quinta-feira, 13 de outubro de 2011

SOBRE STEVE JOBS ( GILBERTO DIMENSTEIN)

06/10/2011 - 08h45
Jobs: o melhor de viver nos Estados Unidos
Steve Jobs sintetiza o que existe de melhor e mais encantador nos Estados Unidos --é algo que gostaria (e muito) de ver no Brasil. É um dos símbolos da reverência de uma nação ao espírito empreendedor e à inovação. Arriscar para inovar faz parte da alma profunda dos americanos, estimulando talentos.
Essa é uma das razões que explica por que, na lista de qualidade de ensino superior que acaba de ser divulgada, os Estados Unidos têm tantas universidades entre as melhores do mundo. O que se elogia nas universidades é menos como se ensina ou até o que se ensina, mas as inovações relevantes que produzem, mudando o mundo. Daí a importância de ir além do campus e estabelecer parcerias com governos e empresas.
Isso é o que permite que, do campus, do dormitório, comecem desenhos de empresas como Microsoft, Google ou Facebook. Ou que, em torno delas, montem-se parques tecnológicos.
Jobs nem tem ensino superior. Mas se beneficiou desse ambiente inovador, já que está localizado no Vale do Silício, impulsionado em grande parte por Stanford.
Ele é o típico inovador, que fez de sua garagem (literalmente) um misto de laboratório com centro de inovações.
Tipos como ele transmitem mensagens diárias para outros jovens serem ousados, pensarem grande, arriscarem, serem empreendedores.
O melhor de viver aqui, ainda mais morando dentro do campus de Harvard, é ver de perto essa agitação permanente que, mesmo com a crise, está longe de ser abatida.

10/10/2011 - 14h38

Professor, aprenda com o fracassado Jobs

Como estamos na semana em que se comemora o Dia do Professor, vale a pena refletir sobre as lições do mais famoso péssimo aluno dos últimos tempos: Steve Jobs. Todos falam agora do seu sucesso, poucos da sua vida fracassada como estudante (coloquei os detalhes no www.catracalivre.com.br).
Quase todos os professores diriam que aquele aluno não daria para nada, tamanho seu desinteresse pela escola. Por que ele então não fracassou?
Ele tinha horror a sala de aula. Não conseguiu ficar nem seis meses na faculdade. Fez apenas um curso de caligrafia. Era envolvido (e muito) com drogas. Colegas dizem que, como dormia no chão e não tinha o hábito de trocar de roupa ou tomar banho, ele exalava nos dias quentes um insuportável odor. Dizem até que ele via, naqueles tempos, um efeito terapêutico em não tomar muito banho.
Jobs não fracassou porque, além de ser inteligente e intuitivo, tinha uma magnífica escola. E era fora da escola. Foi criado na região do Vale do Silício, na Califórnia, um dos centros mais criativos do mundo em ciência e tecnologia, aproveitando as chances que lhe apareciam e o encantaram no mundo da computação.
O exemplo de Jobs tem uma série de lições pedagógicas, além da importância de saber perceber que um aluno aparentemente imprestável pode ser um notável talento. Mais importante: o processo educativo vai muito além de sala de aula, englobando as experiências que são ofertadas para estimular a descoberta de habilidades.
Na era da informação, com tantas mudanças na forma de transmitir conhecimento, a escola concentrada apenas na sala de aula e no professor está condenada ao fracasso. Melhorar o professor é fundamental, mas não basta.
É preciso ver toda a cidade --e o mundo-- como um espaço educativo, num jogo de encontros coordenado pelos professores.
Acesse  a  mais  recente  crônica  do  Prof.  Cláudio  Silva: "PODERIA TER OCORRIDO COM O SEU FILHO!"- a tragédia de S. Caetano

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