quinta-feira, 3 de março de 2016

Estudo mostra que 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos abandonam escola - AGÊNCIA BRASIL

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
sala de aula
Número de jovens que concluem ensino médio na idade certa (até 17 anos) subiu em 10 anos, passando de 5% em 2004 para 19% em 2014, revela estudo do Instituto Unibanco, com base em dados do IBGEArquivo/Agência Brasil
   A porcentagem de jovens que concluem o ensino médio na idade certa – até os 17 anos – aumentou em 10 anos, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há, no entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o ensino fundamental.
"Este é o subgrupo mais vulnerável, pois são brasileiros que, caso não voltem a estudar, terão altíssima probabilidade de inserção precária no mercado de trabalho, além de não terem tido seu direito à educação básica assegurado", diz a publicação.
O estudo Aprendizagem em Foco, divulgado nesta semana, mostra que, quanto maior a renda, mais os estudantes avançam nos estudos. Entre aqueles que concluíram o ensino médio na idade correta, a média de renda familiar por pessoa é R$ 885. Entre os que não terminaram o ensino fundamental, a média cai para R$ 436. O ingresso no mundo do trabalho e s gravidez na adolescência estão entre os fatores que levam os jovens a deixar a escola.
"Os estudos feitos com dados do IBGE e do MEC [Ministério da Educação] indicam que há grupos em maior risco. São jovens de baixa renda, em sua maioria negros, que trocam com frequência os estudos por um trabalho precário ou que ficam grávidas já na adolescência", diz o texto, que acrescenta: "Entender o perfil do jovem que evade da escola e identificar os momentos em que esse movimento é mais provável são ações importantes a serem realizadas pelos gestores de escolas e dos sistemas educacionais."

Só 2% das mães adolescentes continuam 

Do total de 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola sem ensino médio concluído, 610 mil são mulheres. Entre elas, 35%, o equivalente a 212 mil, já eram mães nessa faixa etária. Apenas 2% das adolescentes que engravidaram deram sequência aos estudos. Já entre os homens, o maior percentual, 63%, estavam trabalhando ou procurando emprego.

O estudo aponta também o desinteresse como uma das causas da evasão escolar. "Sobre muitos desses fatores externos, a escola tem pouca interferência. Há, porém, razões que levam ao abandono e que estão mais diretamente ligadas ao ambiente escolar. É o caso da repetência e do desinteresse do jovem pelos estudos, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo, especialmente no ensino médio, enciclopédico e com pouca flexibilidade para escolhas".
A educação até os 17 anos é obrigatória no Brasil de acordo com a Emenda Constitucional nº 59 e com o Plano Nacional de Educação. Termina neste ano o prazo para que todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam matriculados. "Os dados mais recentes, referentes ao ano de 2014, indicam, infelizmente, que não vamos conseguir atingir esse objetivo no prazo", diz o texto. Segundo o levantamento, o maior problema está na faixa etária de 15 a 17 anos – 13% desses adolescentes abandoram a escola sem concluir os estudos.

Na educação pública, os estados são os que concentram a maior parte das matrículas do ensino médio. "Os dados reforçam a necessidade urgente de uma reformulação consistente do ensino médio. Estamos trabalhando nisso", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.

"Estamos contando também com ações nos estados, para que aqueles que têm condições flexibilizem o ensino médio, ofereçam trilhas diferenciadas, que possam estar focadas no protagonismo juvenil e nas competências do século 21. Precisamos de um novo modelo que atenda essa demanda e que ofereça também ensino técnico e profissionalizante", acrescenta o presidente do Consed.

Edição: Armando de Araújo Cardoso

sábado, 27 de fevereiro de 2016

PROF. CLÁUDIO SILVA EM PALMITAL,PR - PALESTRA/OFICINA SOBRE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As peculiaridades do processo avaliativo na educação infantil, que tem características e exigências próprias em decorrência da faixa etária, foi o assunto abordado com os professores municipais de Palmital,Pr. A palestra/oficina “A AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL” foi realizada na  última quinta feira, dia 25.03.2016. O evento foi promovido pel Secretaria Municipal de Educação de Palmital, Pr, que tem à frente a secretária Professora Juraci Schmidt de Moura.

(clique nas imagens para -las em tamanho ampliado)











Link’s recomendados:

EM JAGUAPITÃ,PR, PALESTRA/OFICINA COM O PROFESSOR CLÁUDIO SILVA

O Prof. Cláudio Silva esteve no último dia  10.02 em Jaguapitã, Pr dirigindo capacitação/oficina  “Educação Infantil – exigências e cuidados no trabalho com os pequenos” . O evento foi realizado com a equipe pedagógica da Escola Educarte em preparação ao ano letivo . Foram abordados aspectos teóricos e práticos da metodologia e didática da educação infantil, na perspectiva de Winnicott, Gardner e Jean Piaget,  importantes para o desenvolvimento harmônico do educando.

(clique nas imagens para -las em tamanho ampliado)

EQUIPE DO INSTITUTO EDUCACIONAL NOSSA SENHORA DA ALEGRIA REALIZA ENCONTRO COM O PROFESSOR CLÁUDIO SILVA

O início do ano é o momento propício para  a preparação da equipe pedagógica para nova jornada pedagógica. Reavaliar a caminhada, refletir e planejar. Pensando assim o Instituto Educacional Nossa Senhora da Alegria reuniu a sua equipe para esse importante no momento da semana pedagógica. Fechando os trabalhos, foi realizado no dia 30.01.2016 encontro com o Prof. Me Cláudio Silva, abordando  o tema “PROFESSORES DE SUCESSO – a dimensão humana do educador”, fundamentado em pesquisa realizada por Kotler & Zehm.

(clique nas imagens para -las em tamanho ampliado)
Link’s recomendados:

PROF. CLÁUDIO SILVA PROFERE PALESTRAS SOBRE METODOLOGIA E DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR NA FACNOPAR E FACULDADE MARINGÁ

O Prof. Cláudio Silva dirigiu capacitação/oficina sobre Metodologia e Didática do Ensino Superior para professores da FACNOPAR/Apucarana,Pr (25 e 26.01.16) e FACULDADE MARINGÁ (04 e 05.02.16). Foram abordados aspectos teóricos e práticos da metologia e da didática, importantes para o alcance dos objetivos dos processos de ensino e aprendizagem.
(clique nas imagens para -las em tamanho ampliado)




























Link’s recomendados:

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

“EU AMO O MEU BRUTO!” ( CRÔNICA DO PROFESSOR CLÁUDIO SILVA)



“EU AMO O MEU BRUTO!”
    *Por Cláudio Silva
Se muitos zelassem pelos filhos como se preocupam com os seus veículos, as coisas poderiam ser bem diferentes.

“Há três coisas na vida que jamais retornarão: tempo, palavras e oportunidades.” (A.D.) Outro dia , o meu amigo e ex-aluno Argeu postou  no face a foto do seu caminhão com essa frase pintada na traseira , “Eu amo o meu bruto”! Sempre admirei a sua paixão pela profissão - um rapaz inteligente, que mesmo tendo estudado, com pós graduação e instrutor de cursos técnicos, e com um leque de várias outras opções, optou por aquela em que se sente mais feliz. Também me despertou a atenção o zelo pelo seu instrumento de trabalho. As condições do seu veículo são de causar inveja, sempre impecável. Seus cuidados vão da qualidade do combustível e lubrificantes aos serviços mecânicos, escolhendo com muita atenção os produtos e quem cuidará do seu “bruto”.

Nesta época os alunos estão iniciando o ano letivo. Assim, fiz um paralelo com a educação e fiquei imaginando um mundo em que os pais, metaforicamente, tatuassem na alma a frase “amo os meus filhos”. E traduzissem isso em atitudes de zelo pelo seu desenvolvimento. Se muitos zelassem pelos filhos como se preocupam com os seus veículos, as coisas poderiam ser bem diferentes. Porque cuidariam primeiramente do exemplo que estão dando, conscientes de que os filhos aprendem e desenvolvem valores pela convivência e observação.

Na educação escolar seriam pais presentes, envolvendo-se com as atividades da escola, e acompanhando e orientando tarefas, cobrando fidelidade aos horários de estudo em casa no sentido da formação do hábito de estudar. Não deixariam passar as oportunidades de valorizar os aspectos positivos, boas ações e acertos do filho, para que não houvesse desequilíbrio quando fosse necessário cobrar e corrigir- certas pessoas consideram-se inferiores, porque só o erro e situações negativas foram exaltados em seu processo de formação.

Esses pais zelariam pela qualidade alimentar, pelas previsíveis consequências futuras. Orientariam os filhos sobre amizades, e também sobre informações acessadas pelos meios de comunicação e redes sociais, por estarem em uma fase em que são influenciáveis, e sem senso crítico amadurecido. Estimulariam o ambiente propício ao diálogo, sobretudo para ajudar a dirimir dúvidas e questionamentos que não são poucos nesta etapa da vida. Cultivariam a fé e a espiritualidade, por ser uma das dimensões humanas importantes para o equilíbrio, principalmente nos momentos difíceis da vida.

Igualmente, favoreceriam o ambiente cultural, de forma a que tivessem acesso à saudável literatura. Cultura é também ambiente e cultivo. A criança, por exemplo, que cresce observando os pais lendo, vendo livros nas estantes de casa, ouvindo à mesa conversas sobre leituras, acompanhando-os em visitas a bibliotecas e livrarias, ganhando livros de presente, terá um outro olhar sobre este mundo tão fascinante e necessário da cultura. E, paulatinamente, vai desenvolvendo o hábito de buscar nos livros as soluções para dúvidas e ignorâncias, novas ideias e informações científicas. O que lhe será fundamental no futuro, quando já não mais puder contar com os pais e professores ao seu lado e tiver pela frente os desafios da vida, dentre eles a carreira profissional. Criar um ambiente cultural e enriquecedor em nossas casas  é importante atitude educativa.

Mas sobretudo, esses pais da nossa temática gastariam tempo simplesmente convivendo com os filhos, seja num simples passeio de bicicleta, assistindo a um filme, passeando pela cidade, cantando juntos, ou dando aquelas gostosas gargalhadas das inúmeras situações engraçadas do dia a dia. Como na máxima atribuída a Charles Chaplin, “Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.” Assim, “perder tempo” com os filhos é investir e ganhar, e muito. A vida um dia o irá confirmar.

A experiência tem demonstrado que os pais têm em média de nove a dez anos para fazer esse trabalho de base essencial, com o complemento e assessoramento da escola. São os anos da educação infantil e do ensino fundamental. Se esta for bem construída, a sequência será um processo natural, pois eles estarão aprendendo a caminhar por si e se dirigir nas etapas que se seguirão. Se você olhar para trás, e recordar o que fazia há dez anos, parecerá que foi ontem. Da mesma forma, mirando à frente - dez anos passarão mais rápido do que poderá imaginar, e serão fundamentais para que o seu filho possa seguir a vida com segurança.
Pense Nisso!                                                                                                                              14 de fevereiro de 2016

POSTE O SEU COMENTÁRIO ABAIXO
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR. Diretor da Escola Nossa Senhora da Alegria.    (mais textos do professor poderão ser acessados no site www.profclaudiosilvaeducacional.com )

Ficha Técnica: Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva – MTE 000 9817 /PR Revisão:  Psicóloga Mestranda USP Cláudia Yaísa Gonçalves da Silva - CRP 06/11120 e acadêmica de Direito Cláudia Layla Gonçalves da Silva.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016