segunda-feira, 9 de julho de 2012

“O diretor deve contagiar sua equipe”, diz gestora escolar premiada

Adriana Aguiar implantou ações em sua escola, no interior do Tocantins, que garantiram evasão zero e salto no Ideb

Marina Morena Costa - iG São Paulo 

Para combater uma evasão de 20% e melhorar a qualidade do ensino da Escola Estadual Presidente Costa e Silva, em Gurupi, no Tocantins, a diretora Adriana da Costa Pereira Aguiar montou um plano de ação com foco em planejamento e gestão participativa. Em cinco anos, o resultado foi evasão zero, salto no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 3,7, em 2007, para 5,1, em 2009, e 100% da equipe docente com dedicação exclusiva.

Observação, diagnóstico dos problemas e autoavaliação se converteram em plano pedagógico com mudanças estruturais, após Adriana participar em 2006 do curso Gestão para o Sucesso Escolar, oferecido pela Fundação Lemann. “Houve uma mudança de postura minha. O diretor tem que contagiar sua equipe”, afirma.

Adriana criou um sistema de pontos para os alunos trocarem por horas de acesso à internet na escola. Bom comportamento, participação, leitura e boas notas valem carimbos positivos. Caso contrário, o estudante recebe pontos negativos. Ela passou também a acompanhar as aulas de seus professores e a dar um retorno imediato sobre o trabalho, pontos fortes e o que precisava ser melhorado. O conteúdo das avaliações externas foi estudado e passou a ser cobrado em sala de aula.

A diretora destaca também a importância de sistematizar o trabalho, anotar todas as ações, projetos, planejamentos pedagógicos, análises dos resultados da escola e parcerias externas. “Aprendi muito no processo de inscrição do Prêmio Gestão Escolar (o qual ela venceu em 2010). Elaboramos um dossiê de 100 páginas com absolutamente tudo o que fizemos ao longo do ano e os motivos que nos levaram ao sucesso e às falhas”, conta.

Troca de experiências
Outro programa que ajudou Adriana em sua gestão foi um intercâmbio de experiências com o diretor de uma escola pública inglesa, promovido pelo British Council. “Eu enviava relatórios bimestrais a ele e tudo o que eu escrevia era lido, analisado e criticado. Aprendi mais do que na faculdade”, declara. As realidades eram diferentes, mas o olhar externo para a escola do interior do Tocantins, com cerca de 350 alunos, e classes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, fizeram a diretora repensar e aprimorar seus projetos.
Na última quinta-feira, Adriana contou sua experiência para uma plateia de 2.500 diretores, professores e profissionais das redes públicas de ensino durante o lançamento da Lidera, rede virtual que vai reunir ex-alunos dos cursos de formação da Fundação Lemann e demais educadores interessados. A plataforma reproduz uma cidade, na qual o usuário pode passear pelos ambientes – escola, biblioteca, universidade, livraria, cinema, centro de convenções – e participar de fóruns de discussão, ter acesso à material didático de apoio e cursos online.

Eliane Arruda, diretora de uma escola municipal de ensino infantil e fundamental ciclo I de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, participou do evento. Ela afirma que o relato de Adriana e a troca de experiência entre os diretores servem como um incentivo, mas ressalta que as realidades das unidades são muito diferentes. “Meu maior problema é o envolvimento dos pais. Precisamos convencê-los a participar e acompanhar o desenvolvimento dos filhos”, diz.
Reprodução
Lidera é uma cidade virtual na qual gestores e educadores podem trocar experiências, acessar material didático de referência e fazer cursos online
 
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