quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Focado em formação de pessoas e de acervo, Museu de Arte do Rio abre na sexta-feira ( FOLHA DE S. PAULO)


28.02.2013
FABIO CYPRIANO
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Um museu voltado à formação, tanto de pessoas quanto de um acervo público de obras de arte. Essa é a missão a que se propõe o Museu de Arte do Rio (MAR), que abre as portas na sexta-feira (1º), aniversário da cidade, em evento para convidados, incluindo a presidente Dilma Rousseff.



Primeiro dos quatro museus públicos que o Rio vai ganhar nos próximos anos --os demais são o do Amanhã, o da Moda e o novo Museu da Imagem e do Som--, o MAR ocupa dois prédios na zona portuária, que serão abertos ao público a partir de terça.

A integração entre arte e educação é a meta do museu: não por acaso, visitantes entram no espaço pelo prédio da Escola do Olhar --área educativa que atenderá alunos e professores da rede pública-- para chegar às exposições.

Daniel Marenco/Folhapress


Fachada do Museu de Arte do Rio (MAR), na praça Mauá, na zona portuaria do Rio de Janeiro; o museu será inaugurado na sexta-feira, 1º de março
"É um museu da cidade para sua população", diz Paulo Herkenhoff, 63, diretor cultural do MAR. "Se for bom para a rede pública, será bom para os cidadãos e os turistas."
Planejado para abrigar coleções privadas em exposições temporárias, a instituição mudou de característica com a chegada de Herkenhoff e passou a ter como meta criar um acervo próprio.

O MAR estreia com cerca de 3.000 obras, entre elas uma escultura de Aleijadinho, a primeira na coleção de um museu carioca, e um quadro de Tarsila do Amaral.


Suas quatro exposições inaugurais, no entanto, ainda são baseadas em coleções particulares, como as do casal Fadel e a de Jean Boghici --reduzida por um incêndio que atingiu a cobertura do colecionador no ano passado.

EXEMPLO DA PINACOTECA
Erguido ao custo de R$ 79,5 milhões, o MAR é uma parceria da prefeitura com a Fundação Roberto Marinho, à qual o município destinou cerca de R$ 62 milhões, por serviços nos dois prédios.

Do custo total, R$ 14 milhões vieram por meio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac); o museu tem a Vale e as Organizações Globo como patrocinadoras.

Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, além de impulsionar a revitalização da zona portuária, o museu foi pensado para dar ao Rio "um equipamento parecido com a Pinacoteca de São Paulo."

"A prefeitura não tinha nenhum museu de porte. O MAR permite, nesse primeiro momento, pelo menos expor acervos privados que estavam escondidos por aí", diz.

A decisão de deixar a administração a cargo de uma OS (Organização Social), escolhida por edital, faz parte da estratégia de "institucionalizar" o museu, deixando-o menos sujeito às mudanças no comando da cidade.

A OS vencedora foi o Instituto Odeon, de Minas Gerais, que receberá R$ 12 milhões anuais da prefeitura. O contrato vale por dois anos, renovável por mais três. Para manter as atividades artísticas e educativas, buscará mais R$ 13,6 milhões via Lei Rouanet --o montante, já autorizado, está em fase de captação.

Por contrato, o MAR deve atender um mínimo de 2.000 professores da rede pública e receber ao menos 200 mil visitantes em seu primeiro ano.
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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Especialistas apontam defasagem nas escolas ( O GLOBO )


Educação e linguagem do século XIX não chegam aos jovens do século XXI
Publicado: 
SÃO PAULO — As escolas precisam aprender a lidar melhor com conflitos, aproximar-se mais da realidade dos alunos e investir em formação de professores, para que casos de violência diminuam, na opinião de especialistas.

Para Miriam Abramovay, autora de livros sobre violência na escola e coordenadora da área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, as escolas não estão conseguindo vencer a cultura da violência e não têm um diagnóstico sobre as razões de tantos conflitos no ambiente educacional.

— A escola é muito defasada em relação à realidade dos alunos. Temos uma educação do século XIX para alunos do século XXI, com uma linguagem que não chega aos jovens. A escola é chata e entediante para os alunos. E isso cria conflitos — diz Miriam.

Para Luciene Tognetta, pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral da Unicamp e da Universidade Estadual Paulista, ainda há um problema generalizado de formação de professores, que não são preparados para lidar com a agressividade de crianças, nem para se relacionar bem com elas. Na opinião de Luciene, os educadores não usam bem o tempo que têm para debater sobre a violência na escola.

— Nos encontros semanais que os professores têm para discutir questões como essas, eles preparam festas juninas, vendem calcinhas e trocam receitas de bolo — diz Luciene.
O pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP Renato Alves afirma que muitas vezes as escolas não dão a devida atenção a violências menores que acontecem em sala de aula, e elas acabam se transformando em algo maior.

— A violência física é a ponta de um iceberg de outras violências que acontecem e não são tratadas. Ninguém dá um soco do nada. Começa com olhares, xingamentos e empurrões. Se o professor pede algo para o aluno, e ele responde de forma atravessada ou se o professor responde de forma atravessada, isso vira uma bola de neve — afirma.

Segundo Alves, as escolas foram perdendo função ao longo do tempo e não se preocupam mais com a convivência e bons relacionamentos. De acordo com ele, se antes os colégios eram voltados para a formação de profissionais, hoje eles estão mais preocupados com a aprovação em vestibulares.
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domingo, 24 de fevereiro de 2013

O despertar dos pesquisadores ( GAZETA DO POVO )


O total de pedidos de patentes feito por universidades do Paraná junto ao Inpi aumentou 86%, passando de 67, em 2011, para 125 no ano passado
Fonte: GAZETA DO POVO Publicado em 24/02/2013 | RAFAEL WALTRICK

Antônio More/ Gazeta do Povo
Antônio More/ Gazeta do Povo / O professor Obdulio Gomes Miguel, coordenador do grupo de Produtos Naturais do Departamento de Farmácia,  da UFPR, ao lado das alunas Gisleine Fujwara e Samanta Golin (nas pontas) e das professoras Josiane Dias e Sandra Maria Zanin (no centro): incentivo aos novos pesquisadoresO professor Obdulio Gomes Miguel, coordenador do grupo de Produtos Naturais do Departamento de Farmácia, da UFPR, ao lado das alunas Gisleine Fujwara e Samanta Golin (nas pontas) e das professoras Josiane Dias e Sandra Maria Zanin (no centro): incentivo aos novos pesquisadores
Responsáveis por estudos nas mais diferentes áreas – do tratamento contra a asma até a produção de biscoitos –, pesquisadores das universidades paranaenses têm dobrado os esforços para garantir que os projetos desenvolvidos nos laboratórios encontrem respaldo e atenção de investidores fora do ambiente acadêmico. Somente no último ano, o número de pedidos de patentes feito por universidades do Paraná junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi) aumentou 86%. Foram 125 depósitos de invenções contra 67 em 2011.

A fatia da academia no bolo total de pedidos do estado, porém, ainda é tímida. Apesar de concentrar as cabeças pensantes, cujo trabalho muitas vezes é voltado diretamente para as pesquisas, as universidades foram responsáveis em 2012 por somente 17% dos registros paranaenses solicitados ao Inpi. O restante foi monopolizado pela iniciativa privada, mais atenta, segundo os próprios pesquisadores, à possibilidade de angariar recursos pela exploração de novos produtos e processos.
Pesquisa
De afrodisíacos a antiinflamatórios
Entre as universidades contatadas pela Gazeta do Povo, a Universidade Federal do Paraná desponta como a que mais depositou pedidos de patentes nos últimos cinco anos. Somente em 2012 a UFPR foi responsável por 71 pedidos – quase o dobro do ano anterior.
Os grupos de pesquisas das áreas de Produtos Naturais e Farmacotécnica, do Departamento de Farmácia, estão entre os que mais contribuíram para que a UFPR atingisse a marca histórica de mais de 200 patentes depositadas. Ano passado, pesquisadores dos grupos enviaram 15 pedidos ao Inpi.
A produção é variada e contempla desde o estudo de plantas com substâncias capazes de aumentar a produção de espermatozóides no homem até o extrato de mel proveniente de abelhas sem ferrão, com poder antiinflamatório. Em comum, o fato de as pesquisas poderem resultar em novos medicamentos.
O processo, porém, é longo e exige paciência. Apesar de ter 225 pedidos depositados junto ao Inpi, a UFPR não conseguiu nenhuma concessão de patentes – etapa final do processo. Hoje, todo o trâmite pode levar oito anos. Mesmo assim, o coordenador do grupo de Produtos Naturais, Obdulio Gomes Miguel, não deixa de incentivar alunos e professores a enfrentarem a via-sacra.
“Acredito que, num futuro próximo, essa consciência de procurar registrar os pedidos fique mais nítida na cabeça dos pesquisadores. As patentes são importantes para resguardar o trabalho desenvolvido e trazer recursos para mais pesquisas”, reforça.
Patentes
O pedido de patente é feito para que o pesquisador seja o único a poder explorar comercialmente determinado produto ou processo, que ele mesmo elaborou. Em contrapartida, após a concessão da patente, o inventor precisa revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da pesquisa protegida – o que permite a terceiros dar um passo adiante e fazer novas pesquisas. A patente, porém, só é concedida após uma rigorosa – e demorada – análise de técnicos do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual. Uma das principais exigências é que o projeto seja completamente novo.
O balanço das universidades paranaenses foi feito pela Gazeta do Povo, com base em informações repassadas pelas instituições. Considerando os últimos cinco anos, o aumento no número de pedidos com origem na academia chega a 205% (veja gráfico). O “boom” recente, conforme especialistas, é fruto de investimentos das universidades na estruturação e qualificação de incubadoras e agências de inovação, órgãos responsáveis por orientar os pesquisadores e tomar para si o trabalho burocrático junto ao Inpi. Que, no caso das patentes, não é pequeno.
“Para de fato haver inovação, é preciso transformar conhecimento em produto ou serviço e isso chegar na sociedade, para então gerar recursos e desenvolvimento. As universidades ainda não conseguem realizar esse processo de forma plena, mas agora estão começando a se estruturar”, avalia o professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e assessor da reitoria para Inovação Tecnológica, Marcelo Farid.
Parceria
Mesmo com o aumento de pedidos de patentes, há consenso de que o potencial de inovação das universidades, tanto no Paraná quanto no país, pode ser muito maior. Principalmente se a academia e o setor produtivo estreitarem os laços, tirando da gaveta dos pesquisadores processos e produtos que poderiam chegar ao “cidadão comum”, reforça o gerente do Centro Internacional de Inovação do Fiep, Filipe Cassapo. “As universidades precisam proteger, por meio das patentes, o conhecimento que produzem, mas para que ele seja transferido para as empresas. Se tivermos só patentes depositadas, mas não tivermos diálogo e conversão para processos e negócios, perderemos uma grande oportunidade de gerar inovação”, afirma.
Investimento
Portal compartilhará dados sobre pesquisas

O secretário estadual da Ciência, Tecno­­lo­­gia e Ensino Superior, Alípio Leal, considera como “promissor” o cenário de evolução das pesquisas e pedidos de patentes nas universidades. “Está havendo uma mudança de conceitos que encontra consistência nas propostas do governo e do setor produtivo. As universidades estão se abrindo para isso, o que não é muito comum”, afirma.
Um dos avanços recentes, que deve promover um ambiente mais favorável para a produção científica na academia e nas empresas, é a criação da Lei da Inovação do Paraná, sancionada em setembro passado. Na próxima semana, a lei será regulamentada e o governo deve declarar 2013 como “o ano da inovação” no Paraná.
Entre as medidas previstas na lei está a concessão de bolsas para que estudantes de mestrado e doutorado façam projetos de pesquisas em empresas. Outra iniciativa planejada é a criação de um portal online que reunirá informações da produção científica das universidades para consulta da iniciativa privada. Na prática, o sistema permitirá que empresas, entidades e universidades consigam acompanhar o que cada um está produzindo de tecnologia (respeitados os casos de sigilo) – e possam concentrar esforços.



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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

CÁLICE ( Chico Buarque )

CÁLICE  ( Chico Buarque )


Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue

Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor e engolir a labuta?
Mesmo calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa?
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada, prá a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
De muito gorda a porca já não anda (Cálice!)
De muito usada a faca já não corta
Como é difícil, Pai, abrir a porta (Cálice!)
Essa palavra presa na garganta
Esse pileque homérico no mundo
De que adianta ter boa vontade?
Mesmo calado o peito resta a cuca
Dos bêbados do centro da cidade

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Talvez o mundo não seja pequeno (Cale-se!)
Nem seja a vida um fato consumado (Cale-se!)
Quero inventar o meu próprio pecado (Cale-se!)
Quero morrer do meu próprio veneno (Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez tua cabeça! (Cale-se!)
Minha cabeça perder teu juízo. (Cale-se!)
Quero cheirar fumaça de óleo diesel (Cale-se!)
Me embriagar até que alguém me esqueça (Cale-se!)

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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Concursos públicos devem abrir 130 mil vagas ( FOLHA DE LONDRINA)

18/02/2013
Testes seletivos mais esperados são do Banco Central e da Polícia Federal, para cargo de delegado


 
Shutterstock
Recomendação: candidatos não devem tentar refazer questões quando forem passar as respostas para o gabarito
O ano de 2013 promete ser movimentado para quem pensa em prestar concursos públicos. A expectativa dos profissionais da área é que sejam realizadas provas para os mais diversos cargos, sobretudo nas esferas Estadual e Federal. A questão é como estar preparado para esta maratona de provas? 

Alguns passos podem garantir o sucesso do concursista. O diretor da Escola de Ensino Jurídico Federal do Paraná (Efuje), Ivan Canziani Silveira, diz que o primeiro passo do interessado em se submeter a uma prova é saber exatamente o que quer, direcionar o estudo. ‘’Não adianta querer fazer todos os concursos que aparecem. Se perceber que seu interesse é por tribunais dedique-se a concursos nesta área. Concursos com enfoques parecidos têm matérias que se chocam e isso facilita os estudos’’, orienta. 

Quanto a assimilação do conteúdo, o diretor afirma que não há segredos. O concursista precisa adotar o método da repetição. Organizar uma espécie de fichamento com os principais tópicos estudados no dia e arquivar ‘’O candidato faz isso no primeiro dia. Repete no segundo dia e aproveita para ler o que foi anotado no dia anterior e, assim, sucessivamente. Repetir é a melhor forma de reter conteúdo. Estudos apontam que em 48 horas um indivíduo pode perder mais de 50% do conteúdo que aprendeu hoje’’, enfatiza. 

Silveira estima que só este ano mais de 100 mil vagas devem estar disponíveis. Ele aconselha que os candidatos procurem realizar as provas dos anos anteriores do concurso que pretende prestar. Esta atitude, segundo ele, faz com que o indivíduo conheça a banca que aplicará a prova e evite as armadilhas que possam surgir no dia do teste. Os concursos mais esperados são do Banco Central e da Polícia Federal, para o cargo de delegado - este último já aguardado desde o ano passado, quando foi suspenso. 

Dividir as matérias a serem estudadas por dia também é importante. O diretor destaca que neste processo é imprescindível que a família do candidato compreenda as atitudes extremas que ele tomará para ficar centrado em seu objetivo. Afinal, o esforço e a dedicação integral visam evitar contratempos e podem fazer a diferença. 

Dia da prova


Para Silveira, a falta de concentração e a insegurança podem por tudo a perder na hora de responder as questões da prova. Ele recomenda aos candidatos que não tentem refazer questões, quando forem passar as respostas para o gabarito. ‘’O concursando está de cabeça fria quando começa a prova. Se marcou uma questão não procure repensá-la antes de passar para o gabarito porque, ao final da prova, já estará com a cabeça cansada, e pode se arrepender da escolha depois’’, diz. 

O diretor da Efuje acredita que o maior adversário do candidato é ele mesmo. Ele recomenda aos concursistas que estabeleçam metas de estudo, desde o início, busquem se superar, sem se preocupar com os concorrentes e não desanimem em caso de insucessos. ‘’Pode ter certeza que a maioria dos aprovados em grandes concursos colecionou mais derrotas do que vitórias antes de alcançar seu objetivo’’, garante. 

Para o sócio-proprietário do curso Sólon Concursos, Nelson Guerra, o total de vagas a serem abertas no Brasil é ainda maior, ficando entre 120 e 130 mil vagas. Ele explica que alguns concursos que deveriam ter acontecido em 2012 ficaram para este ano, aumentando as oportunidades. 

Por ser comum, na maioria dos concursos públicos, a exigência de conhecimentos de português, informática, matemática ou raciocínio lógico, direito constitucional e direito administrativo, ‘’uma boa dica é começar os estudos por essas disciplinas, além de solucionar provas destas matérias de anos anteriores’’, orienta Guerra. 

Para quem pensa em prestar um concurso público esse ano, mas teme não ser aprovado ou já viveu a frustração de ter sido reprovado, o professor aconselha que esta é a hora de superar os medos e aproveitar as oportunidades. ‘’O candidato deve internalizar que o importante é ele estar constantemente se superando, dia a dia, estudando e resolvendo provas, pois as oportunidades que se apresentam este ano são muito estimulantes para quem busca tranquilidade e segurança profissional no serviço público’’.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Com o inglês afiado para garantir uma bolsa no exterior (GAZETA DO POVO)

Felipe Lima / Ilustração
Felipe Lima / Ilustração /


Até 2014, 110 mil universitários terão acesso a um curso de inglês ofertado por programa federal. Capacitação poderá ser a distância ou presencial

Gazeta do  Povo ( 11.02.2013) ANNA SIMAS
Estudantes interessados em participar do programa federal Ciência sem Fronteiras e que ainda não dominam o inglês – requisito necessário para se inscrever e uma barreira para muitos alunos – terão uma chance para aprender e aprimorar o idioma. Até 2014, o governo federal vai selecionar 110 mil universitários para fazer um curso pelo programa Inglês sem Fronteiras.
Embora o Ministério da Educação (MEC) ainda não tenha definido uma data para a abertura das inscrições – o que deve ocorrer ainda neste ano –, sabe-se que a seleção levará em conta o desempenho do aluno em um teste de proficiência – o Toefl (Test of English as a Foreign Language ou, em tradução livre, Teste de Inglês como Língua Estrangeira). O exame mostrará o nível de aprendizado em que o estudante se encontra.
ATENÇÃO
Como ainda não há uma data definitiva para a abertura das inscrições para o Inglês sem Fronteiras, é importante que os interessados estejam antenados sobre o que rola nos sites doMinistério da Educação e do Ciência sem Fronteiras. Para saber mais sobre o Toefl, acessewww.ets.org/toefl
Os 100 mil interessados com os melhores resultados receberão senhas para estudar, a distância, pelo Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do MEC. Outros 10 mil estudantes participarão de um curso presencial.
A ideia do programa é facilitar o aprendizado da língua para quem tem interesse em estudar fora do país. “Vamos começar com o Ciência sem Fronteiras, depois com a graduação e o ensino médio, até o momento em que conseguiremos chegar ao ensino fundamental”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Ciência sem Fronteiras
O programa foi criado pelo governo federal em julho de 2011 para levar 75 mil jovens para estudar fora do país até o final de 1014. A ideia é que eles façam parte da graduação no exterior, a chamada graduação-sanduíche. A falta de domínio em inglês é apontada como uma barreira para que alunos tenham acesso aos benefícios do programa.
Grã-Bretanha reduz exigência por idioma
Agência Estado
A alta taxa de reprovação dos estudantes que concorreram a uma bolsa do programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na Grã-Bretanha, em decorrência principalmente do nível insatisfatório do inglês, levou o governo brasileiro, a embaixada britânica e a Universities UK (que intermedeia a relação dos bolsistas com as instituições) a reduzirem a pontuação mínima exigida nos exames de certificação. A medida é paralela ao programa Inglês sem Fronteiras.
“Gostaríamos de ver ocupada a maior parte das vagas ofertadas pelas 110 universidades britânicas. Por isso, a partir deste ano os alunos que atenderem aos requisitos do programa, mas não atingirem a nota mínima em seus exames de proficiência, serão beneficiados com cursos de inglês intensivos na Grã-Bretanha”, afirmou Jaqueline Wilkins, consultora em Educação da embaixada britânica.
Das 4 mil bolsas destinadas até agora pelo Ciência Sem Fronteiras para brasileiros estudarem no país, apenas 1,8 mil (45%) foram preenchidas. A redução da pontuação mínima consta em uma das retificações do edital do CsF, que teve suas inscrições encerradas no dia 25 de janeiro.
A nota mínima no Toefl caiu de 72 para 42 pontos. No Ielts, outro exame de proficiência, a exigência passou de 5,5 para 4,5 pontos em até duas habilidades. Além disso, o candidato que não conseguir a nota necessária terá de participar de um curso intensivo de inglês na Grã-Bretanha, com duração de três ou seis meses, bancado pelo governo brasileiro.
As aulas da língua estrangeira serão antes e durante os estudos acadêmicos. Ao final do curso, os candidatos precisarão se submeter a um novo teste de proficiência. Quem não conseguir as pontuações estabelecidas será obrigado a retornar ao Brasil.
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Ler autores clássicos estimula o cérebro, diz estudo ( GAZETA DO POVO )


Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da Universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos

Gazeta do Povo ( 15.01.2013)

Ler autores clássicos, como Shakespeare, William Wordsworth e T.S. Eliot, estimula a mente e a poesia pode ser mais eficaz em tratamentos do que os livros de autoajuda, segundo um estudo da Universidade de Liverpool publicado nesta terça-feira.

Especialistas em ciência, psicologia e literatura inglesa da Universidade monitoraram a atividade cerebral de 30 voluntários que leram primeiro trechos de textos clássicos e depois essas mesmas passagens traduzidas para a "linguagem coloquial".
Os resultados, que serão apresentados nesta semana em uma conferência e que o "Daily Telegraph" antecipa hoje, mostram que a atividade do cérebro "dispara" quando o leitor encontra palavras incomuns ou frases com uma estrutura semântica complexa, mas não reage quando esse mesmo conteúdo se expressa com fórmulas de uso cotidiano.
Esses estímulos se mantêm durante um tempo, potencializando a atenção do indivíduo, segundo o estudo, que utilizou entre outros textos de autores ingleses como Henry Vaughan, John Donne, Elizabeth Barrett Browning e Philip Larkin.
Os especialistas descobriram que a poesia "é mais útil que os livros de autoajuda", já que afeta o lado direito do cérebro, onde são armazenadas as lembranças autobiográficas, e ajuda a refletir sobre eles e entendê-los desde outra perspectiva.
"A poesia não é só uma questão de estilo. A descrição profunda de experiências acrescenta elementos emocionais e biográficos ao conhecimento cognitivo que já possuímos de nossas lembranças", explica o professor David, encarregado de apresentar o estudo.
Após o descobrimento, os especialistas buscam agora compreender como afetaram a atividade cerebral as contínuas revisões de alguns clássicos da literatura para adaptá-los à linguagem atual, caso das obras de Charles Dickens. EFE
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Ano letivo começa com o pacto pela alfabetização até os 8 anos ( O Globo)

Cerca de 90% dos municípios brasileiros aderiram ao acordo
AGÊNCIA BRASIL (Email · Facebook · TwitterPublicado: Atualizado: 
Estudantes começam a retomar atividades escolares nesta quinta-feira Foto: Divulgação/Prefeitura de Teresópolis
BRASÍLIA — O ano letivo começa nesta quinta-feira (14) em grande parte das escolas públicas do país. Junto com as aulas, tem início também o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic). Ao todo, 4.997 municípios dos 26 estados mais o Distrito Federal concluíram o processo de adesão ao pacto até dezembro de 2012, o que representa 89,8% dos municípios do país. Outros 328 aderiram parcialmente, não concluíram o processo de adesão ou não se manifestaram. Apenas oito optaram por não firmar o acordo que tem como objetivo assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade, ao final do 3º ano do ensino fundamental.

Para que o Pnaic seja implementado, desde o anúncio do pacto, em novembro do ano passado, o Ministério da Educação (MEC) trabalha na formação de uma rede que envolve estados, municípios, universidades e escolas na capacitação, ensino e avaliação da fase que compreende o ciclo da alfabetização: 1º, 2º e 3º anos da educação Básica.

Um total de 37 universidades públicas é responsável pela formação dos orientadores de estudo que por sua vez serão responsáveis pela capacitação dos professores alfabetizadores. De acordo com o calendário proposto pelo MEC, a formação dos orientadores acontece desde dezembro do ano passado em alguns estados. Até março a primeira etapa da formação - 40 horas do total de 400 horas, 200 por ano até 2014 — será concluída e será a vez dos professores receberem as aulas - com carga horária de 120 horas por ano.

— O Pnaic é um projeto nacional firmado com todos os entes federativos. Cada um tem uma responsabilidade grande para que o processo de alfabetização seja bem sucedido. Com o plano, haverá um diálogo nacional. Ao mesmo tempo é importante que saibamos guardar as especificidades de cada localidade e que os professores possam criar em cima do material disponível — diz Regina Aparecida Marques de Souza, coordenadora do Grupo de Estudos em Letramento em Educação da Infância e do programa na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).

A UFMS programou a formação dos orientadores para o período de 4 a 8 de março. São esperados 245 professores formadores que partirão para os municípios a fim de capacitar os 5.238 professores alfabetizadores da rede pública do estado. Assim como a UFMS, outras universidades estão otimistas com o pacto.

O material para a capacitação, desenvolvido pela Universidade de Pernambuco (UFPE) com a colaboração de 11 instituições de ensino superior foi elogiado pelos coordenadores do pacto. O material, no entanto, está disponível apenas na versão digital.
— O material só foi liberado na versão final no início de janeiro de 2013. Muito tarde para conseguir cópias impressas para as primeiras formações — diz o coordenador-geral do Pnaic na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Jaylson Teixeira. Na universidade, a formação dos primeiros 442 orientadores vai do dia 18 ao dia 22 de fevereiro. Eles serão responsável pela formação dos docentes de 155 municípios.

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) tomou a iniciativa de complementar o material com slides e vídeos, para facilitar a absorção do conteúdo. A primeira etapa do curso de capacitação já foi realizada pela universidade do dia 28 ao dia 30 de janeiro e nos dias 5 e 6 de fevereiro, totalizando as 40 horas previstas. Para o professor e líder do Grupo de Estudo e Pesquisa em Alfabetização, Discurso e Aprendizagens (Geadas) da UFS, José Reicardo Carvalho, "a capacitação ainda está no início, estamos observando".

De acordo com o Censo Escolar de 2011 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no qual se baseia o planejamento do Pnaic, há cerca de 380 mil docentes lecionando do 1º ao 3º anos do ensino fundamental, que devem ser capacitados e receber um material desenvolvido para auxiliar no planejamento das aulas. Para cada grupo de 25 professores está previsto um orientador. O MEC estima que serão cerca de 18 mil orientadores.

O Pacto receberá investimento de R$ 3,3 bilhões em dois anos. Para incentivar a participação dos profissionais serão oferecidas bolsas de R$ 200 mensais para o professor alfabetizador; R$ 765 para o orientador de estudo; R$ 765 para o coordenador das ações do pacto nos estados, Distrito Federal e municípios; R$ 1.100 para o formador da instituição de ensino superior; R$ 1.200 para o supervisor da instituição de ensino superior; R$ 1.400 para o coordenador adjunto da instituição de ensino superior; e R$ 2.000 para o coordenador-geral da instituição de ensino superior.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2000 e 2010, a taxa de analfabetismo no Brasil, até os 8 anos de idade, caiu 28,2%, com variações entre os estados da federação, e alcançou, na média nacional, uma taxa de alfabetização de 84,8% das crianças. Entre as regiões, existe uma diferença na taxa de analfabetismo, a maior está no Nordeste, 25,4%, seguido do Norte, 27,3%, Centro-Oeste, 9%, Sudeste, 7,8% e Sul, 5,6%. O estado com a maior taxa de analfabetismo é Alagoas, 35%, e o com a menor é o Paraná, com 4,9%.

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