Cursos fora do Brasil oferecem especialização em edumática, campo de atuação que desenvolve metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias
No Brasil, quem é especialista em educação e comunicação é
conhecido por educomunicador. Mas quando a relação é educação e
informática? Em alguns países da América Latina, os profissionais desta
área já têm nome, são chamados de edumáticos. Se por aqui o termo ainda
não é usado, mestrados nas nações vizinhas já estão formando
profissionais em edumática, professores capazes de desenvolver
metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias.
Ferramentas: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
Ferramentas: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
No Peru, o mestrado educação, edumática e docência
universitária é oferecido na Universidade Tecnológica do Peru, na
capital, Lima – a única especialização em educação, entre cursos
predominantemente das áreas de engenharia, administração e tecnologia.
De acordo com informações do site da universidade, a intenção da pós em
edumática é formar professores universitários que possam inovar na
educação, utilizando e incorporando novas tecnologias para melhorar a
qualidade de ensino no país.
O que ainda é uma novidade entre os cursos de pedagogia da
América Latina que, muitas vezes, capacitam os professores para operar
as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), mas não os preparam
para criar e transformar suas aulas por meio do uso de tecnologia. “É
preciso ajudar os professores a desenvolver novas práticas educativas
que não estão centradas na tecnologia, mas no processo de aprendizado do
aluno usando tecnologia. Existe pouca experiência, um bom exemplo é o
que faz a Universidade Tecnológica do Peru, que é focada em tecnologia e
se abriu para a pedagogia”, avalia Eugenio Severin, reconhecido
especialista em tecnologia e educação, ex-consultor do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID) em TIC na educação para a
América Latina.
Futuro: Professor não pode concorrer com a internet
Futuro: Professor não pode concorrer com a internet
As aulas do mestrado são presenciais e virtuais – realizadas
através de plataformas online. O plano de estudos inclui temas teóricos
como pedagogia e teoria de aprendizagem na educação superior e gestão e
inovação educativa. Já os conteúdos práticos vão desde como fazer a
integração de plataformas virtuais na sala de aula (e-learning e blended
learning) e de edumática, trabalhando planejamento e criação de
materiais educativos multimídia.
Segundo a coordenação do curso, os especialistas desta área
podem atuar como professores acadêmicos, analistas, consultores de
projetos relacionados à educação e tecnológica ou ainda na criação de
cursos e currículos para diferentes institutos de ensino.
México
O México é outro país que oferece uma pós com o mesmo formato. Na
cidade de Cuernavaca – a 87 km da Cidade de México, capital do país –, a
Universidade Internacional, há quatro anos, forma mestres em Educação e
Tecnologia Educativa.
Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a
criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a
internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino
Os estudantes podem seguir três linhas diferentes de formação. A
primeira delas é o docente e seu desenvolvimento, que foca na
atualização e formação do professor. Uma segunda formação é voltada à
avaliação e criação de modelos e programas de ensino desde a educação
básica ao ensino superior. Uma terceira avalia como inovar nos
diferentes cenários educativos.
Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a
criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a
internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino. Os mestrandos
desenvolvem projetos digitais colaborativos e aprendem a criar programas
educativos baseados em aplicativos de web. Eles também adquirem
conceitos sobre a evolução dos programas educativos, a avaliação de
modelos de tecnologia atuais e quais são os modelos de ensino no século
21.
Colômbia e Argentina
Ainda na América Latina, a Colômbia também oferece formação em
tecnologia educativa em duas universidades. Na Universidade Autônoma da
Colômbia, em Bogotá, a especialização em edumática dura um ano e é
dirigida a graduados em qualquer área, professores ou não, desde que
vinculados ao sistema educativo público ou privado do país. A exigência
não se aplica à Universidade Católica de Pereira, na cidade de
Risaralda, onde a especialização de mesmo nome dura dois semestres.
Outro país do continente que oferece cursos na área é a Argentina.
Na Universidade Tecnológica Nacional, em Córdoba, professores graduados
ou profissionais formados em cursos ligados à tecnologia – como análises
de sistemas ou técnico em eletrônica e química – podem se especializar
em licenciatura em tecnologia educativa.
CONHEÇA O NOSSO INSTITUTO EDUCACIONAL - ESCOLA N.S. DA ALEGRIA -"A Escola das Famílias!" - : http://www.nsalegria.com.br/ ; no Facebook: Escola Ns Alegria Escola
Nenhum comentário:
Postar um comentário