca de TCC ( Trabalho de Conclusão de Curso). As raízes dessa história perdem-se no tempo, e passam pela atenção dedicada dos pais dando o seu possível no momento, mesmo que seja uma simples capa de chuva confeccionada com a toalha de mesa. E a história vai se fazendo na  vida daqueles que virão.Valeu a pena.


Se achou esta crônica interessante, poste o seu comentário abaixo. A sua referência é importante para nós - Os  editores.

*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões  2005-2008 e  2009-2012 ) e  Secretário  de  Ensino  Superior ( 2012)

mais textos do professor poderão ser acessados em CRÔNICAS EDUCATIVAS DO  PROF. CLÁUDIO SILVA

Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma

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sábado, 23 de abril de 2011

SAIA DO TÚMULO! É HORA DE REAGIR!

a Páscoa e a lição do técnico Bernardinho do  vôlei 
* Por  Cláudio  Silva


A grande mensagem da Páscoa é a ressurreição, transmutação de morte em vida. Diante das dificuldades, que poderemos denominar de “períodos de morte”, pode-se ter atitudes diversas como desistir, parar e lamuriar, ou então transpor a “pedra” que se interpôs no caminho, e seguir em frente. Em outras palavras, ressuscitar.
A história é pródiga em grandes exemplos. Lembram-se da suíça Gabrielle Andersen?  Sua imagem foi imortalizada entrando trôpega no Coliseu, na final da prova da maratona das Olimpíadas de Los Angeles de 1984. Talvez, poucos recordem o nome da vencedora daquela prova, que inclusive foi a primeira maratona olímpica feminina da história dos jogos. Mesmo chegando em 39º. lugar, Andersen é o nome mais lembrado, pela lição de vontade e determinação que deixou. Paradoxalmente, mesmo perdendo, foi a grande vencedora. Nem sempre quem perde é o fracassado.  Aliás, a título de registro, a prova foi vencida pela norte-americana Joan Benoit Samuelson. Outro exemplo histórico foi Abraham Lincoln, que teve em vida todos os elementos para ser lembrado apenas como o protótipo do derrotado. Mas o que ressalta em sua biografia, é de que antes de vencer a eleição para presidente dos Estados Unidos em 1860, como o primeiro presidente republicano, havia sido derrotado em eleições várias vezes.
Os vencedores tentam, e eventualmente perdem, os perdedores nem mesmo tentam. A grande diferença está em que os primeiros não desistem. Penso que um trecho do livro Transformando suor em ouro, do vitorioso técnico de voleibol Bernardinho, descrevendo seu sentimento após sofrer uma grande derrota pessoal, possa ser apropriado para auxiliar a reflexão:

“Fiquei com a sensação de que tudo acabara, de que minha vida no voleibol chegara ao fim. Um sentimento horrível de derrota pessoal. Meu pai percebeu como eu estava me sentindo e quis me tirar da cabeça a ideia de que meu mundo desmoronara: ‘Você está apenas começando. Trate de treinar mais, levantar a cabeça e seguir em frente, que tudo vai dar certo’, disse ao me ver abatido, choroso.
A história do sábio chinês que presenteou o imperador com um livro cabe perfeitamente aqui.  O livro tinha apenas duas páginas.  Ao dá-lo, o sábio explicou: ‘ No momento mais triste de sua vida, senhor imperador, leia a primeira página e feche o livro. E no momento mais feliz, leia a segunda.  O presente terá atingido seu objetivo. ’
Tempos depois, o azar abateu-se sobre o império.  Uma peste matou parte da população, uma praga destruiu a lavoura, bárbaros invadiram as terras saqueando o que sobrara. Desesperado, o imperador lembrou-se do livro. Na primeira página somente uma frase curta: ‘Isso vai passar. ’ Incansável  e  laborioso, ele  convidou seus  conselheiros  e  pediu  o apoio de  seu  povo  para  expulsar  os invasores, debelar  a  peste  e  recuperar  a  lavoura.
Mais tarde, sua única filha casou-se com o filho de um imperador vizinho e os dois países se uniram num único e imenso império.  Feliz da vida, o imperador lembrou-se novamente do livro e foi direto à segunda página, onde se lia apenas outra frase curta: ‘Isso também vai passar. ’ Moral  da história:  não  devemos  nos  embriagar  pelas  grandes alegrias nem nos  deixar abater  pelas  grandes  tristezas. (p. 35-36).”

A mensagem da Páscoa, nos exemplos de dor, morte e ressurreição deixados por Jesus Cristo, deve transcender para as questões vitais nas quais nossas vidas estão envolvidas. E fortalecer a consciência de que é possível e importante continuar. Senão por nós, mas pelo menos por aqueles que precisam de nós e contam conosco. É como se se assemelhasse a sair do túmulo para poder continuar, porque a realidade aparente parece querer impor o contrário. São nestes embates que também se constrói a vida. Sobretudo quando se procura vivê-la com dignidade e generosidade, fazendo com que ela seja instrumento de ressurreição para outros mais necessitados! Não foi este o grande exemplo de Jesus?
Um abraço e uma Feliz Páscoa!
*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex-  presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR.                                                       ( mais textos do  prof. poderão  ser  acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)
Bibliografia:
  • BERNARDINHO. Transformando suor em ouro. Rio  de  Janeiro:  Sextante, 2006.
  •  
    Ficha Técnica:
    Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
    Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma

    Leia mais crônicas  do  Prof. Cláudio  Silva clicando nos links abaixo:
    1.      A  ADOLESCÊNCIA FURTADA - o  culto à  precocidade – Parte I
    2.      A  ADOLESCÊNCIA FURTADA - o  culto à  precocidade – Parte II
    3.      CUIDADO, SEU FILHO PODERÁ SER MAIS UM “MEIA BOCA”!
    4.      TÁ FALTANDO TEMPERO , ZÉ!
    5.      SABE QUEM INFARTOU?
    6.      NÃO DESISTA  JAMAIS – a  história de José  e  Hilda
    7.      A MULHER E O MENINO
    8.      NÃO LEIA BONS LIVROS
    9.      GLÓRIA PEREZ ACERTOU!
    10.    A ESCOLA  COM QUE  SONHO
    11.    LEVANTA A  CABEÇA  MENINO! ou  Aprendendo com Ronaldo “O Fenômeno”
    12.    ESTOU A  DOIS  PASSOS  DO PARAÍSO !
    13.    O “MORRO DOS  VENTOS UIVANTES” E O  BULLYING !
    14.    QUER FILHOS INTELIGENTES?
    15.    BIN LADEN ESTÁ VIVO!
    16.    SAIA DO TÚMULO! É  HORA  DE  REAGIR!
    17.    ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE
    18.    A TRAGÉDIA DO  REALENGO
    19.    VOCÊ  É UM PROFISSIONAL DE ALTO  NÍVEL?
    20.    ENCHENTES
    21.    O PERIGO ATÔMICO
    22.    PROFISSIONALISMO : a importância do espírito de equipe para o sucesso profissional
    23.    CONQUISTANDO SEUS OBJETIVOS NA VIDA
    24.    CUIDADO COM A  BUSCA  DO MAIS  FÁCIL! – a importância da  educação  da  vontade  na  formação  dos filhos.
    25.    EDUCAÇÃO INTEGRAL : Ampliação de Tempos e Espaços Educativos - A experiência de Apucarana-Pr
    26.    OS  CUIDADOS NA EDUCAÇÃO DOS PEQUENOS
    27.    CONHEÇA O PERFIL DETALHADO DO GRANDE DERROTADO NAS  ELEIÇÕES EM APUCARANA
    28.    EDUCAÇÃO NO BRASIL, UM BARCO RUMO AO  PRECIPÍCIO?


      sexta-feira, 22 de abril de 2011

      ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE! – é sexta-feira santa !

                                                                                  * Por  Cláudio  Silva

      Estão crucificando um inocente. ** “Mas que mal fez ele?” “Não encontro nele crime algum.” “Crucifica-o!” Acabemos com ele. Seus  algozes  se  diziam   “gente  de  bem”, preocupados  com a  ordem. Quais os seus  verdadeiros  interesses?  Tinham nas  mãos os  meios  para manobrar a  multidão  sem senso  crítico. E  o  fizeram.  E  o  Filho  de  Deus  foi  crucificado. Mais  de  dois  mil anos  se  passaram e  este  episódio  continua  ecoando, emocionando e  questionando: “Que  mal  fez  Ele?” Seu crime: amar e  concretizar  em gestos  e  atos  o  grande  amor  do  Pai pelos  mansos  e  puros ,sobretudo pelos marginalizados e esquecidos pela  sociedade. O que subvertia a ordem estabelecida e desalojava os poderosos de sua comodidade. Porque questionava.

       Estão crucificando um inocente. A paixão de Cristo continua sacudindo as consciências. As crucificações continuam ocorrendo diante dos olhos da sociedade. Leis equivocadas que comprometem o futuro de gerações. A faxina social cometida por “justiceiros” que atiram tendo como único critério o traje ou a cor da pele. A droga que corre solta. A violência que campeia. A corrupção. O bullying que destrói as personalidades.

      Estão crucificando um inocente. Processos espúrios, motivados por interesses inconfessos. Políticas econômicas que privilegiam a poucos e crucificam a grande maioria da sociedade. Dois mil anos depois Jesus continua sendo crucificado nas pessoas daqueles que o Pai criou à Sua imagem e semelhança.

      Crucificações podem estar ocorrendo dentro de nossos lares, escolas e salas de aula, ambientes de trabalho, comunidades e na sociedade. Por isso esta sexta-feira é santa, por ter o condão de acordar as consciências para a grande lição que continua sendo ensinada do alto do calvário.

      Um abraço e uma sexta- feira santa que possa prenunciar uma FELIZ PÁSCOA!
      (Se achou este artigo interessante, poste  seu  comentário  abaixo. Sua  referência é  importante para nós)
      *Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex-  presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR.                                                    ( mais textos do  prof. poderão  ser  acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)
      **  os  trechos  entre  aspas  foram extraídos dos  evangelhos


      Ficha Técnica:
      Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
      Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma


      Leia crônicas  do  Prof. Cláudio  Silva clicando nos links abaixo:
      1.      A  ADOLESCÊNCIA FURTADA - o  culto à  precocidade – Parte I
      2.      A  ADOLESCÊNCIA FURTADA - o  culto à  precocidade – Parte II
      3.      CUIDADO, SEU FILHO PODERÁ SER MAIS UM “MEIA BOCA”!
      4.      TÁ FALTANDO TEMPERO , ZÉ!
      5.      SABE QUEM INFARTOU?
      6.      NÃO DESISTA  JAMAIS – a  história de José  e  Hilda
      7.      A MULHER E O MENINO
      8.      NÃO LEIA BONS LIVROS
      9.      GLÓRIA PEREZ ACERTOU!
      10.    A ESCOLA  COM QUE  SONHO
      11.    LEVANTA A  CABEÇA  MENINO! ou  Aprendendo com Ronaldo “O Fenômeno”
      12.    ESTOU A  DOIS  PASSOS  DO PARAÍSO !
      13.    O “MORRO DOS  VENTOS UIVANTES” E O  BULLYING !
      14.    QUER FILHOS INTELIGENTES?
      15.    BIN LADEN ESTÁ VIVO!
      16.    SAIA DO TÚMULO! É  HORA  DE  REAGIR!
      17.    ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE
      18.    A TRAGÉDIA DO  REALENGO
      19.    VOCÊ  É UM PROFISSIONAL DE ALTO  NÍVEL?
      20.    ENCHENTES
      21.    O PERIGO ATÔMICO
      22.    PROFISSIONALISMO : a importância do espírito de equipe para o sucesso profissional
      23.    CONQUISTANDO SEUS OBJETIVOS NA VIDA
      24.    CUIDADO COM A  BUSCA  DO MAIS  FÁCIL! – a importância da  educação  da  vontade  na  formação  dos filhos.
      25.    EDUCAÇÃO INTEGRAL : Ampliação de Tempos e Espaços Educativos - A experiência de Apucarana-Pr
      26.    OS  CUIDADOS NA EDUCAÇÃO DOS PEQUENOS
      27.    CONHEÇA O PERFIL DETALHADO DO GRANDE DERROTADO NAS  ELEIÇÕES EM APUCARANA
      28.    EDUCAÇÃO NO BRASIL, UM BARCO RUMO AO  PRECIPÍCIO?

      quinta-feira, 21 de abril de 2011

      Educação Integral continua com o “Televisando o Futuro”

      • Terça, 19/04/11 , 10h34 , Autor: Assessoria de Imprensa da  Prefeitura Municipal  de  Apucarana
      Com ênfase na responsabilidade social, o projeto coloca a força da televisão a serviço da educação 
                                                                                                                                                                        A Autarquia Muncipal de Educação (AME) de Apucarana renovou nesta terça-feira (19/04) convênio com o Instituto GRPCOM, da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), e pelo segundo ano consecutivo desenvolverá o Concurso Cultural “Televisando o Futuro” junto à rede municipal de ensino. A solenidade que oficializou a continuidade da parceria aconteceu em um café-da-manhã nas dependências do Sesc/Apucarana.

      Além dos gestores educacionais do município, estiveram presentes autoridades, entre elas o prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB), o diretor-presidente da AME e presidente estadual da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/PR), professor Cláudio Silva, e a gerente-geral da RPCTV Coroados, afiliada da Rede Globo em Londrina, Silvana Postiglioni.

      “Tivemos excelentes resultados no ano passado e as expectativas são ainda melhores para este ano. Esta parceria incentiva e divulga as boas práticas. Motiva educadores e alunos a buscar e promover conhecimento”, salientou o prefeito João Carlos. De acordo com ele, o “Televisando o Futuro” revela para todo o Paraná “o que Apucarana vem fazendo através da educação integral, promovendo um ensino de qualidade e de resultados para a vida do aluno”, disse.

      Com ênfase na responsabilidade social, o “Televisando o Futuro” coloca a força da televisão a serviço da educação. “O projeto estimula os estudantes a produzirem ilustrações e textos sobre o tema em discussão. Neste ano, Meio Ambiente é a idéia central”, informa a diretora da RPCTV Coroados, Silvana Postiglioni. No período de 1º a 22 de junho, os alunos vão abordar: Biodiversidade; Destinação de Resíduos (reciclagem); Água, um bem finito e Mudanças Climáticas.

      A meta é promover a reflexão e contribuir para construção da cidadania por meio de reportagens especiais exibidas no Paraná TV 1ª. Edição e Bom Dia Paraná nos municípios de Apucarana, Cambé, Campo Mourão, Carambeí, Cascavel, Castro, Cianorte, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Ivatuba, Londrina, Maringá, Medianeira, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama. Nos municípios de Guarapuava, Irati e União da Vitória, os programas serão exibidos no Paraná TV 2ª. Edição e Bom Dia Paraná.

      Uma realização do Instituto GRPCOM e RPC, em parceria com as prefeituras, o projeto tem apoio da UNDIME/PR e UNOPAR.

      Acompanhe o calendário do concurso:
      Inscrição das escolas - Até 6 de maio

      Entrega dos Kits para as escolas que fizerem a Adesão
      Até 20 de maio (enviadas pelas Secretarias Municipais de Educação)

      Formação de Professores sobre Mídia e Educação
      Até 31 de maio

      Exibição das Reportagens do Paraná TV (1ª e 2ª Edição)
      01/06 – Biodiversidade
      08/06 – Destinação de Resíduos (reciclagem)
      15/06 – Água, um bem finito
      22/06 – Mudanças Climáticas

      Cadastro d professores e envio d trabalhos inscritos (Professores, Escolas e Estudantes) - Até 1 d agosto

      sábado, 16 de abril de 2011

      A TRAGÉDIA DO REALENGO

      A reedição da  temática do bullying
                                                                        * Por  Cláudio  Silva
      O  triste  e lamentável  episódio da  escola  do  Realengo  vitimando  fatalmente  12  adolescentes, mais  uma  vez  colocou a  sociedade brasileira em estado  de  alerta. Inclusive  com repercussão internacional. Um aspecto chamou a  atenção, a recorrência  do fenômeno bullying abordado semanas  atrás  nesta coluna em nossa crônica  O “Morro dos Ventos Uivantes” e o bullying! , e  que  recomendamos reler. As  análises  do caso que  tem sido  apresentadas  por  autoridades  policiais  e  especialistas, sobretudo  nas  áreas  da  psiquiatria  e  psicologia, dão  conta de  que  não  é  possível  prever atos  perpetrados  por  uma  mente  desequilibrada. No entanto, uma  situação  é fato, o  criminoso foi  vítima  de  bullying quando estudou naquela mesma escola. Retomemos alguns  trechos  de  reportagens veiculadas  nos  últimos  dias:

      -Em anotações encontradas pela polícia em sua casa, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, pôs a culpa pelo massacre em Realengo nos que o humilharam na escola na adolescência. Os manuscritos foram exibidos ontem à noite no "Fantástico", da Rede Globo. [...] Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar com meus sentimentos", escreveu ele. ” (  Folha  de  S.  Paulo  11. 04. 2011);

      - “Eu me lembro muito, o Wellington era o ‘bundão’ da turma, era um cara totalmente tranquilo, um bobão. Implicavam bastante com ele, zuavam ele de tudo o que é nome”, contou Bruno. Mas depois o jovem ressaltou: “Ele apesar de ser bundão, ele tinha um sorriso assustador”. (  Portal  G1 08.04.11)

      - “O professor Glenn Stutzky, da Universidade de Michigan State (EUA), analisa que pessoas que tenham sido vítima de bullying na escola, podem praticar atos de violência no futuro, desencadeados por outros fatos”. (  Folha  de  S.  Paulo  15.04. 11)

      É consenso que  nada pode  justificar atos  de  violência, e suas  raízes devem ser  combatidas com o seu  antídoto. Assim, é imperioso  que  a  sociedade, para poder fazer o seu enfrentamento, se  una no  sentido  da promoção de uma educação para  a  paz, e para  a promoção de relações humanas fraternas. Um trabalho de  humanização que seja iniciado na  família, e perpasse as demais  instituições  sociais fundamentais. E  que seja  assumido  pelos seus  principais  atores. Neste sentido a  escola é o  locus  por  excelência para  a  promoção e  aprofundamento desse processo, de, quem sabe, reeducação humana. Talvez seja este  o  termo  mais  apropriado.

       Mas para  que  isso seja possível, é  necessário superar todo e  qualquer entrave, inclusive barreiras de caráter ideológico. Digo  isto  baseado em um fato que  ocorreu comigo no ano  passado, em Curitiba, na  etapa  estadual  da  Conferência  Nacional  da  Educação ( CONAE). Apresentamos a  proposta da inserção da educação  para  a  paz  nos  currículos  escolares. Para que  constasse  no documento final que  seria  encaminhado  posteriormente para  a etapa  nacional   da  conferência, e a  partir  do  qual seriam delineadas as propostas  para a elaboração do  Plano Nacional  de  Educação ( PNE).  A sugestão foi motivada  por uma  sequência  de  fatos, à  época,  envolvendo  agressões a professores e estudantes  em Londrina - Pr, inclusive  com o  seqüestro  de  uma diretora  por  alunos. A proposta , por  questões  ideológicas, dividiu  as  opiniões  da  plenária, sendo  levada  a  votação. E, pasmem, a educação para  a  paz foi  voto  vencido! Por  uma  pequena  margem de  votos, mas o  fato  é que foi recusada. Argumentos contrários, comentados depois “a  boca pequena”, eram de  que iniciativas dessa  natureza se  identificam com práticas  apregoadas  pela política  neoliberal. Curiosamente, a  mesma  cidade  de  Londrina, há poucos  dias  frequentou  novamente  os  noticiários  com graves  fatos  de  violência em escolas. Às  vezes a estreiteza das diferenças humanas, impede a  percepção de questões maiores e fundamentais. E a  política tem sido campo  fértil para  esses radicalismos  que  têm custado tão  caro  à  sociedade.

      Importante, em  momentos como  agora, em  que  somos  sacudidos  por  fatalidades carregadas  de  extrema  violência, repensar a educação dos nossos filhos. E  tomar  consciência de  que  os “freios morais” que norteiam e equilibram a  ação  humana precisam ser  repensados e revalorizados. Um deles é a  fé, cuja crise moderna se  traduz no  distanciamento do primeiro mandamento, ou na sua redução  a práticas fanatizantes e/ou desencarnadas  da  realidade. Desde  a  antiguidade a  Regra  de  Ouro  tem sido uma ótima  referência  moral, amar ao próximo como a  si  mesmo.

      O mundo voltado para o individualismo é um mundo que não cria fraternidade. Michel  Quoist, escritor  francês, indica que reconstruindo o  homem, estaremos  reconstruindo  o  mundo. E  que a  reconstrução  do homem passa pela reconstrução  de relações fraternas. Constatação tão  antiga e  tão atual, e  historicamente relembrada  por personagens  que  marcaram a humanidade como Jesus Cristo, Confúcio, Ghandi, Luther King e tantos outros. Finalizando, algumas frases da  emblemática “Blowin In The Wind”, de Bob  Dylan: “Quantos  caminhos um homem  deve  andar, para que possa  ser  chamado  de  homem? Quantas mortes  ainda  serão  necessárias, para  que  se  saiba  que  já  se  matou  demais?  Quanto tempo  um homem deve  virar  a  cabeça, fingindo  não  ver o  que  está  vendo?”.

                              Um abraço e uma  boa semana!

      *Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex-  presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR.                                                    ( mais textos do  prof. poderão  ser  acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)


      Ficha Técnica:
      Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
      Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma

      Acesse a mais recente crônica do  Prof. Cláudio Silva  “Tá faltando tempero, Zé!"! clicando: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/08/ta-faltando-tempero-ze.html.

      domingo, 3 de abril de 2011

      VOCÊ É UM PROFISSIONAL DE ALTO NÍVEL?

      Elementos  para uma  reflexão
                                                                              * Por  Cláudio  Silva

      Deveres profissionais são obrigatórios.Virtudes profissionais, dependem de qualidades pessoais.  Elas:
      • enriquecem a atuação do profissional, destacando-o da  média.
      •  aumentam o mérito do profissional
      • podem ser inatas ou adquiridas
      • são decorrentes  dos valores que  você  cultiva

      Quais são as virtudes de um profissional de  alto nível?

      1. RESPONSABILIDADE
      • consciência profissional
      • sentir-se responsável pelos resultados da equipe
      • auto-estima
      • é  ter um sentido na vida
      • é ser obstinado pelo alcance das metas
      • é chamar a  responsabilidade para si

       2. LEALDADE :
      • alegria nas conquistas
      • defesa  dos  interesses
      • luta por  objetivos
      • tomar medidas concretas quando o projeto  é ameaçado
      • orgulho de  pertencer ao time
      • fala positiva e defesa da empresa contra críticas

       3. INICIATIVA
      • demonstrar lealdade
      • fazer algo a mais
      • tomar decisões
      • dar mais de  si pela  conquista dos objetivos
      • assumir responsabilidades

       4. HONESTIDADE
      • irmã da confiança
      • honestidade para  consigo mesmo
      • honestidade com a  equipe
      • honestidade com os  que  confiam e  esperam o melhor  de  você ( familiares, contratantes, amigos, admiradores...)
      • honestidade com AQUELE que nos  deu o nosso dom

      5. COMPANHEIRISMO 
      • consciência  de  que  o sucesso de  seu companheiro de  trabalho será  o seu sucesso e  vice-versa
      • apoio
      • incentivo

       6.ESPÍRITO DE UNIÃO
      • é saber  que  uma  equipe  unida  é  potencialmente uma equipe vencedora

       7.SIGILO
      • respeito aos segredos

       8. COMPETÊNCIA
      • busca permanente de  autosuperação
      "A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem." (ARISTÓTELES)


      9. PRUDÊNCIA
      • ser cauteloso
      • ser sensato
      • ser precavido
      • não ser precipitado
      • pensar antes de agir
      “Tudo me  é  permitido, mas nem tudo me  convém” ( Paulo Apóstolo)

        
      10. CORAGEM
      • não ter medo de ficar do lado da verdade e da justiça

      11. PERSEVERANÇA
      • capacidade de  superação

      12. COMPREENSÃO
      • sensibilidade
      • percepção

      14. HUMILDADE
      • autenticidade

      15. IMPARCIALIDADE
      • justiça

      16. OTIMISMO
      • energia
      • bom-humor

      Agradeça!
      Se você é  um dos que tiveram o privilégio de transformar em profissão o que  mais  gosta  de fazer
      É um (a)  bem aventurado (a) ...
      Pode levar a  alegria  e  a  felicidade  através  do que  faz.
      Você nasceu para ser um vencedor. E é assim que as pessoas que  te  amam e admiram querem lembrar-se de você!

      Um abraço  e  uma  boa  semana!


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      *Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões  2005-2008 e  2009-2012 ) e  Secretário  de  Ensino  Superior ( 2012)

      Ficha Técnica:
      Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva 
      Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
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