O Globo
EDUARDO VANINI
RIO - Parentes e amigos do professor e escritor carioca Rubim Santos Leão de Aquino prestaram homenagens ao mestre, em velório no Memorial do Carmo, no Caju, na tarde desta quinta-feira (17). Conhecido no universo da educação por seus livros de história, ele morreu nesta quarta-feira (16), aos 83 anos, em decorrência de problemas cardíacos.
Formado em História pela extinta Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), ele começou a dar aulas para turmas de pré-vestibular, na década de 1960, mesma época em que passou a lecionar no Liceu Franco-Brasileiro, onde chegou a ser coordenador. Também trabalhou no Centro Educacional Anísio Teixeira (Ceat) e no Colégio São Vicente de Paulo, entre outras escolas. Aquino integrou ainda o corpo docente de instituições de ensino superior, como Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e Gama Filho.
Durante a ditadura militar, o professor, que era filho de um oficial do Exército, engajou-se na luta contra o regime e chegou a ser preso, em 1973. Já no final da década de 1970, Aquino integrou o Comitê Brasileiro da Anistia e foi vice-presidente do grupo Tortura Nunca Mais.
Em depoimento publicado no livro “Ser professor no Brasil: História oral de vida”, de Selma Guimarães Fonseca, ele enfatizou sua paixão pela área do conhecimento na qual lecionava: “Gostaria de deixar registrado para a posteridade que a História é a essência da vida, um eterno presente, eterno exemplo, eterna edificação dos povos, das raças, das etnias”.
Torcedor do Flamengo, Aquino tinha a Mangueira como escola de samba favorita. Ele deixa seis filhos e seis netos.
Bibliografia
Aquino escreveu importantes obras como “História das sociedades: das sociedades modernas às sociedades atuais” e “Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais”, de 1978, “História das sociedades americanas”, de 1981, e “Um sonho de liberdade: a conjuração de Minas”, de 1998. A lista inclui, ainda, “Coleção aventura no tempo: a Europa conquista o Brasil” e “Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais - da crise do escravismo ao apogeu do neoliberalismo”, de 2000.
Aquino estava internado há mais de duas semanas no Hospital São Lucas, em Copacabana, e morreu em decorrência de complicações cardíacas. Seu corpo será cremado às 9h10m desta sexta-feira (18), no Crematório da Santa Casa de Misericórdia, no Caju
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