24/07/2011 - 12h34
Tenho por várias vezes comentado como é perigoso o uso de celebridades para vender produtos que fazem mal à saúde, como bebida, por exemplo. Afinal, vincula-se o produto a charme, sensualidade e sucesso.
A morte de Amy Winehouse tem o efeito contrário. É a celebridade que, com sua tragédia, ensina os perigos do abuso do álcool e da droga mais do que qualquer campanha educacional pode fazer. Ela deixa na lembrança um extraordinário talento, mas sua última grande lição é ter ajudado a "desglamourizar" as substâncias psicoativas.
O que falarão agora é o que foi perdido com sua morte. Como ela teria produzido mais e encantado tanta gente com sua arte. Ou seja, como as drogas e o álcool produziram não charme ou sucesso, mas desperdício.
Uma das grandes conquistas educativas em saúde pública que vemos é a redução de consumo do fumo entre jovens. A força da mensagem não estava no moralismo, mas na ideia de desperdício. O problema em si nem é morrer, mas viver mal, carregando o peso da doença.
A morte de Amy serve, pela dor, como uma grande lição aos jovens --e é uma força aos educadores de saúde pública.
Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/gilbertodimenstein/949030-a-ultima-licao-de-amy.shtml
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