Respeitando as convicções religiosas dos amigos leitores que nos prestigiam, pedimos licença para dividir neste espaço a experiência vivenciada pela minha esposa por ocasião de recente cirurgia. Esperamos poder contribuir com aqueles que passam ou irão passar por situações semelhantes. Um abraço e boa leitura!
"No dia 13 de junho de 2012, fui submetida a uma cirurgia de Histerectomia como medida curativa. O Bom Deus oportunizou uma experiência de fé singular, para que eu pudesse hoje testemunhar Seu poder e a intercessão da Mãe Santíssima.
Quando a equipe hospitalar chegou ao quarto, estava concluindo a oração do Terço.
Exatamente uma semana antes no Grupo de Mães Intercessoras, após a pregação, a coordenadora pediu que fosse colocada a mão no útero e orou por ele. Senti uma grande emoção, não conseguindo conter as lágrimas. Apesar de participar algum tempo com as Mães Intercessoras, nunca haviam orado pelo útero. Logo naquele dia em que estava ali não como mãe e sim como filha, porque dali a uma semana passaria pela cirurgia de histerectomia. Era uma noite chuvosa e fria, falei à Mãe Santíssima para que cuidasse de mim no momento da cirurgia. Que não me deixasse só. Pegar-me no colo e me proteger com Seu Manto Sagrado. Acrescentei que não tinha mais mãe terrestre, sendo ela, portanto, a única certeza de colo materno, na hora da aflição.
Então as providências começaram. Foi a equipe médica quem marcou a data. Não fui consultada previamente, mas não haveria data melhor: quarta-feira, dia 13. Quarta é exatamente o dia de encontro com a Mãe Rainha.
Fui colocada na maca e levada para o centro cirúrgico. Estava só. Muito só. Enquanto passava pelos corredores brancos e gelados, um filme me passou pela mente. De repente veio à lembrança a minha madrinha de Consagração, a madrinha Divina. Por que logo ela naquele momento de solidão? Claro, porque não tenho mais mãe e nem madrinha de batismo, somente a madrinha de Consagração.
Esta devoção de consagrar o recém-nascido a Mãe Santíssima é algo magnífico da nossa Igreja! Comecei a lembrar do nome que meus pais me deram em homenagem a duas santas. A Santa Luzia e Nossa Senhora de Fátima, na qual meus pais renderam graças ao dar-me o segundo nome, tanto que minha madrinha Divina somente me chamava de “Fátima”, para enaltecer a honra a Mãe.
Era dia 13 - que providência linda! - Dia de Santa Luzia, exatamente também o dia em honra a Senhora de Fátima e, ainda, o dia do mês em que recorro à Trintena de N. Sra. quando preciso de um auxilio extra.
Naquele momento me senti gelada, muito gelada. Não sabia se o frio vinha daqueles corredores com paredes brancas ou do pavor que me encontrava diante do que teria que enfrentar. Não conseguia ver outra imagem na minha mente a não ser da madrinha de consagração, Divina! Divina! Nunca tinha parado para pensar no que significava o nome de minha madrinha de consagração. Claro! O Divino estava presente junto a Mãe Santíssima, ao meu lado!
Fui deixada numa sala onde se encontravam outros pacientes, todos em suas respectivas macas, como eu. Imaginei estar como num aeroporto. Que estranha sensação, as macas como os aviões aguardando cada qual sua hora de decolar.
Silêncio total.
Solidão total.
Frio total.
Comecei a tremer compulsivamente. Uma enfermeira trouxe uma manta e me agasalhou. Não adiantou, porque o frio que sentia não era térmico e sim espiritual. O Bom Deus permitiu que eu o sentisse! Procurei com o olhar algo que pudesse me confortar. Virei a cabeça para a esquerda e grande foi a surpresa em avistar pela parede de vidro o céu de Apucarana ao meio dia. Estava lindo, limpo e radiante! Não havia nenhuma nuvem e o sol iluminava na imensidão. Veio novamente a lembrança de Santa Luzia a embaixadora da LUZ de Deus.
Virei um pouco mais a cabeça em busca de algo que nem eu sabia o que. Foi aí que tive uma das experiências mais fortes de fé que já vivi. Lá estava ela, a “Mãe Santíssima”, no topo da catedral, bem ao meu lado. Muito próxima de mim! A impressão que tinha é que se estendesse o braço poderia tocá-la! Ela se destacava no azul do céu!
Um nó trancou a minha garganta. Ela estava atendendo meu pedido de estar comigo “naquela hora”. Senti muito forte o amor de Deus Pai e a presença protetora e carinhosa da Mãe Querida, com seus intermináveis adjetivos presenteados pelos seus filhos devotos: Mãe Intercessora, Mãe Rainha, Mãe de Fátima, Mãe de Lourdes, Mãe da Conceição Aparecida, Mãe das Alegrias...
Senti todo meu corpo se aquecer, uma paz invadiu minha alma. Fechei meus olhos e comecei a orar no compasso de meus batimentos cardíacos – “Deus provê, Deus proverá e sua misericórdia não faltará...”.
Alguém falou:
- Luzia de Fátima, sala três – minha maca foi levada...
- Acorde D. Luzia de Fátima.
Abri meus olhos e avistei um olhar sorridente a me contemplar. O mesmo que me trouxe a manta e também empurrou a maca. Olhei ao redor e pensei “Afinal, este lugar não é tão frio assim!” Voltei a cruzar o meu olhar com aquele cheio de luz, talvez seja o olhar de contentamento de cada enfermeira no despertar de seu paciente para a vida que traz a sensação de aquecimento daquele ambiente.
Percebi que tudo deu certo. Fechei conscientemente os olhos e agradeci “Obrigada, Bom Deus, pelo dom precioso da vida. Mãe Santíssima, obrigada pelo colo e também pelo manto. Fiquei bem aquecida. Amém”.
A cirurgia foi um sucesso, estou muito bem. Não poderia ser diferente para quem pertence a grande família dos Filhos de Deus, tendo como Pai um Deus amoroso Poderosíssimo e como Mãe a zelosa e protetora Maria Santíssima!
Como vocês perceberam, só ando em boas companhias."
Luzia de Fátima Gonçalves da Silva
Apucarana, junho de 2012
Ficha
Técnica:
Estrutura e revisão: Cláudia Alenkire Gonçalves da
Silva (acadêmica de jornalismo)
Mais crônicas do Prof. Cláudio Silva : http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/2011/10/cronicas-sobre-educacao-do-prof-claudio.html
CONHEÇA O NOSSO INSTITUTO EDUCACIONAL - ESCOLA N.S. DA ALEGRIA -"A Escola das Famílias!" - : http://www.nsalegria.com.br/ ; no Facebook: Escola Ns Alegria Escola
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