domingo, 28 de abril de 2013

Em MOREIRA SALES PR - PÓS EM NEUROPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO (27.04.2013)
































 






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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Descobrimento do Brasil: Cabral não foi o primeiro a chegar ao país ( UOL)




Antonio Carlos Olivieri*
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação


Em dezembro de 1498, uma frota de oito navios, sob o comando de Duarte Pacheco Pereira, atingiu o litoral brasileiro e chegou a explorá-lo, à altura dos atuais Estados do Pará e do Maranhão. Essa primeira chegada dos portugueses ao continente sul-americano foi mantida em rigoroso segredo. Estadistas hábeis, os dois últimos reis de Portugal entre os séculos 15 e 16 - D. João II e D. Manuel I - procuravam impedir que os espanhóis tivessem conhecimento de seus projetos.
Pouco depois do retorno de Vasco da Gama a Lisboa, em agosto de 1499, D. Manuel I, em parceria com investidores particulares, organizava uma nova expedição para Calicute. Decidido a impressionar o monarca local, ou a convencê-lo pelas armas, o rei enviava agora uma expedição ostensivamente rica e poderosa, composta de 13 navios com uma tripulação estimada entre 1.200 e 1.500 homens.
Seu comando foi confiado a um fidalgo de 33 anos, chamado Pedro Álvares Cabral. A bordo, estavam presentes alguns dos mais experientes navegadores portugueses, como Bartolomeu Dias, o mesmo que dobrou o cabo da Boa Esperança, atingindo pela primeira vez o oceano Índico.
A partida da armada de Cabral foi programada para 8 de março de 1500, embora tenha sido adiada para o dia seguinte, devido ao mau tempo. Uma cerimônia espetacular foi organizada na ocasião pelo rei de Portugal. Toda a população de Lisboa - cerca de 60 mil pessoas - foi convocada para assistir a ela, o que era uma forma de oficializar o pioneirismo português no caminho da Índia, assegurando para o reino luso os direitos do comércio com o Oriente.

Cabral chega ao Brasil

Rumo ao Ocidente, a frota chegou às ilhas Canárias cinco dias depois da partida e dirigiu-se para o arquipélago de Cabo Verde, onde uma nau desapareceu no mar. Após tentar em vão encontrá-la, o comandante decidiu seguir a viagem. Cruzou a linha do Equador a 9 de abril, seguindo uma rota para o sudoeste que avançava nessa direção, comparativamente ao caminho seguido por Vasco da Gama.
No entardecer do dia 22 de abril, ancorou em frente a um monte, batizado de Pascoal, no magnífico cenário do litoral Sul do atual estado de Bahia. Antes de continuar a viagem para a Índia, os navegantes permaneceriam ali até o dia 2 de maio, tomando posse da terra, "em nome de d. Manuel I e de Jesus Cristo".
Assim, a chegada de Cabral ao Brasil é dois anos posterior à de Duarte Pacheco. Além disso, o atual território brasileiro já era habitado desde tempos pré-históricos.Cinco milhões de índios espalhavam-se particularmente ao longo do litoral, em 1500.
Por isso é preciso relativizar a idéia de que ocorreu um descobrimento a 22 de abril. Na verdade, a data marca a tomada de posse das terras brasileiras pelo reino de Portugal, o que significa a integração do país no contexto da história européia e global.

Cabral chegou ao Brasil por acaso?

Durante muitos anos, um outro aspecto da viagem de Cabral provocou polêmica: a chegada dos portugueses ao Brasil teria ocorrido devido ao acaso?
Atualmente, à luz dos fatos conhecidos, a teoria da intencionalidade já conta com o aval da ciência.
Em primeiro lugar, porque D. Manuel já estava informado a respeito da viagem de Duarte Pacheco e da chegada de Colombo ao Caribe, bem como recebera informações da viagem de Vasco da Gama, que observara indícios de terra firme ao passar ao largo da costa brasileira a caminho da Índia.
Além disso, vários outros elementos concorrem para aumentar as probabilidades da hipótese de Cabral ter outra missão a realizar no Atlântico, antes de seguir para o oceano Índico. Entre outros, podem ser citados:
  1. as instruções confidenciais transmitidas pelo rei ao capitão-mor da armada, que jamais se tornaram conhecidas;
  2. a permanência da frota na terra por uma semana, demora que não se justificaria caso o único objetivo de Cabral fosse atingir rapidamente Calicute; e
  3. o grande interesse demonstrado em conquistar a simpatia dos indígenas brasileiros. A esquadra de Cabral deixou no Brasil dois degredados, com o objetivo de aprender a língua dos índios e recolher informações sobre o seu modo de vida.

Troca de gentilezas: inicia o escambo

A chegada ao Brasil, o desembarque e a estadia dos portugueses na terra foram documentados por vários integrantes da expedição, que escreveram cartas ao rei relatando os fatos. Somente três desses depoimentos chegaram até a atualidade. A"Carta de Achamento do Brasil", de Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada, é o mais rico em detalhes.
De acordo com a narrativa de Caminha, a 21 de abril, os navios encontraram os primeiros indícios de terra: um tapete flutuante de algas marinhas, conhecidas dos marinheiros pelos nomes de "botelhos" e "rabos-de-asno". Na manhã seguinte, avistaram-se "fura-buchos", ou gaivotas, e, de tarde, o monte alto a que "o capitão deu o nome de Pascoal".
Ali os portugueses ancoraram e passaram a noite, a uma distância de 36 quilômetros da costa. No dia 23, veio a terra Nicolau Coelho, um navegador experiente, que travou o primeiro contato com um grupo de índios: "eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse as suas vergonhas. Traziam nas mãos arcos e setas".
O primeiro contato foi breve e amigável. Apesar do barulho da arrebentação do mar e do desconhecimento das respectivas línguas, tupiniquins e portugueses conseguiram se entender trocando presentes.
Conforme Caminha, "Nicolau Coelho somente lhes pôde dar então um barrete vermelho, uma carapuça de linho que levava na cabeça e um sombreiro preto. E um deles lhe deu um sombreiro de penas de ave, com uma copazinha pequena de penas vermelhas e pardas como de papagaios, e um outro deu-lhe um ramal grande de continhas brancas, miúdas, parecidas com as de aljôfar".

Índios a bordo

No segundo contato entre brancos e índios aconteceu na noite do dia seguinte, no lugar a que os portugueses chamaram de Porto Seguro.
Ao explorar a região onde pretendiam ancorar, o piloto Afonso Lopes "tomou, então, dois daqueles homens da terra, mancebos e de bons corpos, que estavam numa jangada".
Os índios foram levados a bordo da nau capitânea e apresentados a Cabral e a alguns dos principais da armada. "Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo: pegaram-no logo com a mão e acenavam para a terra, como a dizer que ali os havia. Mostraram-lhes um carneiro: não fizeram caso dele; uma galinha: quase tiveram medo dela - não lhe queriam tocar, para logo depois tomá-la, com um grande espanto nos olhos."

Primeira missa realizada no Brasil

Entre 24 e 25 de abril, um número maior de portugueses foi à terra e os contatos com os índios foram freqüentes. Na impossibilidade de comunicação lingüística, as tentativas de entendimento se basearam na troca de produtos entre índios e portugueses.
No dia 26, o primeiro domingo após a Páscoa, por ordem do capitão, o frade franciscano Henrique Soares de Coimbra rezou uma missa, no ilhéu da Coroa Vermelha, assistida pela tripulação e, à distância, em terra firme, por cerca de 200 índios, dos quais, ao final da missa, "muitos se levantaram e começaram a tocar corno ou buzina, saltando e dançando por um bom tempo".
A tarde continuou em clima de confraternização: "Passou-se, então, além do rio, Diogo Dias que fora tesoureiro da Casa Real em Sacavém, o qual é homem gracioso e de prazer; e levou consigo um gaiteiro nosso com sua gaita. Logo meteu-se com eles a dançar, tomando-os pelas mãos; e eles folgavam e riam, e o acompanhavam muito bem ao som da gaita. Depois de dançarem, fez-lhe ali, andando no chão, muitas voltas ligeiras e o salto mortal, de que eles se espantavam muito e riam e folgavam."

Ao som de um tamborim

O caráter festivo dos encontros entre brancos e índios foi a regra durante todos os dias em terra, embora portugueses não deixassem de manter uma postura de desconfiança. Segundo o escrivão, "na quinta-feira, derradeiro dia de abril, [...] enquanto ali andavam, dançaram e bailaram sempre com os nossos, ao som de um tamborim nosso, como se fossem mais amigos nossos do que nós seus".
Em outro trecho de sua carta, três parágrafos antes, Caminha havia esclarecido que "estavam já mais mansos e seguros entre nós do que nós estávamos entre eles".
Em meio a essas festividades, os portugueses cuidaram também de preparar os navios para o prosseguimento da viagem. Em 1º de maio, ocorreu a cerimônia de posse oficial da terra. Uma grande cruz de madeira, com as armas reais de D. Manuel, foi erguida na baía Cabrália e Frei Henrique de Coimbra celebrou sua segunda missa. Os índios a assistiram numa atitude reverente que impressionou os portugueses.
Por sua vez, estes os presentearam com crucifixos de estanho. No dia seguinte, pela manhã, a esquadra partiu, deixando em terra dois degredados - condenados à morte que trocavam sua pena pelo exílio em terras desconhecidas. Para ambos, a situação era dramática: choravam muito, precisando ser consolados pelos índios. Só seriam resgatados dois anos mais tarde, em novembro de 1501, pela segunda expedição portuguesa ao Brasil.
Além deles, permaneceram na terra outros dois portugueses, que desertaram e cujo destino é desconhecido. Com a armada, Cabral seguiu rumo à Índia. A nau de mantimentos, sob o comando de Gaspar de Lemos, separou-se da esquadra, com o objetivo de retornar a Lisboa e comunicar ao rei o "achamento", palavra empregada nos textos da época. A 23 de maio, a armada atingia o Cabo da Boa Esperança, onde foi colhida numa tempestade que fez três embarcações naufragarem. Numa delas, estava Bartolomeu Dias que, assim, acabou sepultado justamente no local que o fez passar à história.

Terra dos Papagaios

Somente em setembro os portugueses atingiriam Calicute. Enfrentaram a hostilidade dos comerciantes muçulmanos que resultou num ataque à feitoria estabelecida pelos portugueses, em dezembro de 1500 (nele morreu o escrivão Pero Vaz de Caminha).
Ainda assim, a viagem de Cabral - que se encerrou em julho de 1501, com a chegada do comandante a Lisboa - foi coroada de êxito comercial e deu início ao comércio regular entre Portugal e a Índia. Os lucros por ele proporcionado fizeram com que o Brasil não ocupasse maior atenção dos portugueses durante quase 30 anos - período chamado de pré-colonial.
O território que Cabral chamou de Vera Cruz, rebatizado de Santa Cruz pelo rei, foi visitada por portugueses, espanhóis e franceses durante esse período. Os documentos e mapas da época mencionam-na dessa maneira, ou ainda como Terra dos Papagaios, como aparece em documentos de comerciantes e diplomatas florentinos. Data de 1512 o primeiro manuscrito a utilizar o termo Brasil, difundido oralmente pelo povo e que suplantaria gradualmente os outros, batizando definitivamente o país.
Antonio Carlos Olivieri*
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação * Antonio Carlos Olivieri é escritor, jornalista e diretor da Página 3 Pedagogia & Comunicação.


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domingo, 21 de abril de 2013

Maior projeto da ciência brasileira começa a sair do papel em Campinas ( ESTADÃO)


Novo acelerador de partículas, orçado em R$ 650 mi, promete colocar o País na linha de frente das pesquisas com fonte de luz síncrotron

21 de abril de 2013 | 2h 06

HERTON ESCOBAR - O Estado de S.Paulo
O maior projeto da história da ciência brasileira está prestes a sair do papel. Nas próximas semanas deve ter início o trabalho de limpeza do terreno para construção do novo acelerador de partículas do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas. Com um anel de mais de 500 metros de circunferência, instalado num prédio de 250 metros de diâmetro - do tamanho de um estádio de futebol -, a nova máquina será cinco vezes maior e muito mais avançada do que a atual.
O custo total do projeto, chamado Sirius, está estimado em R$ 650 milhões, com inauguração prevista para 2016. Outro grande projeto federal, do Reator Multipropósito Brasileiro, a ser construído em Iperó (também no interior paulista), tem um orçamento maior, de R$ 850 milhões, mas sua missão principal será a produção de radioisótopos para uso médico.
"Se você pensar numa infraestrutura dedicada exclusivamente à pesquisa, o Sirius é o maior", diz o físico Antonio José Roque da Silva, diretor do LNLS.
A expectativa na comunidade científica é grande. A luz síncrotron (uma radiação eletromagnética de amplo espectro, que abrange desde o infravermelho até os raios X) é usada em várias áreas de pesquisa, como física, química, biologia, geologia, nanotecnologia, engenharia de materiais e até paleontologia.
O acelerador funciona como um gigantesco microscópio, que os cientistas utilizam para enxergar a estrutura atômica e molecular de diferentes materiais (uma rocha, uma proteína, um fóssil, um cabo de aço ou um fio de cabelo), iluminando-os com os diferentes tipos de radiação síncrotron.
Diferenças. O acelerador atual, chamado UVX, entrou em operação em 1997 e atende cerca de 1,4 mil pesquisadores por ano, com quase 3 mil trabalhos científicos publicados. O Sirius será substancialmente maior e melhor em vários aspectos, produzindo uma luz mais brilhante e de melhor qualidade, que permitirá ampliar consideravelmente o seu leque de aplicações.
Será a única máquina do tipo na América Latina e apenas a segunda no Hemisfério Sul, além de uma na Austrália. Mais do que isso, suas especificações técnicas deverão colocá-la na linha de frente das melhores fontes de luz síncrotron do mundo. "O Sirius será a máquina de maior brilho na sua classe de energia", garante Roque.
"Tem tudo para ser uma das melhores máquinas do mundo", diz o físico francês Yves Petroff, ex-diretor do maior laboratório de luz síncrotron europeu (o ESRF) e ex-diretor científico do LNLS, que ajudou a projetar o Sirius. "É o projeto mais moderno que se pode fazer com a tecnologia hoje."




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