Alerta
Renda é indicador que apresenta sinal amarelo no estado
Outro indicador que compõe o IPDM, a renda está com o sinal amarelo aceso. O fator foi o que menos avançou: de 0,42 em 2002, para 0,50 em 2010. A maioria dos municípios paranaenses (276, no total) foi classificada como “médio-baixo” desempenho neste quesito, no último levantamento. Outras 53 cidades se saíram ainda pior, avaliadas como “baixo” desempenho.
O mapa que mostra as avaliações dos municípios mostra que apenas as maiores e mais desenvolvidas cidades do estado estiveram bem avaliadas. O diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima, observa que as piores avaliações se concentraram em municípios dedicados à atividade agrícola não mecanizada.
“Este fator [renda] é o mais complexo, porque temos muitos municípios pequenos que não têm capacidade de investimento para melhorar o setor de serviços e indústria, que são os que melhor remuneram. Boa parcela da população fica presa à agricultura”, avaliou.
Cruzando o indicador renda com o índice geral IPDM, Nojima classifica como mais preocupantes cidades da região Centro-Sul e do Vale do Ribeira. “Apesar de estar perto de Curitiba, o Vale do Ribeira, por exemplo, acumula níveis históricos de pobreza e não tem conseguido reverter este quadro”, diz Nojima.
IPDM
Os valores do IPDM vão de 0 a 1 e as faixas são: baixo desempenho (entre 0 e 0,4), médio-baixo (entre 0,4 e 0,6), médio (entre 0,6 e 0,8) e alto (0,8 a 1).
Avanço
A saúde também vai bem, obrigado
O indicador saúde também avançou consideravelmente na última década no Paraná. A média estadual começou a série histórica, em 2002, com 0,68. Em 2010, o quesito atingia 0,79, patamar ainda considerado “médio”. Na última edição do IPDM, 209 municípios estavam avaliados como “alto” desempenho e 175, como “médio”. Apenas 15 cidades apareciam como “médio-baixo” e não havia nenhuma no patamar “baixo”.
O diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima, afirma que o quadro poderia ser ainda mais positivo. Segundo ele, em pequenos municípios o índice pode apresentar oscilações por conta de pequenos fenômenos isolados. “Uma cidade de 5 mil habitantes que têm uma infeliz ocorrência de duas mortes em hospitais ligadas a um mesmo acontecimento já vai ter um desempenho pior. É preciso estar atento a isso”, disse.
Apesar dessa ressalva, ele reforça que o índice tem sido importante para que os municípios possam definir políticas públicas e melhorar os serviços. “É um indicador que busca orientar as gestões municipais. Para que os gestores se questionem: ‘por que o indicador de saúde baixou? Em que podemos melhorar’”, explicou.
Em um ano, 73% dos municípios tiveram aumento no Índice Ipardes de Desempenho Municipal, que foi puxado pelos indicadores de ensino
Por FELIPPE ANIBAL
Os paranaenses vivem melhor que há uma década. O avanço nas condições de vida nos municípios do estado foi puxado, principalmente, pela educação. É o que revela o Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM), que leva em conta ainda a renda e a saúde da população. As melhorias também podem ser sentidas em períodos mais curtos: de 2009 para 2010, o índice geral aumentou em 292 cidades do Paraná.
Em 2002, início da série, os municípios paranaenses se concentravam na parte de baixo da tabela do IPDM: 15 deles tinham “baixo” desempenho e 238 se enquadravam no grupo “médio-baixo”. Em 2010, as cidades saltaram para o topo. São 350 avaliadas como de “médio” desempenho e 11 cidades classificadas como de desempenho “alto” .
“De um modo geral, a avaliação do estado é bem positiva, com nenhum dos municípios no estágio mais baixo. Mas, como todo índice, o IPDM tem variações até dentro de um mesmo patamar”, ressalva o diretor de estatísticas do Ipardes, Daniel Nojima.
Na sala de aula
A educação foi o indicador que mais melhorou desde 2002, e tem um peso de 48,7% no aumento da média geral do índice. A avaliação geral da educação no estado saltou de 0,58 para 0,76 em 2010 – patamar considerado “médio” pelo Ipardes, que estabelece uma escala de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, melhor). Em Curitiba, por exemplo, o indicador melhorou de 0,65 (médio) para 0,82 (alto). Para a classificação, o instituto leva em conta o atendimento na educação infantil, o porcentual de docentes com curso superior, a taxa de evasão escolar e média do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Causas
Para Nojima, as melhorias auferidas na educação dos municípios paranaenses estão ligadas a dois fatores: ao Fundo da Educação Básica (Fundeb), que transfere recursos às escolas de acordo com dados do censo escolar, e ao envelhecimento da população. “De um lado, há mais recursos. De outro, menos crianças matriculadas a cada ano. Isso faz com que as unidades possam distribuir melhor os investimentos”, avalia o diretor do Ipardes.
Ermelina Thomacheski, professora de Pedagogia da PUCPR, acrescenta que a regionalização da gestão da educação também foi determinante para os avanços. Ela revela que órgãos estaduais, regionais e municipais de ensino, além das próprias escolas, se debruçaram de forma integrada sobre índices escolares, observando demandas e perspectivas. “Esse trabalho em conjunto, em várias frentes, foi importante para controlar as variáveis”, observa.
Ermelina avalia que a educação só não avançou mais nos municípios do Paraná por um motivo: a desvalorização salarial dos docentes. Os baixos salários, segundo ela, não só desmotivam os professores, como provocam a migração para escolas particulares, onde os salários são melhores.
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