Professores apontam porcentagem, probabilidade e geometria como temas quentes
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RIO - Em tempos de Jogos Olímpicos, a prova de Matemática e suas
Tecnologias, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pode ser
comparada a uma maratona. São 45 questões para responder, além de outras
45 perguntas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e uma redação
no mesmo dia. Para ajudar na sua preparação, O GLOBO ouviu professores
para elencar os assuntos mais recorrentes no Enem.
Dois temas precisam estar na ponta da língua dos vestibulandos: porcentagem e proporção, principalmente quando aplicados a interpretação de tabelas e gráficos. Análise combinatória, probabilidade e progressões aritméticas e geométricas também são bastante comuns.
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Há uma gama muito grande de conteúdos exigidos, mas o foco é
principalmente na análise de dados e suas representações gráficas. Eu
ressaltaria também questões relacionadas às funções,
tanto na forma gráfica quanto na análise matemática mais profunda. Além
disso, a geometria também é muito importante. É essencial dominar os
conteúdos da geometria plana e transferir esses conhecimentos para a geometria espacial, ao enxergar quais formas planas formam o sólido que é apresentado - afirma o professor Lúcio Coelho, do Colégio CEL.
Paulo
Henrique Silva, que dá aula da disciplina no Colégio pH, explica que os
temas citados são mais fáceis de serem contextualizados e por isso
aparecem em muitas perguntas. Ao mesmo tempo, é característico do Enem
não puxar muito no conteúdo. Segundo ele, um dos maiores adversários dos
estudantes costuma ser o tempo: em média, cada candidato tem três
minutos e meio para escolher a resposta certa. Silva diz que só com
muita prática é possível alcançar este resultado.
- O ideal é
tentar fazer exercícios e provas anteriores dentro deste tempo. O exame é
cruel, porque não aprofunda muito, mas é longo e com muitas questões. É
indispensável treinar o controle do tempo. Quanto mais exercícios
fizer, mais facilidade o aluno terá para identificar o que está sendo
pedido e o caminho para a resolução do problema. Só com treino ele vai
conseguir interpretar rápido o enunciado - explica o professor.
Coelho
ressalta que o fato motivacional não pode ser deixado de lado. Por
isso, ao começar o Enem, o estudante deve buscar itens que já domina e
tem mais facilidade. Na medida em que for ganhando confiança, seu
rendimento tende a melhorar no restante da prova. O professor Jorge Luiz
Frias, do A. Liessin, concorda.
- O mais importante é o aluno ler
a prova inteira. Porque ela é feita de uma forma que são poucos os que
conseguem chegar até o final. Então, se encontrou algum tipo de
dificuldade, passa para a próxima. O ideal é acertar todas as fáceis, a
maioria das médias e o que conseguir das mais difíceis - diz Frias,
relembrando que o Enem utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI), que
enquadra as questões nas três categorias.
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