domingo, 29 de junho de 2014

Apenas 40% dos professores têm dedicação integral, diz pesquisa





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domingo, 22 de junho de 2014

O SETE DE SETEMBRO E A EDUCAÇÃO( Crônica do Prof. Cláudio Silva)

10.09.2013

*Por Cláudio Silva

"Uma nação se faz com homens e livros"( Monteiro Lobato)


A  educação abre  portas, liberta e eleva as pessoas. O  momento  é  propício para trazer presente o  exemplo de um brasileiro que  muito  honra  esta  nação. Nasceu pobre e epilético, neto de escravos e foi criado no morro do Livramento, no Rio de Janeiro. Ajudava a família como podia, não tendo frequentado regularmente a escola. Sua instrução veio por conta própria, devido ao interesse que tinha em todos os tipos de leitura. Graças ao seu talento e uma enorme força de vontade, superou todas as adversidades tornando-se  um dos maiores escritores de todos os tempos, colocado no  patamar do francês Flaubert e do russo Dostoievski, apenas para citar dois dos maiores autores do mesmo período na literatura universal. O  nosso  Machado de  Assis.

Oportunidade, desenvolvimento pessoal e realização humana passam necessariamente pelo  processo educacional. A citada expressão de Machado foi parafraseada por Bill Gates, o multimilionário da informática, ao afirmar: "Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros". As recentes comemorações da Independência, com o seu ápice no dia 7 de setembro, nos ajudaram à reflexão de que o  Brasil  deve ser   um país de  oportunidades para os seus filhos. E isso não se fará sem uma educação pública de qualidade, colocada no centro das prioridades. 

Esta será sempre a aposta mais  acertada, como comprovado na história pelas  sociedades que o fizeram. Uma decisão que tem sua matiz ideológica, política e administrativa, e que só se efetiva e consubstancia realmente, na ação dedicada e  paciente  dos trabalhadores da  educação. Heróis no  mais das  vezes anônimos, para os quais a nação tem uma dívida histórica de valorização do seu trabalho de preparar os que dirigirão a sociedade. 

É “Na  sala  de aula que  se forma um cidadão. Na sala de  aula é  que  se  muda uma  nação”, nos recorda em feliz  inspiração a cantora Leci  Brandão em ANJOS DA  GUARDA.
Pense nisso!

*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex-presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário Especial de Ensino Superior de Apucarana-PR ( gestão 2012), secretário Municipal de Educação (gestões 2005-2008 e 2009-2012 ). É diretor do Instituto Educacional Escola Nossa Senhora da Alegria.
Ficha Técnica:
Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva - MTE 0009817/PR

Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma

De Mark Twain a Joaquim Barbosa – sobre príncipes e mendigos ( Crônica do Prof. Cláudio Silva)

17.07.2013
                                                                                                                 *Por Cláudio Silva
É uma aventura curiosa rever agora na maturidade leituras da adolescência e juventude. Eu havia recém-concluído Guerra e Paz, de Tolstoi, uma empreitada de fôlego,  que durou mais de um ano para dar cabo dos quatro grossos volumes que compõem a obra. Valeu a pena, porque faz jus ao prefácio de Ivan Pinheiro Machado, que a inclui entre as grandes obras produzidas pelo ser humano, como “Guernica”, de Pablo Picasso, “David”, de Michelangelo, “A Flauta Mágica”,  de Mozart e “Monalisa”,  de Leonardo da Vinci.

Na sequência,  ao procurar por  algo mais leve,   optei pela  releitura  do romance “O Príncipe e o Mendigo”, de Mark Twain. Que impressões essa leitura provocaria em mim nessa etapa da vida? Faria aflorar novas percepções não alcançadas naquela época? A escritora Léa Masina afirma que Twain, utilizando uma linguagem apropriada a aventuras infanto-juvenis, “soube mostrar o interior de cada um, e a hipocrisia que veste a sociedade.”

Alguns aspectos emergem logo no início da trama. Apesar das diferenças aparentes, os seres humanos se igualam na sua essência. Isso é evidenciado na escolha dos protagonistas centrais: duas crianças de fisionomias muito parecidas, mas de condições sociais opostas. Uma nascida na opulência da realeza e a outra na extrema pobreza. Mas fica evidente o peso que Twain dá à educação na formação do indivíduo, deixando claro que, independentemente da condição social, a educação e a cultura provocam transformações substanciais nas pessoas.

Tom, apesar de mendigo,  tem algum preparo intelectual, que lhe  permite a façanha de passar-se por Edward, o príncipe de Gales. Assim como outras crianças do seu cortiço, teve a felicidade de ser educado por um bondoso sacerdote, com quem aprendeu a ler e escrever, boas maneiras e latim, além de poder dispor com frequência dos livros do padre que, diante de sua curiosidade, explicava-lhe e comentava o conteúdo. Tais atitudes do sacerdote despertaram em Tom a sede permanente de aprender cada vez mais. E as leituras, à medida que provocavam mudanças em seu ser e faziam crescer a sua consciência sobre as injustiças sociais, também aumentavam a influência que passara a exercer no seu meio. As pessoas nutriam por ele “uma espécie de temor admirado, como um ser superior”, sublinha o autor. Complementando, “Adultos traziam suas perplexidades para que ele as resolvesse e ficavam espantados com a inteligência e sabedoria de suas decisões.”

No caso de Edward, o príncipe, a sua condição real já lhe assegurava uma vida de regalias, além de receber um cuidadoso preparo cultural para no futuro ocupar o trono. No entanto, ressentia-se da solidão imposta pela sua condição, nutria uma curiosidade por experimentar a liberdade e, principalmente,  os folguedos com que se divertiam espontaneamente as crianças do seu reino, até as mais pobres dentre elas. Ele, no entanto, tinha todos os privilégios, mas era uma criança só. (solitária)

A narrativa também realça a hipocrisia de uma sociedade de valorização de aparências, posses, títulos e cargos. Os dois meninos, ao inverterem, por brincadeira, os seus papéis sociais, simbolicamente representados pela troca das respectivas vestimentas, passam a receber tratamentos distintos das pessoas que os confundem. O príncipe, em sua nova condição de mendigo, toma consciência,  experimentando na própria pele a indiferença, a truculência e as injustiças praticadas pelos poderosos do seu reino contra os pobres. E o mendigo, por sua vez, passa a experimentar como príncipe de um mundo de superficialidade, marcado por privilégios e bajulações, além dos intrincados jogos de poder, interesses e deslizes éticos de pessoas inescrupulosas que se locupletavam nos bastidores da realeza. Mas fica evidente que o seu preparo cultural, embora incompleto, facilita a sua adaptação, habilitando-o a lidar com as dificuldades e desafios que encontrou na nova condição.

A obra de Twain nos permite a reflexão de que se for dada às crianças igualdade de oportunidades educacionais e sociais consistentes, todas poderão conquistar dignidade e alçar voos a patamares inimagináveis. Está aí a história do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, para comprová-lo. E, possivelmente, assim como a minha, também a sua história pessoal,  caro leitor, seja a de um desses casos cujo destino a educação redirecionou.

Foi uma agradável releitura de um romance aparentemente inocente, mas que nos faz fixar os olhos sobre as contradições sociais que vivenciamos no dia a dia. E reforça a consciência de que a sociedade deve assegurar igualdade de oportunidades a todos, indistintamente, pois todos e,  em especial,  as crianças, são merecedores da mesma dignidade e respeito devotados aos príncipes, apenas e tão somente porque são seres humanos.

Pense nisso!
Se achou esta crônica interessante, poste o seu comentário abaixo. A sua referência é importante para nós - Os  editores.
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões  2005-2008 e  2009-2012 ) e  Secretário  de  Ensino  Superior ( 2012)
Mais textos do professor poderão ser acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/

Esta publicação contou a assessoria técnica da jornalista Cláudia Alenkire G. Silva (filha), e com a participação da Especialista em Literatura e Língua Portuguesa Professora Ana Britici Valério.

Referências:
MASINA, Léa. Guia de leitura: 100 autores que você precisa ler. Porto Alegre: L&PM, 2010.
TWAIN, Mark. O príncipe e o mendigo. Porto Alegre: L&PM, 2012.

TOLSTÓI, Leon. Guerra e Paz. Porto Alegre: L&PM, 2010.

UMA CIDADE SE CONSTRÓI COM HOMENS E LIVROS ( Crônica do Prof. Cláudio Silva)

28.01.2014

"Um país se faz com homens e livros" ( Monteiro Lobato )

Feliz Aniversário querida Apucarana, 70 anos !
 Fruto histórico de acertos e equívocos,
 avanços e retrocessos, 
unidade e divisões,
interesses pelo bem comum 
e egoísmo ganancioso.
Você é o que nós somos !
Terra querida que nos acolheu, 
de pessoas maravilhosas, 
das mais simples e incultas ao diplomado, quanta gente boa!
Do vizinho da frente a
o anônimo da fila do banco.
Das grandes amizades que tornam a saga da vida mais gratificante.
O melhor lugar do mundo, porque aqui é o nosso lugar !
Sonhar o seu futuro, é ter presente a máxima de Lobato: 
Uma cidade se constrói com homens e livros !

Pense nisso. 

Um abraço

*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões  2005-2008 e  2009-2012 ) e  Secretário  de  Ensino  Superior ( 2012). É diretor do Instituto Educacional Nossa Senhora da Alegria
Mais crônicas e  escritos do professor poderão ser acessadas em http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/
                                                                                                                      
Ficha Técnica:
Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva - MTE 0009817/PR

sábado, 21 de junho de 2014

DE FILHAS E ANDORINHAS ( Crônica do Prof. Cláudio Silva)

                              ** Cláudio Silva
Elas vem e vão.
Quando chegam ,
a  alegria  incendeia o velho ninho!

E novamente partem,
deixando as lembranças
de  incontáveis histórias,
partilhas ,
risadas
e mais risadas!
*“Quem não ama o sorriso feminino,
desconhece a poesia de Cervantes”
.

O olhar que se despede,
 o nó na garganta,
a lágrima que cai,
o aperto da saudade,
e  a expectativa da próxima revoada.

Vá  minha andorinha amada,
sua natureza a impele
ao voo que é só seu,
para ser feliz!


É a lei da Vida.
Vá com Deus  minha filha!
 
*frase de poema musical de Zé Ramalho 

**Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões  2005-2008 e  2009-2012 ) e  Secretário  de  Ensino  Superior ( 2012). É diretor do Instituto Educacional Nossa Senhora da Alegria de Apucarana,Pr.
Mais crônicas e  escritos do professor poderão ser acessadas no SITE Prof. Cláudio Silva Educacional
                                                                                                                      
Ficha Técnica:
Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva - MTE 0009817/PR

BRASIL X MÉXICO - pode ter sido melhor assim ( Crônica do Prof. Cláudio Silva)

 *Por Cláudio Silva
O empate da seleção brasileira na partida contra o México, deixou algo muito evidente - não somos os melhores do mundo. Porque muitas pessoas assim pensam, talvez influenciadas pela mídia, que às vezes exagera nos comentários. E até acreditam que já ganhamos a copa por antecipação. E que quando o nosso selecionado tropeça, é apenas um acidente de percurso.

Eu me recordo dos tempos de infância e adolescência, em que se exaltava, inclusive nas escolas, a ideologia do Brasil grandioso.  Tudo por aqui era apregoado como maior, melhor, ou os dois juntos. O nosso hino e a nossa bandeira, os mais belos do mundo, o maior estádio de futebol, a maior rodovia, o melhor jogador, a maior hidrelétrica. E tantos outros ícones de grandeza que nos levavam a supor que realmente éramos superiores. Com o tempo fomos percebendo que também éramos os maiores em outras áreas: nos índices inflacionários, na escorchante carga tributária, nas estatísticas de criminalidade, nas mortes por acidentes nas rodovias, na precariedade dos serviços públicos de educação, saúde, segurança, transporte,  infraestrutura urbana, e principalmente em corrupção.

Voltando ao futebol, não se pode negar que o Brasil tem uma história admirável e respeitada mundo afora. Grandes craques, conquistas memoráveis, cinco copas do mundo. Mas esta edição do torneio em nossa casa, está nos permitindo ver seleções desconhecidas  praticando um futebol de causar inveja, algumas de países pequenos e pobres. Que o diga a Costa Rica, que acaba de bater a Itália e se classificar, no instante em que redijo este texto. E várias equipes já mostraram que neste momento se encontram num estágio bem superior ao do nosso selecionado. Os outros também aprendem e  se aperfeiçoam . Ainda hoje lia uma manchete intrigante de um comentário do apresentador esportivo Milton Neves – “Pode ser surreal, mas o Brasil virou zebra”, sobre a participação do nosso selecionado nesta copa ( ver o link de acesso abaixo).

É hora de pisar no chão da realidade e aproveitar o momento para uma  reflexão. Apenas um fato já serve como sinalizador para nós - os japoneses estão dando um banho de civilidade nos estádios, recolhendo o lixo após as partidas. Isso é resultado de uma cultura que prioriza a educação na sua essência. Porque na cultura deles isso é um ato normal. Quando exercia o cargo de secretário de educação, recebemos certa vez a visita de uma delegação japonesa de Toyohashi, uma cidade localizada na província de Aichi. Vieram conhecer o programa de educação integral de Apucarana por indicação do presidente do Conselho Estadual de Educação do Paraná à época. E nos presentearam com um vídeo mostrando a rotina de uma escola japonesa, as quais funcionam normalmente em tempo integral. O que despertou a nossa atenção era de que na escola não havia zeladoras, e as próprias crianças em sistema de rodízio por equipes  serviam as refeições aos colegas, e depois todos juntos limpavam a sala. A refeição era trazida por um veículo, já pronta, e servida na própria sala de aula. Disseram depois que toda a comunidade escolar - educandos, educadores e pais, se encarregavam de manter a escola em ordem, inclusive nos serviços de jardinagem. Uma educação que vai além da simples transmissão de conhecimentos, buscando transformar e humanizar o educando,  preparando-o para o exercício consciente da cidadania. Ao mesmo tempo, assistimos estarrecidos as cenas de depredação e agressões, contraditoriamente, no meio de  manifestações populares com reivindicações justas, necessárias, oportunas e mais do que isso, urgentes, dentre elas a educação.

Finalizo relembrando, o já citado por mim, refrão de uma canção da Leci Brandão:  “Na sala de aula é que se forma o cidadão, na sala de aula é que se muda uma nação.” Neste campo sim, o Brasil precisa urgentemente virar o jogo. Um jogo que o Japão nos  está mostrando que já venceu. Aprender com o futebol, um esporte de equipe, que o jogo da cidadania também se exerce coletivamente. E os “melhores do mundo”, entre aspas,  podem ter uma aula com os adversários, mesmo os que aparentemente lhe são inferiores.
Pense nisso!
(Se achou esta crônica interessante, poste o seu comentário abaixo. Sua referência é importante para nós.)
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR. Diretor da Escola Nossa Senhora da Alegria                                                           
 (mais textos do professor poderão ser acessados no SITE Prof. Cláudio Silva Educacional)
Ficha Técnica:Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva – MTE 000 9817 /PR Revisão:  Psicóloga Mestranda Cláudia Yaísa Gonçalves da Silva.

Como se constrói uma boa reputação ( FOLHA DE LONDRINA)

A credibilidade pessoal é um dos principais pilares da carreira de quem tem sucesso no trabalho

Se alguém solicitar a você neste momento a indicação de um bom advogado, quem recomendará? E se uma terceira pessoa pedir que mencione o nome de um médico cardiologista confiável ou então do professor de inglês que está no topo da sua mente, quem será o citado? 

Quando uma outra pessoa sabe o que você faz, recorda o seu nome e ainda guarda lembranças felizes das interações que mantiveram ao longo do tempo é sinal de que conseguiu construir uma boa reputação perante este ser humano. E num mundo em rede aonde as recomendações de terceiros são cada vez mais levadas em conta este não é um fator qualquer, mesmo que infelizmente muitos profissionais ainda prefiram remar no sentido contrário. 

Você recorda a fábula do pastor de ovelhas? Segundo a historieta, o pastor costumava levar o rebanho para a orla da floresta e como ele sempre andava sozinho e se sentia solitário, teve a ideia de gritar "Lobo, lobo!", assim que voltou à aldeia. 

Na hora muitos camponeses correram para ajudá-lo, mas logo após se aborreceram ao saberem que se tratava de uma brincadeira de mau gosto. O pastor repetiu a peraltice algumas outras vezes até que um dia o lobo atacou as ovelhas de verdade. Ele então gritou por socorro até ficar rouco, mas ninguém o atendeu e quando pôde questionar a falta de cooperação dos demais, ouviu: "Na boca do mentiroso, o certo é duvidoso". 

O mesmo ocorre com profissionais que carregam consigo uma má reputação; eles podem até ter razão, mas raramente são levados a sério. É por isto que vale a pena lembrar os fatores que determinam, ao longo do tempo, o alto grau de credibilidade profissional que carregamos. 

O primeiro deles é a transparência na hora de se relacionar com os outros. Alguns indivíduos são respeitadíssimos porque dizem não quando discordam de algo, fogem das conversas de bastidor que provocam o leva-e-traz e se posicionam enquanto a maioria prefere recuar. Têm o potencial de desagradar, mas são respeitados. 

Integridade moral também é uma característica das pessoas de boa reputação. Elas mantêm a coerência entre o falar e o agir (praticam o discurso), são pontuais, cumprem as promessas, abominam "o jeitinho", fazem as coisas certas mesmo que ninguém esteja por perto para monitorá-las e buscam a justiça. 

Só que uma imagem construída ao longo de vários e vários anos pode ser profundamente arranhada se você publicar na rede social aquela foto da bebedeira em família que o deixou estatelado no chão. Pode parecer um clique engraçado, que o humaniza e sem a capacidade de provocar qualquer tipo de consequência, mas todos sabemos que não é bem assim. Aquela velha história de que você tem uma vida particular e outra pública passou desde que abriu a sua conta no Facebook. 

Dando um exemplo bastante atual, a atriz holandesa Nicolette Van Dam teve de renunciar ao cargo de embaixadora da Unicef na última quinta-feira após ter republicado no Twitter uma montagem na qual dois jogadores da seleção colombiana aparecem agachados cheirando cocaína num campo de futebol. E como se não bastasse a extrema indelicadeza, é bom lembrar que o atacante Falcao García, um dos retratados na imagem, também é embaixador da Unicef e trabalha justamente no combate às drogas. 

Contudo, a proficiência pessoal não é suprema: você pode ser considerado um ser humano fantástico, mas incompetente. Profissionais de reputação ilibada são muito bons naquilo que fazem. Dominam seu ofício de tal modo que até mesmo os pares são capazes de tirar o chapéu para o trabalho que desenvolvem. Ou seja, são pessoas que alcançam bons resultados até mesmo – e especialmente – frente àquele tipo de problema com o qual 90% dos colegas da área não conseguiria lidar. 

E não menos importante é o lugar aonde você trabalha. Se hoje em dia atua numa companhia admirada provavelmente o mercado o vê como alguém confiável e capaz, ao passo que o contrário também é verdadeiro. É por isto que uma boa decisão profissional é ligar seu nome a empresas que conservam valores éticos e têm sucesso no mercado em que escolheram atuar. 

Wellington Moreira, palestrante e consultor empresarial
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segunda-feira, 9 de junho de 2014

Voto consciente começa na escola ( GAZETA DO POVO)

Entrevista com Humberto Dantas, cientista social, doutor em Ciência Política e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP)
Publicado em 09/06/2014 | 
Divulgação /


Nos últimos dez anos, Humberto Dantas formou cerca de 15 mil alunos em cursos livre de iniciação política e ajudou a criar um método para avaliar políticos. Para ele, o debate, em uma democracia é essencial e o cidadão brasileiro, infelizmente, acredita mesmo que política não se discute e até se orgulha de dizer que está longe desta seara. “Já imaginou se estivesse próximo dela de forma racional, objetiva e consciente?”, questiona Dantas, que defende a educação política suprapartidária nas escolas. Ele avalia ainda que participar é um dos caminhos para que o campo da política fosse mais efetivo: as campanhas poderiam ser mais baratas, porque não é preciso gastar muito para se aproximar, pois o cidadão já estaria próximo. Além disso, o eleito teria que trabalhar mais, afinal, estaria sendo observado de perto. O cientista social conversou com a Gazeta do Povo sobre o tema:
Como surgiu a ideia e o método para avaliar parlamentares?
Como avaliar?
Os parâmetros organizados pelo Movimento Voto Consciente podem ajudar a entender o papel do legislador.
Há três quesitos obrigatórios e outros dois que são opcionais:
Legislador: Quesito obrigatório, tem compromisso com a proposição, discussão, avaliação e aprovação de leis.
Fiscalizador: Um olhar acurado sobre as atividades do Poder Executivo, também é função obrigatória, com destaque para a questão da aplicação do orçamento.
Transparente: Representa um segmento da sociedade e deve, obrigatoriamente, estar pronto para prestar contas de suas atividades.
Gestor: Opcionalmente, busca conquistar espaços como agentes públicos que captam recursos a serem aplicados em realidades que julgam pertinentes.
Coerente: Este critério, também opcional, diz respeito a aspectos morais, como a fidelidade partidária.
Fonte: Livro De Olho no Legislativo.
O Movimento Voto Cons­ciente (www.votoconsciente.org.br/) surgiu em 1987 com a tarefa de acompanhar o trabalho dos vereadores de São Paulo. Desde então, no ano das eleições e em instantes estratégicos ao longo do mandato divulgava avaliações sobre o trabalho desses representantes pautado em critérios que buscam ser objetivos - dentro do possível. Esse trabalho se espalhou por outros lugares e contagiou grupos que buscaram formas diferentes de realizarem suas avaliações. Isso é essencial: assim como pessoas colocam o meio ambiente em suas vidas, os animais, as crianças, as árvores, o tratamento do lixo e tantas outras causas, precisamos colocar a política. Um exercício persistente de olhar para o que é nosso, desmistificando a palavra “fim” na urna eletrônica. Mas faltava uma espécie de manual que falasse sobre limites, opções, e organizasse uma primeira ideia de avaliação e acompanhamento. E criamos isso em 2012, ouvindo mais de 50 pessoas ligadas ao cotidiano dos mais diferentes legislativos em entrevistas e dinâmicas. Isso virou o livro De Olho no Legislativo (que pode ser baixado no sitewww.deolhonolegislativo.com.br/).
Quais são os critérios que devem ser levados em conta pelo eleitor na hora de avaliar um político?
Os critérios estão divididos em cinco grupos, três obrigatórios e dois opcionais [veja mais nesta página]. Cada um deles está dividido em variáveis, e há escolha em todas as etapas do processo de avaliação. Se dois grupos de cidadãos numa mesma cidade forem avaliar seus vereadores podem chegar a resultados diferentes em virtude de escolhas diferentes. Lembremos: estamos falando de uma avaliação. Dois professores em escolas diferentes podem lecionar o mesmo conteúdo e avaliarem seus alunos de formas diferentes, chegando a resultados distintos. Eles tiveram escolhas racionais, objetivas e razoáveis. Nosso sistema também oferece isso. E os critérios são: legislador, fiscalizador, transparente, gestor e coerente. É isso que os parlamentares devem reunir. Existem falhas? Merecemos questionamentos? Mas antes avaliar, nortear, parametrizar, do que nada fazer.
Qual é o caminho para o voto consciente?
Educação política suprapartidária nas escolas, impacto sobre a cultura política do cidadão e consequentemente uma mudança de postura do cidadão em relação aos representantes. Lembro, como metáfora, do controle inflacionário. Na década de 1980, o governo Sarney tentou segurar a inflação com tabelamentos, impactando a atividade do empresariado. Nunca funcionava, pois sem concorrência e organizados, tudo acabava descambando para a proteção dos negócios. O Plano Real impactou o consumidor, mudando aspectos culturais centrais. Assim, pouco adianta alterarmos sistemas eleitorais, precisamos mexer com o eleitor. A consciência vem de baixo, de uma chacoalhada forte na forma de entendermos a política, de maneira mais democrática. É isso, e não vejo outra forma mais eficiente.
O que se deve esperar do comportamento dos candidatos na eleição de 2014 durante a campanha?
Algo condizente com o tamanho do descaso do eleitor em relação à política. O vale tudo de sempre. Somado a ele, uma massa de pessoas desinteressadas e outro conjunto expressivo de descrentes, que provavelmente estarão nas ruas como minorias barulhentas que costumam causar alguns impactos. O cenário, nesse caso, se mostra incerto. Mas duvido que as campanhas surjam em nível expressivamente maior que em outrora. Pelo contrário, em alguns casos pode ficar mais tensa. Veja o seguinte: em 2010, o Facebook tinha menos de 9 milhões de perfis no Brasil, agora se aproxima de 85 milhões. É um território mais horizontal, mais livre, de posições mais intensas.
E os eleitores? Qual será a peculiaridade do comportamento deles neste ano?
Espero certa dose de incerteza. Muitos continuarão votando e sendo impactados por um nível baixo nas campanhas, mas temos um conjunto insatisfeito que deve ser dimensionado e compreendido de forma clara. O que é bem difícil.
Vemos uma movimentação social que sugere que as pessoas têm de ser cada vez mais participativas. As pessoas estão prontas ou aptas para isso?
O que vemos é um conjunto de setores da sociedade pregando isso, mas não é algo uniforme. Primeiro porque a democracia participativa como alternativa a décadas de crise do modelo representativo é uma das alternativas possíveis, de respostas possíveis – a mais importante e marcante, inclusive. Mas não é a forma única. Ademais, entendo que participação demais representa uma mudança expressiva na maneira como formamos nossos cidadãos. E formamos? Assim, aptos poucos estão. Conselhos gestores, por exemplo, democratizam? Em tese, sim? Mas quem são os conselheiros? Como são formados esses conselhos? Pesquisas mostram que em muitos locais são grupos partidarizados. O intuito não era esse... O desafio é imenso. E entendo que tentativas são válidas, mas temos muito que avançar. Gosto, a despeito dos canais oficiais, do que o terceiro setor tem feito para se aproximar da administração pública e propor, avançar, sugerir, fiscalizar.
Você concorda que é preciso haver uma reforma política? Quais critérios merecem mudança?
Concordo. A minha reforma política tem três itens. O primeiro seria um Judiciário mais transparente, equilibrado e estável, que zele por leis mais perenes e interprete e legisle menos em matéria eleitoral; uma rediscussão aprofundada e republicana do pacto federativo, com uma redução expressiva na dependência em relação aos recursos federais, descentralizando a arrecadação e uma forma nova e muito mais eficiente de distribuirmos cargos na máquina pública; e, por fim, uma educação política suprapartidária nas escolas, num compromisso de formação cidadão que esteja fortemente presente no ensino médio. Perceba: as três questões dizimam a lógica de nossa cultura política.


E a reforma política “tradicional”?

É discurso que encanta quem enxerga na lei a solução para tudo. Infelizmente, isso não vai trazer os resultados razoáveis sonhados e vamos deslegitimar ainda mais a lógica democrática, política, partidária e eleitoral. Não tem trabalho fácil: ou temos um esforço cultural imenso ou vamos sonhar em mudar regra eleitoral sem o resultado desejado. Disso eu tenho a mais absoluta certeza. Pena que a imensa maioria, sobretudo da classe política, não enxerga isso. Pena.
Acesso em http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=1474881&tit=Voto-consciente-comeca-na-escola
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domingo, 8 de junho de 2014

Em CAMPO MOURÃO, PR - Professor Me Cláudio Silva na PÓS EM NEUROPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO - Turma III

professor Me Cláudio Silva, ministrou no dia 07.06.2014 em CAMPO MOURÃO, PR a disciplina de METODOLOGIA DA AÇÃO DOCENTE para a turma de  PÓS EM NEUROPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO - Turma III 
O evento é uma realização do RHEMA EDUCAÇÃO Instituto de Ensino. 
(clique nas imagens para ampliá-las)

















































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