segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mestrados na América Latina formam professores em tecnologia

Cursos fora do Brasil oferecem especialização em edumática, campo de atuação que desenvolve metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias

Porvir |

No Brasil, quem é especialista em educação e comunicação é conhecido por educomunicador. Mas quando a relação é educação e informática? Em alguns países da América Latina, os profissionais desta área já têm nome, são chamados de edumáticos. Se por aqui o termo ainda não é usado, mestrados nas nações vizinhas já estão formando profissionais em edumática, professores capazes de desenvolver metodologias inovadoras no ensino a partir do uso de novas tecnologias.

Ferramentas: Tablets substituem livros em escolas brasileiras
No Peru, o mestrado educação, edumática e docência universitária é oferecido na Universidade Tecnológica do Peru, na capital, Lima – a única especialização em educação, entre cursos predominantemente das áreas de engenharia, administração e tecnologia. De acordo com informações do site da universidade, a intenção da pós em edumática é formar professores universitários que possam inovar na educação, utilizando e incorporando novas tecnologias para melhorar a qualidade de ensino no país.

O que ainda é uma novidade entre os cursos de pedagogia da América Latina que, muitas vezes, capacitam os professores para operar as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), mas não os preparam para criar e transformar suas aulas por meio do uso de tecnologia. “É preciso ajudar os professores a desenvolver novas práticas educativas que não estão centradas na tecnologia, mas no processo de aprendizado do aluno usando tecnologia. Existe pouca experiência, um bom exemplo é o que faz a Universidade Tecnológica do Peru, que é focada em tecnologia e se abriu para a pedagogia”, avalia Eugenio Severin, reconhecido especialista em tecnologia e educação, ex-consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em TIC na educação para a América Latina.

Futuro: Professor não pode concorrer com a internet 
As aulas do mestrado são presenciais e virtuais – realizadas através de plataformas online. O plano de estudos inclui temas teóricos como pedagogia e teoria de aprendizagem na educação superior e gestão e inovação educativa. Já os conteúdos práticos vão desde como fazer a integração de plataformas virtuais na sala de aula (e-learning e blended learning) e de edumática, trabalhando planejamento e criação de materiais educativos multimídia.

Segundo a coordenação do curso, os especialistas desta área podem atuar como professores acadêmicos, analistas, consultores de projetos relacionados à educação e tecnológica ou ainda na criação de cursos e currículos para diferentes institutos de ensino.

México
O México é outro país que oferece uma pós com o mesmo formato. Na cidade de Cuernavaca – a 87 km da Cidade de México, capital do país –, a Universidade Internacional, há quatro anos, forma mestres em Educação e Tecnologia Educativa.

Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino
Os estudantes podem seguir três linhas diferentes de formação. A primeira delas é o docente e seu desenvolvimento, que foca na atualização e formação do professor. Uma segunda formação é voltada à avaliação e criação de modelos e programas de ensino desde a educação básica ao ensino superior. Uma terceira avalia como inovar nos diferentes cenários educativos.

Durante o mestrado, que dura dois anos, os estudantes aprendem a criar, planejar e gerir portais educativos, a usar de forma didática a internet e a aplicar as TIC como instrumentos de ensino. Os mestrandos desenvolvem projetos digitais colaborativos e aprendem a criar programas educativos baseados em aplicativos de web. Eles também adquirem conceitos sobre a evolução dos programas educativos, a avaliação de modelos de tecnologia atuais e quais são os modelos de ensino no século 21.

Colômbia e Argentina
Ainda na América Latina, a Colômbia também oferece formação em tecnologia educativa em duas universidades. Na Universidade Autônoma da Colômbia, em Bogotá, a especialização em edumática dura um ano e é dirigida a graduados em qualquer área, professores ou não, desde que vinculados ao sistema educativo público ou privado do país. A exigência não se aplica à Universidade Católica de Pereira, na cidade de Risaralda, onde a especialização de mesmo nome dura dois semestres.

Outro país do continente que oferece cursos na área é a Argentina. Na Universidade Tecnológica Nacional, em Córdoba, professores graduados ou profissionais formados em cursos ligados à tecnologia – como análises de sistemas ou técnico em eletrônica e química – podem se especializar em licenciatura em tecnologia educativa.


Leia crônicas do  Prof. Cláudio  Silva em  : 


CONHEÇA O  NOSSO  INSTITUTO  EDUCACIONAL  - ESCOLA N.S. DA ALEGRIA -"A  Escola das  Famílias!" - :  http://www.nsalegria.com.br/ ; no  Facebook: Escola Ns Alegria Escola

Nenhum comentário: