quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A FORÇA DO DIÁLOGO NA EDUCAÇÃO DOS FILHOS


Educar os filhos não é uma tarefa fácil e os pais têm muitas dúvidas sobre o uso do castigo e do diálogo na correção do comportamento das crianças.
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Deve-se puní-las? Isso realmente surte efeito? Quando é preciso repreender e qual a melhor forma de fazer isso? 
É por volta dos três anos que começa a educação propriamente dita. “A partir desta idade é preciso cultivar o hábito do diálogo, explicar o motivo das coisas. Sempre existe um ‘porquê’ e é preciso explicar mesmo que a criança ainda não entenda”, afirma Karin Kenzler, psicóloga. 
Para Karin explicar as razões das situações é necessário: “Por exemplo, dizer que ele pode jogar vídeogame, mas só depois da aula, que se não estudar, não aprenderá, é de extrema importância”, explica.
Já por volta dos 10 a 12 anos, os pais perdem um pouco do poder autoritário e o diálogo ganha ainda mais força: “A partir desta idade, a forma de ensinar precisa ser por meio da conversa. Por isso, a importância do entrosamento com as crianças desde cedo. A proibição não tem peso, perde eficiência com o tempo. O diálogo só traz ganhos”, relata a especialista.
Cultivar este hábito na pré-adolescência é mais complicado, mas ainda possível. A psicóloga conta que o melhor é se tornar amigo da criança e educar criando um espaço para a reflexão e construção conjunta de uma solução.
“Primeiro vem a advertência verbal, depois uma bronca e, por último, o castigo. Este deve vir no final, e o pequeno deve compreender os reais motivos para ser punido. O mais importante é que a repreensão deve estar vinculada ao fato original”, afirma Karin.
E usar o castigo como ameaça não é uma boa solução: “Por exemplo, ‘se você tirar nota baixa em matemática, vai ficar sem jogar vídeogame’ ou ‘se você não jantar, não vai comer sobremesa’. O objetivo é explicar o motivo de cada situação, não ameaçar a criança”, diz a psicóloga.
O principal conselho é tornar-se companheiro do seu filho para quebrar qualquer bloqueio que exista: “Converse, fale mais sobre o seu trabalho e projetos. A tendência é que a criança se abra com você. Explique os motivos: a conseqüência de não estudar é receber bronca, anotação na agenda, ficar de recuperação e repetir de ano. Se não cultivar amizades, ficará isolado. O sentido de comer verdura é a importância para o desenvolvimento saudável, etc.”, explica Kenzler. A principal meta é ensinar a acriança a refletir e a lidar com frustrações.
“Não basta também apenas exigir nota, é preciso perceber se o aluno consegue alcançar este objetivo. Se não, ele precisa de ajuda e não de castigo”, revela a psicóloga e ressalta que em muitas ocasiões, a punição serve como meio para os pais exporem a sua ira e não para educar. E é por isso que a criança dificilmente aprende com o método.
“Dar limites é amor. Dar castigo é raiva. Nestes casos, quando a repreensão não vem com intenção de ensinar, só machuca e não constrói. É necessário cuidar do resgate da relação e compreender que errar é humano”, enfatiza Karin que deixa outra dica importante: “Após dar bronca, o adulto deve procurar a criança para fazer as pazes. Fazer com que as coisas fiquem bem novamente”, finaliza.
(Foto: Shutterstock)

Fonte: http://babyguide.uol.com.br/component/k2/item/2670-a-forca-do-dialogo-na-educacao-dos-filhos
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