sábado, 31 de dezembro de 2011

Últimos textos de Daniel Piza


 
27.dezembro.2011 07:55:57

Um país de poucos

Passamos de carro ao lado do futuro Shopping JK, na fronteira de Vila Olímpia e Itaim, e minha mulher nota uma placa do BNDES com aquele logo “Brasil – Um País de Todos”. É um empreendimento privado, de luxo, que vai trazer grandes grifes ainda inéditas no Brasil, gerando um comércio tal que sem dúvida em pouco tempo estará dando retorno. Por que, então, dinheiro público emprestado para isso? É como nos patrocínios culturais para grandes nomes do show biz nacional ou internacional, que não precisam ter a menor preocupação quanto a seu potencial de mercado. Enquanto isso, a infraestrutura urbana ao redor daquele empreendimento, como as inúmeras calçadas destruídas ou inacabadas demonstram, é ridícula. E tome desigualdade e transtorno.
26.dezembro.2011 16:37:10

Lágrimas

O final de ano veio marcado por mortes de pessoas marcantes. O ator Sérgio Britto, remanescente dos tempos em que o teatro brasileiro ditava rumos culturais como jamais depois; o carnavalesco Joãosinho Trinta, de uma ousadia que deveria ser o padrão da festa, mas quase sempre foi a exceção; a cantora cabo-verdiana Cesaria Évora, inesquecível com sua voz docemente triste e seus dançantes pés descalços. E o polemista inglês Christopher Hitchens, infelizmente lembrado mais por sua confusa adesão ao neoconservadorismo de Bush II do que por sua corajosa crítica cultural na velha e boa linhagem libertária, ou dissidente, dos britânicos; como já notei, ele caiu em óbvia contradição com seu ataque às religiões, se bem que nestes também foi confuso, como ao desprezar a cultura visual do cristianismo (que legou, entre outras conquistas, o Renascimento).
 
26.dezembro.2011 10:36:28

Ano anódino

O primeiro ano de Dilma Rousseff, como previsto, não disse a que veio. Imagino que os membros do governo durmam bem, cientes de que o índice de popularidade espelha o do emprego, como as últimas pesquisas comprovaram. A arrecadação continua subindo, apesar da desaceleração produtiva, e o investimento estrangeiro especulativo quase cobre o déficit gerado pelas importações. Logo, sendo pequenos os riscos políticos e econômicos a curto prazo, eles apostam na força inercial da cultura brasileira. E não fazem nada: nenhum programa eficiente, nenhuma reforma estrutural, nada.
Já a realidade cotidiana, que não necessariamente aparece nas intenções de voto (por que o eleitor vai trocar seis por meia dúzia, se as coisas não estão tão ruins e os políticos parecem todos iguais?), é sofrida. O custo de vida beira o absurdo. A arquitetura dos sistemas institucionais é mais desumana que a de Niemeyer, como se vê no corporativismo do Judiciário e no racismo das polícias. A insegurança e a habitação têm índices calamitosos. A corrupção corrói o dinheiro e o espírito público, impune como sempre (qual dos ministros demitidos por pressão pública serão de fato julgados e condenados?). Etc. Mas o brasileiro não desiste nunca… E nem protesta.
25.dezembro.2011 07:45:18

De presentes e ausências

Nesta época é comum ver, além das retrospectivas, os apelos piegas ao tal espírito natalino, abusos de expressões como “renovar esperanças”, previsões furadas de astrólogos, tarólogos e outros loucos, textos que lamentam onde estão os natais d’antanho, mensagens de boas festas com listas de virtudes. Meu impulso é perguntar por que as pessoas não procuram ser assim o ano todo, e não apenas no solstício que foi apropriado pela religião e pelo folclore para se tornar uma data paradoxal em que se discursa sobre bons sentimentos enquanto se consome em ritmo febril; até mesmo os nacionalistas se calam diante do fato de que a festa não tem cara do calor de 34 graus. E então me ponho a pensar em como generosidade e respeito, para ficar só nesses dois itens, andam em falta nos tempos atuais, especialmente nas grandes cidades, e em como a tecnologia que deveria nos aproximar nos tem dispersado. Mas lembro os Natais de infância, comparo com o dos meus filhos e as diferenças se tornam irrelevantes, porque os prazeres e as questões são muito parecidos. E os dias deliciosamente desocupados, desacelerados, convidam ao balanço do ano, ainda que tenha tido tantas tristezas em meu caso, e sem balanço não há avanço.
Somos carne e pensamento, um não se dissocia do outro, e do mesmo modo o Natal é ficar feliz em dar e receber presentes, é ver as crianças alegres com o que ganham e pronto, sem místicas nem melancolias. Lembro que meu avô nos levava em seu Opala, no banco da frente, câmbio atrás do volante, para procurar o Papai Noel. Olhávamos para o céu e achávamos que qualquer luzinha era a carruagem de renas. Quando voltávamos, ele já tinha passado e deixado os presentes sob a árvore. Um primo mais velho me disse: “Cheguei até a ver a perna dele saindo pela janela”. Eu devia ter uns oito anos e achei estranho; afinal, era só ter ficado ali que com certeza o veríamos, já que eu nunca tinha conhecido ninguém que não ganhasse presentes todo santo Natal. (Eu já estava acometido desta mania de descrença: antes de fazer 6 anos, na minha primeira viagem de avião, assim que ficamos acima das nuvens perguntei ao meu pai onde estavam os “anjinhos”. Não era ali que diziam que eles moravam?) De qualquer modo, afora as comidas saborosamente calóricas, quase sempre o presente fazia a dita magia da noite. Digo “quase sempre” porque uma vez pedi um Piloto Campeão e ganhei uma Motocleta. Inconformado, reclamei: “Que Papai Noel burro!” Mas a Motocleta, espécie de triciclo evoluído, me divertiu muito mais ao descer a rampa do abacateiro na chácara que tínhamos.
Ver o sorriso de filhos e sobrinhos é boa maneira de encerrar o ano, como o fecho de capítulo de um livro que ainda não terminou, e mesmo que não chegue a redimir o capítulo ruim. Perdi minha mãe e, apesar das falas pseudo consoladoras do tipo “É a vida” (não, é a morte mesmo) e “Tudo vai ficar bem” (defina “bem”), a dor ganha intervalos, mas a ausência fica. Tive também uma decepção pessoal, que abalou minha confiança, me tirou alguns quilos, me fez ver de novo como nossos melhores esforços podem ser os mais injustiçados, como a ingenuidade é amiga da vaidade, como a efusão brasileira pode ocultar inveja ou egoísmo. Também não fico feliz ao pensar que para tantas pessoas uma experiência insubstituível como ter filhos pode ser vista como algo que “atrapalha” ou, pior, que justifica manter relacionamentos frios ou frustrantes, em vez de renová-los. Mas terminei meu capítulo com páginas encorajadoras, confiante não apenas em ter superado a fase crítica, mas também em não ter deixado o desencantamento tomar conta. Aí está, se me permitem o toque natalino: não deixar o desencanto tomar conta é o melhor presente.

Fonte: O  Estado  de S.  Paulo

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal, o prenúncio de um tempo novo !

EDUCAÇÃO INTEGRAL E  INTEGRADA !
 TODOS, INTEGRADOS EM UMA CAUSA ÚNICA: educação!
                                                                 

Um Feliz Natal e uma  novo  ano de fé, saúde, paz e prosperidade para todos !

Prof. Cláudio  Silva e  família



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Educação Infantil: desafio é entender as necessidades do aluno ( TERRA )

21 de dezembro de 2011

  
Muito antes de ensinar crianças a ler e escrever, escola e família devem estar preparados para lidar com uma série de outras necessidades que vão garantir que o aluno se desenvolva plenamente durante os anos seguintes. Voltada a crianças de zero a seis anos, a Educação Infantil é uma obrigação do Estado, mas inserir ou não a criança no ambiente escolar durante essa etapa é uma escolha da família. Especialistas afirmam que as diretrizes pedagógicas estão melhorando a qualidade do ensino, mas a área ainda apresenta carências.

Segundo a diretora da Divisão de Educação Infantil e Complementar (DEdiC) da Unicamp, Roberta Borges, a escola precisa prestar atenção às necessidades das crianças nesta etapa, que diferem dos alunos mais velhos. "A educação infantil esbarra na formação do professor e na organização de espaços. O professor realmente preparado deve realizar um trabalho voltado ao desenvolvimento da criança, e não apenas adaptar aquilo que é proposto aos estudantes maiores", diz.

De acordo com Roberta - também organizadora do 2º Fórum Internacional de Educação Infantil, realizado em novembro -, a Educação Infantil deve voltar-se às habilidades cognitivas sem deixar de lado o desenvolvimento afetivo e físico. "É preciso ensinar valores, regras, limites, como se relacionar bem com o outro. Esses pontos não recebem muita atenção das escolas. O físico também é muito importante. Ela deve aprender a cuidar do corpo, se alimentar de maneira saudável, ter uma rotina, se trocar", exemplifica. Segundo a professora, o desenvolvimento nos primeiros anos de escola - principalmente entre zero e três anos - é essencial para a formação posterior. "As experiências devem ser mais pausadas, para que ela realmente compreenda aquilo que está acontecendo e se desenvolva de acordo com sua faixa etária", diz.

As Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, que contemplam normas de credenciamento e indicadores de qualidade, são responsáveis por regulamentar creche, frequentada de zero a três anos, e pré-escola, que antecede o Ensino Fundamental. Segundo a presidente da Organização Mundial para Educação Pré-Escolar de São Paulo (Omep/SP), Vera Miles, nessas duas etapas, a preocupação está voltada ao desenvolvimento pessoal, estimulando atividades lúdicas, a linguagem artística e oral, além de jogos simbólicos. "É uma fase para brincar. Os alunos são desafiados a resolver conflitos, cooperar e se relacionar", diz.

De acordo com a professora, a Educação Infantil tem avançado muito em relação a legislação, diretrizes e propostas pedagógicas, que tem o objetivo de garantir um ambiente adequado e seguro. Mesmo assim, garante, um dos maiores problemas está ligado à falta de preparo dos educadores. "Esses professores não sabem trabalhar com a família, com a comunidade, e isso reflete no espaço em que a criança passa a maior parte do tempo", afirma. A especialista também aponta problemas nos ambientes aos quais os alunos são expostos. "As instituições têm pouco material estimulante, poucos equipamentos adequados e hoje está sujeita a se tornar muito acadêmica. Isso porque os professores não tem uma visão prática das atividades que devem realizar em sala de aula", sugere.

Mudança na idade mínima gerou polêmica
Recentemente, uma mudança na idade mínima para frequentar o ensino fundamental também gerou polêmica entre especialistas. Anteriormente, a idade para cursar a 1ª série era de sete anos. Com a nova lei, crianças que completam seis anos até 31 de março estão aptas a cursar o 1º ano - que surgiu para servir de ponte entre as duas etapas. "A entrada no Ensino Fundamental aos seis anos preocupa porque os professores não estão preparados para lidar com esses alunos, que requerem uma metodologia diferente. A criança vai para o 1º ano e passa a ficar a maior parte do tempo sentada, seus pezinhos não alcançam o chão. Só que ela deveria estar brincando, já que a vivência deve ser a base desses primeiros anos", pontua.

A professora Roberta chama a atenção para a adequação do 1º ano de Ensino Fundamental. Segundo ela, é preciso dar continuidade ao trabalho que teve início nos anos anteriores. "Nessa faixa etária, não dá para avançar o conteúdo. É importante que ela continue construindo um raciocínio próprio de sua idade, que tenha, sim, atividades de leitura e escrita, mas que não haja uma antecipação dos conteúdos. Forçar uma evolução fora das possibilidades de sua faixa significaria um retrocesso", alerta.

Por outro lado, a especialista aponta aspectos positivos na alteração: "A educação infantil não é obrigatória, mas o ensino fundamental é, e essa mudança faz com que todas as crianças ganhem um ano a mais de desenvolvimento." A nova resolução aponta que, agora, os conteúdos do 2º ano equivalem à 1ª série de antigamente, permitindo que o aluno passe por um ano de adaptação a uma estrutura de ensino diferente daquela a que estava acostumada

FONTE:http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5528648-EI8266,00-Educacao+Infantil+desafio+e+entender+as+necessidades+do+aluno.html
AINDA  NO  BLOG:
VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

EDUCAÇÃO INTEGRAL IMAGENS - Escolas recebem Menção Honrosa por participação no projeto Vamos Ler

  • Quarta,21/12/11 •14h09 •Autor: Assessoria de Imprensa

  Em 2011, o projeto Vamos Ler! propôs a elaboração de jornais escolares. Foram destaques as produções das escolas Edson Giacomini, Augusto Weyand, Professor Alcides Ramos e Vida Nova
 
Quatro escolas da Educação Integral de Apucarana receberam, nesta quarta-feira (21/12), Menção Honrosa por suas participações no projeto Vamos Ler!, desenvolvido pelo grupo Tribuna do Norte junto à rede municipal de ensino. As instituições homenageadas foram as escolas Edson Giacomini (Afonso Camargo), Augusto Weyand (Recanto do Lago), Professor Alcides Ramos (Osmar Guaraci Freire) e Vida Nova (Jardim Monções). A solenidade foi realizada no gabinete municipal e contou com a presença de diversas autoridades e empresários colaboradores do projeto.

Em 2011, o Vamos Ler propôs às escolas o desafio de desenvolverem um jornal escolar interno, com o objetivo de dar voz às crianças, desenvolver nos alunos a melhoria da escrita, a vontade pela leitura e a responsabilidade por suas opiniões. Ao todo, vinte escolas acataram a ideia e receberam todo o material necessário para a pesquisa e produção dos jornais.

A melhor publicação foi escolhida pela coordenação do Vamos Ler! e ganhou toques profissionais. Assim, na data de 5 de outubro, o CORREIO ESCOLAR da E.M. Edson Giacomini circulou junto ao jornal diário local Tribuna do Norte, chegando à casa de milhares de leitores. “Esse projeto é um sonho que acalentávamos desde 2001 e hoje se tornou realidade. Muito obrigada às professoras que tanto se dedicaram e também aos empresários que acreditaram e colaboraram com a nossa proposta”, agradeceu a coordenadora do Vamos Ler!, Michela Vieira Prestes.

Para o diretor-presidente da Autarquia Municipal de Educação (AME), professor mestre Cláudio Silva, ações como essa são fundamentais para a Educação Integral. “O projeto Vamos Ler!, o próprio nome já define a sua importância em termos educacionais. E são parceiros como o grupo Tribuna que nos ajudam a melhorar a cada dia a qualidade da educação que ofertamos às nossas crianças. Uma cidade só alcança um desenvolvimento sustentável através da educação e Apucarana, há uma década, tem crescido a olhos vistos”, disse. 
 
 
MAIS  IMAGENS:
 
 
 
















AINDA  NO  BLOG:
VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

Decisões que o Natal traz!

Tornar-se instrumento de paz!
levar o amor onde houver ódio,
levar o perdão onde houver ofensa,
levar a união onde houver discórdia,
levar a fé onde houver dúvida,
levar a verdade onde houver erro,
levar a esperança onde houver desespero,
levar a alegria onde houver tristeza,
levar a luz onde houver trevas,
procurar mais consolar, que ser consolado,
compreender, que ser compreendido,
amar, que ser amado!

                                                             ( da prece de Francisco de Assis)
VEJA  TAMBÉM  NO  BLOG:
AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...
 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

INCLUSÃO - Crianças aprendem a língua de sinais para conviver com colega ( MEC )

Terça-feira, 20 de dezembro de 2011 - 14:46

Bruna [C] , 6 anos, está plenamente adaptada às aulas e às colegas e participa de todas as atividades normais da escola (foto: arquivo da escola)Ao receber na sala de aula uma criança surda, a professora Alessandra Franzen Klein, da Escola Municipal de Educação Infantil Paraíso da Criança, em Horizontina (RS), não se intimidou. Com formação específica na língua brasileira de sinais (libras), ela estava preparada para se comunicar e ensinar o conteúdo curricular da pré-escola à estudante novata. No entanto, foi além. Preparou projeto de educação bilíngue português-libras e ensinou as crianças de 4 e 5 anos da classe a usar as mãozinhas para reproduzir o alfabeto gestual e, assim, interagir com a coleguinha.

“Elas já têm coordenação motora suficiente e mais facilidade do que os adultos. Aprendem rapidamente”, constata a professora. “Hoje, já têm certa fluência e são capazes de formar frases complexas e até contar historinhas em libras.”

A menina surda aprende o português escrito como uma segunda língua; os colegas, a libras. “A turma aprendeu a língua de sinais para interagir com ela”, ressalta. “Todas as atividades são realizadas nas duas línguas.”

Com o projeto, uma das tarefas da professora foi a elaboração do material didático. “Um trabalho desafiador, que exigiu muita pesquisa e produção de material porque todo o conteúdo teve de ser dado nas duas línguas”, afirma. Segundo ela, há poucas histórias infantis em libras. Além dos clássicos, como a Cinderela Surda, a professora criou textos alternativos, como a Porquinha Surda, As Luvas Mágicas do Papai Noel e As Estrelinhas Surdas. “Fui criando histórias e vídeos com as crianças de acordo com a necessidade de trabalho em sala de aula e até participamos do Festival Brasileiro de Cultura Surda, em Porto Alegre”, salienta.

Apoio — O município de Horizontina, com 18,3 mil habitantes, a 496 quilômetros de Porto Alegre, não tem escola específica para surdos. Assim, toda comunidade escolar foi informada sobre a importância do projeto. “Os pais viram que as crianças estavam aprendendo uma língua a mais e apoiaram a ideia”, ressalta Alessandra. A proposta da educação bilíngue foi estendida a professores, direção e funcionários para que todos se comunicassem com a aluna. No fim do ano letivo de 2010, as crianças emocionaram pais e professores ao apresentar o clássico natalino Noite Feliz, num coral, com a linguagem de sinais.

“Quando minha filha foi matriculada, eu estava preparada para as dificuldades de inclusão, mas foi tudo ao contrário”, lembra Dione Nascimento, mãe de Bruna, 6 anos. “A professora preparou a turma para receber a nova colega, e ela de maneira alguma ficou isolada. Hoje, quer participar de tudo na escola.”

Em 2012, a menina vai cursar o primeiro ano do ensino fundamental em outra escola pública. “O projeto terá continuidade. Como muitos pais fizeram questão de matricular os filhos na mesma escola da Bruna, ela não ficará isolada e fará também novos amigos” afirma Dione. “Ela é uma criança feliz, que aprende rápido.” Bruna conhece todas as letras do alfabeto e já lê algumas palavras.

Rovênia Amorim


Saiba mais no Jornal do Professor
 
FONTE:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17314
VEJA  TAMBÉM NO  BLOG:
IMAGENS DO ESPETÁCULO NATALINO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA SENHORA DA ALEGRIA NO TEATRO FÊNIX: 
: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/12/espetaculo-de-artevangelizacao-da.html

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Brasil perde 900 mil matrículas na rede pública entre 2010 e 2011

Dados finais do Censo Escolar 2011 foram publicados no 'Diário Oficial'. Segundo o Inep, os dados referentes à rede particular sairão em 2012.

 
O Brasil teve 42.054.071 estudantes matriculados na rede pública de educação básica - estadual e municipal - em 2011, segundo dados do Censo Escolar publicados nesta segunda-feira (19) no "Diário Oficial da União". O número de matrículas caiu 2,17% em comparação com 2010. A redução foi de mais de 900 mil matrículas.
Os números referentes às matrículas na rede básica particular, segundo a assessoria de imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), serão divulgados em 2012.
MATRÍCULAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA EM 2011 (REDES ESTADUAIS E MUNICIPAIS)
ENSINO REGULAR
Educação Infantil 4.987.630
Ensino Fundamental 25.814.379
Ensino Médio 7.233.372
Educação de Jovens e Adultos 3.434.656
TOTAL (ENSINO REGULAR) 41.469.947

EDUCAÇÃO ESPECIAL
Educação Infantil 36.393
Ensino Fundamental 466.506
Ensino Médio 30.879
Educação de Jovens e Adultos 50.346
TOTAL (EDUCAÇÃO ESPECIAL) 584.124
TOTAL DE MATRÍCULAS 42.054.071
Fonte: Inep/MEC
 Os dados se referem à matrícula inicial em educação infantil (creches e pré-escola), ensino fundamental, ensino médio, educação de jovens e adultos (EJA) e o sistema de educação especial.
Ensino regular
O EJA sofreu a maior redução porcentual do ano entre as modalidades do ensino regular (que não inclui a educação especial). O número de jovens e adultos cursando a educação básica caiu mais de 200 mil, o que representa uma queda de 5,7% entre 2010 e 2011.
Em números absolutos, porém, a maioria das matrículas perdidas estão no ensino fundamental: em 2011, a rede pública teve cerca de 860 mil alunos a menos que no ano anterior. A queda porcentual foi de 3,2%.
Apenas a educação infantil apontou ligeiro aumento de matrículas, de 1,8%. Em 2011, 4.987.630 crianças entre 0 e 6 anos estavam matriculadas na rede pública, 27,5% delas em creches e 72,5% na pré-escola. O número foi cerca de 90 mil a mais que em 2010.
As matrículas no ensino médio permaneceram quase iguais, com queda de 0,13%.
Educação especialA educação para alunos com necessidades especiais, porém, cresceu em média 10,5% no último ano. Foram mais de 55 mil novas matrículas em escolas e classes especiais e inclusivas.
Só no ensino fundamental, o número aumentou em 45 mil. No ensino médio, as cerca de 5 mil matrículas a mais representaram a maior variação porcentual: 19,8%.
O EJA para alunos especiais viu o número de matrículas subir 11,6%.
Rede particular e educação superior
De acordo com a assessoria de imprensa do Inep, os dados do Censo Escolar 2011 serão finalizados no ano que vem. As informações publicadas no "Diário Oficial" nesta segunda-feira não incluem as matriculas na rede particular, na educação superior e nas escolas federais.
Ainda de acordo com o órgão, os números divulgados nesta segunda servem como base para que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) possa calcular os repasses de verbas para cada município brasileiro.

FONTE: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/12/brasil-perde-900-mil-matriculas-na-rede-publica-entre-2010-e-2011.html

AINDA  NO  BLOG:

VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

EDUCAÇÃO INTEGRAL - Educação Integral de Apucarana recebe o Selo Escola Solidária

  • Segunda,19/12/11 •15h13 •Autor: Asessoria de Imprensa

Escolas Municipais Dr. Edson Giacomini e José de Alencar tiveram projetos reconhecidos pelo Instituto Faça Parte
As escolas municipais apucaranenses Dr. Edson Giacomini, do Núcleo Afonso Alves de Camargo, e José de Alencar, do Distrito de Vila Reis, foram reconhecidas e certificadas com o Selo Escola Solidária 2011, por seu incentivo à educação para a cidadania.

O Selo Escola Solidária é um projeto que identifica e fortalece as escolas brasileiras como núcleos de cidadania em suas próprias comunidades. Seu principal objetivo é divulgar as ações de voluntariado educativo desenvolvidas pelas escolas solidárias e propiciar a troca de experiências entre as mesmas. O Selo é uma realização do Instituto Faça Parte em parceria com Ministério da Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Unesco, OEI e Unicef e acontece a cada dois anos.

A Escola Municipal Dr. Edson Giacomini recebeu a honraria por seu projeto de ‘Educação Ambiental’, desenvolvido dentro da proposta da Educação Integral, através do qual alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental foram despertados para uma consciência crítica em relação à sustentabilidade e convidados a adotar novas posturas, na escola, em casa e na comunidade, que remetem à prática construtiva de preservação do Meio Ambiente. A professora responsável pela proposta é Leonilda de Campos Menossi.

Já no Distrito de Vila Reis, a Escola Municipal José de Alencar recebeu o Selo Escola Solidária pela ação ‘Horta Comunitária’, desenvolvida pela professora Margarette Cristina Villagra Montanini com 250 alunos da educação infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. O projeto surgiu como uma iniciativa de aproveitar o espaço físico ocioso da escola. Em relato dos alunos em sala de aula foi observado que os mesmos tinham interesse em aprender a cultivar o seu próprio alimento e cuidar do meio ambiente por meio da compostagem e reaproveitamento de pneus. Assim, a escola firmou parceria com o Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas para a construção de uma horta escolar que é cultivada pelas crianças. O resultado tem sido gratificante: os alunos passaram a conhecer a produção de alimentos, desde a preparação do solo até a colheita de verduras e legumes.

O diretor-presidente da Autarquia Municipal de Educação (AME), professor mestre Cláudio Silva parabeniza as duas instituições pela conquista do Selo Escola Solidária e enfatiza que as duas ações não são pontuais, mas fazem parte da proposta de desenvolvimento integral do estudante adotada pela administração municipal desde 2001.




FONTE: http://www.apucarana.pr.gov.br/noticia/10999-educacao+integral+de+apucarana+recebe+o+selo+escola+solidaria/

AINDA  NO  BLOG:
VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

Um aliado lúdico no combate à evasão escolar ( O GLOBO)

Parceria entre ONGs e a prefeitura do Rio mostra a importância de manter os estudos

Ediane Merola , Ruben Bertar Publicado: 19/12/11 - 10h21
Atualizado:
Alunos do Colégio Municipal Bernardo de Vasconcelos na Praça Santa Rosália na Vila Cruzeiro. Foto: Marco Antônio Cavalcanti / Agência O Globo
Alunos do Colégio Municipal Bernardo de Vasconcelos na Praça Santa Rosália na Vila Cruzeiro. Marco Antônio Cavalcanti / Agência O Globo

RIO - “Você tem só 16 anos, um filho, e parou no 8 ano do ensino fundamental. Mas ainda está em tempo de voltar para a escola. Terminando seus estudos, poderá se estabilizar e oferecer um exemplo de vida melhor para o seu filho". Os conselhos, dados por uma jovem aluna de um colégio municipal da Zona Norte do Rio, fazem parte de uma carta escrita para uma amiga durante uma etapa do projeto "As vantagens de permanecer na escola". A parceria entre a prefeitura do Rio e as ONGs Junior Achievement e Centro Integrado de Estudo e Desenvolvimento Sustentado (Cieds) tem sido uma forte aliada na luta contra a evasão em áreas violentas da cidade.
— O grande objetivo do projeto é fazer, de forma lúdica, com que os estudantes entendam que existe uma relação direta entre educação, capacitação e desenvolvimento profissional, que, por sua vez, está ligada diretamente ao nível de renda. A ideia é mostrar que existe relação entre escola e a vida que eles estão sonhando — comenta a diretora-executiva da Junior Achievement, Laura Mariani.
O programa foi aplicado este ano em 21 unidades da rede municipal do Rio, integrantes do projeto "Escolas do amanhã", que leva uma série de iniciativas de reforço pedagógico a colégios localizados em regiões violentas. Foram atendidos 1.180 alunos do 8 e do 9 anos do ensino fundamental, e a perspectiva é dobrar a quantidade no ano que vem.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, a taxa de evasão escolar fechou 2010 em 3,26% nas 151 unidades consideradas "Escolas do amanhã". Em 2008, o índice era de 5,1%.
Alunos projetam rendimentos
No "As vantagens de permanecer na escola", duplas de voluntários, capacitados pela Junior Achievement, passam cerca de quatro horas em sala de aula para cumprir as cinco etapas previstas no programa. No primeiro módulo, os orientadores contam suas experiências profissionais para falar sobre êxito. O segundo é o que mais chama a atenção dos estudantes: o jogo das Grandes Decisões. Em cada casa do tabuleiro, os participantes têm de escolher se tomam o caminho da sala de aula ou preferem deixá-lo em segundo plano. Quanto mais estudos, mais evolução.
— Passei para o 1 ano do ensino médio. Ainda falta tempo para o vestibular, mas participar dos jogos do programa me fez entender que podemos realizar nossos sonhos. O importante é nunca desistir e seguir em frente. As atividades fizeram com que eu pensasse no futuro — afirma Elaine Araújo de Lacerda, 15 anos, aluna do 9 ano do ensino fundamental do Colégio Municipal Bernardo de Vasconcelos, na Vila Cruzeiro, que nasceu na comunidade e pode ser a primeira pessoa da família a ingressar numa faculdade.
Na terceira etapa do programa, os alunos montam uma projeção de orçamento baseada na renda que teriam se deixassem a escola com o ensino fundamental incompleto. E comparam os prováveis rendimentos se continuarem estudando. O quarto módulo é voltado para um modelo de planejamento profissional da carreira que o estudante sonha seguir. Por fim, há um debate, e os participantes escrevem uma carta para um amigo que tenha deixado os estudos, pedindo para ele repensar sua decisão.
A secretária municipal de Educação do Rio, Claudia Costin, ressalta que o projeto se encaixa numa filosofia que começou nas "Escolas do amanhã" e agora já está sendo desenvolvida amplamente em todas as unidades, do 6 ao 9 anos do ensino fundamental: a pedagogia do sonho.
— É natural que cedo as crianças e os jovens pensem em ter profissões, como jogador de futebol, cantora ou atriz. Mas mostramos que mesmo para realizar esse sonho é preciso estudar, se informar, pesquisar sobre o que está associado a ele. A partir do 6 ano, temos um exercício chamado "Sonho por degraus", em que ensinamos o aluno a pesquisar sobre a profissão e mostramos a funcionalidade da escola para isso — diz Costin, acrescentando que este ano, pela primeira vez, estudantes da rede fizeram um juramento de concluir o ensino médio e buscar a universidade durante as cerimônias de formatura do ensino fundamental.
O "As vantagens de permanecer na escola" foi realizado em parceria com o Cieds porque a instituição já vinha realizando, em unidades em áreas de risco, o projeto "Bairro educador", que leva uma série de iniciativas de integração com a comunidade para os colégios.
Os projetos que estão sendo levados para os colégios em regiões violentas têm dado resultado: nas provas bimestrais feitas pela prefeitura do Rio, o rendimento já se aproxima do resto da rede. No 9 ano, na avaliação do terceiro bimestre deste ano, por exemplo, a média geral foi de 4,6 na rede. Nas "Escolas do amanhã", foi de 4,4.
A ONG Junior Achievement ainda está aberta a voluntários que queiram participar do projeto contra a evasão. As informações sobre inscrições podem ser obtidas no site www.jarj.org.br.

FONTE:http://oglobo.globo.com/educacao/um-aliado-ludico-no-combate-evasao-escolar-3476726
 
AINDA  NO  BLOG:
VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

As turmas do quarto [e do quinto] turno escolar ( GAZETA DO POVO )

 Publicado em 19/12/2011 | Angélica Favretto, especial para a Gazeta do Povo


Antonio More / Gazeta do Povo
Antonio More / Gazeta do Povo / O diretor Sérgio Gomes, do Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim: normalidade em 2012     O diretor Sérgio Gomes, do Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim: normalidade em 2012


 Excesso de alunos leva escolas a criarem turmas intermediárias, reduzindo tempo de permanência de crianças e adolescentes na sala de aula
 
Escolas públicas do Paraná sem estrutura suficiente para atender a demanda de alunos são obrigadas a criar o quarto e até o quinto turno diário. A Secretaria de Estado da Educação não informa o número colégios que enfrentam esse problema, mas não é difícil encontrar casos em Curitiba, na região metropolitana e no interior do estado.
O principal reflexo da prática é a redução da jornada escolar, que deveria ser de no mínimo quatro horas, mas que nessas escolas chega a ser de pouco mais de três horas ao dia A complementação é feita em alguns sábados letivos e por meio de trabalhos extras.
Horas a mais
O Brasil é o país com uma das menores cargas horárias escolares do mundo - 4 horas aula em 200 dias letivos. Acompanhe como funciona a distribuição de horas em outros países:
Estados Unidos
- Dias letivos ao ano: 180 em média
- Jornada diária: entre 6 e 7 horas.
- Grande ênfase na prática de esportes. Ao entrar no High School, os alunos que participam de alguma equipe esportiva podem conseguir uma bolsa de estudos na faculdade.
Inglaterra
- Dias letivos ao ano: 190
- Jornada diária: 6 horas
- A escolaridade obrigatória é de 11 anos e se divide em primário (5 a 11 anos) e secundário (11 a 16 anos)
Chile
- Dias letivos ao ano: 200 (entre março e dezembro)
- Jornada diária: 6 horas
- A educação de segundo grau é de quatro anos e se subdivide em: científico-humanista e técnico-profissional.
Austrália
- Dias letivos ao ano: 200
- Jornada diária: 6h30
- O ciclo básico dura 12 anos.
França
- Dias letivos ao ano: variável, entre 144 e 180
- Jornada diária: 8 horas
- A semana letiva vai de segunda a sábado, com folga ou meio período nas quartas e sábados
China
- Dias letivos ao ano: variável, entre o começo de setembro até a metade de julho
- Jornada diária: 9 horas e meia.
- Currículo com grande ênfase em línguas e matemática. Há um computador para cada dois alunos
Irã
- Dias letivos ao ano: 200, em média
- Jornada diária: variável
- Meninos e meninas estudam separados, com professores do mesmo gênero. Ensino religioso é obrigatório
Japão
- Dias letivos ao ano: 11 meses, com dois recessos
- Jornada diária: de 5h30 a 7 horas, conforme a série
- Além das disciplinas acadêmicas, há aulas de Educação Moral, Saúde e Segurança; Disciplina; Cortesia e Boas Maneiras


A Lei de Diretrizes e Bases para a Educação fixa a oferta mínima de 800 horas/aula anuais pelas escolas, distribuídos em 200 dias letivos efetivos, sem contar os exames finais. Isso quer dizer que cada criança precisa permanecer ao menos quatro horas por dia em sala, para que tenha um nível de aprendizado aceitável.
Em maio passado, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou o projeto de lei 388/07, que altera a carga horária mínima de 800 para 960 horas/ aula. A proposta continua tramitando na casa.
Provisório, permanente
Segundo a Secretaria de Educação, a medida é adotada para atender questões emergenciais. Mas há situações em que o quadro é mantido por quase uma década. É o caso do Colégio Estadual Arlindo Carvalho de Amorim, na Vila Barigui, CIC. A inclusão do turno intermediário veio quando a escola precisou passar por reformas estruturais, há oito anos. Com isso, todos os 1,3 mil alunos da instituição tiveram de se adaptar aos novos horários: das 7 horas às 10h45; 11 horas às 14h45; 15 às 18 horas e das 19 horas às 22h30.
O diretor Sérgio Gomes conta que nos primeiros meses da mudança de horário, a dificuldade principal era com os professores que não podiam pegar aulas em outros colégios por trabalharem em turnos irregulares. Com o tempo, a comunidade escolar se acostumou.
A boa notícia, segundo o diretor, é que no próximo ano a escola deve voltar aos três turnos originais. As obras, por problemas nas licitações, atrasaram, mas devem ser concluídas antes do início do próximo ano letivo. De acordo com a secretaria, até o final da atual gestão de governo deve ocorrer a extinção dos turnos extras.
O Colégio Estadual Aníbal Khury, no Uberaba, não terá a mesma sorte, já que os quatro turnos vão continuar na instituição em 2012. A inclusão dos horários intermediários foi necessária para atender a demanda, impedindo salas cheias. O colégio atende 1,5 mil crianças e adolescentes. Ivone Vilela Hara, secretária da escola, conta que desde 2009 a instituição trabalha dessa forma e que adequar os horários de toda a equipe ainda é um ponto complicado. “As zeladoras precisam limpar as salas rapidamente para que a outra turma entre. Nós da equipe administrativa e pedagógica temos que estar atentos ao fluxo intenso de crianças durante o dia todo.”
Proveitoso
Há quem veja vantagens nos turnos intermediários. Em Londrina, a Escola Estadual Professora Lúcia Barros Lisboa não trabalha com os quatro turnos, mas com cinco. A direção considera que dessa forma o trabalho tem sido mais proveitoso. “Uma nova medida da secretaria diz que nós vamos ter de oferecer só quatro turnos aqui. Tanto nós da direção quanto a comunidade ficamos descontentes. Pela demanda local, cinco turnos funcionam muito bem”, conta Ednaldo Facio, diretor auxiliar da Escola Estadual Professora Lúcia Barros Lisboa, que atende aproximadamente 2 mil alunos.
Facio diz que com o rápido crescimento do bairro, há quatro anos, houve a necessidade de incluir os turnos intermediários. No início os pais foram contra, mas pela falta de alternativa na região, aceitaram e se acostumaram.

Horários espremidos são forma de exclusão no sistema de ensino
Para especialistas, os turnos intermediários representam um retrocesso na educação básica do país, que já é deficitária. O ideal seria o período integral, o que ainda é inviável por questões econômicas, como pondera o professor Fábio Scatolin, do Núcleo de Desenvolvimento e Políticas Públicas da Uni­versidade Federal do Paraná. “Em países mais desenvolvidos, a taxa demográfica é menor. Nossa realidade é oposta e a educação já é de baixa qualidade. Reduzindo a carga horária estamos voltando no caminho.”
Para Scatolin, o projeto de lei 388/07, aprovado pelo Senado, é uma amostra clara de que a melhoria na educação do país passa pelo aumento da carga horária escolar. “Isso não quer dizer que as crianças tenham de passar o dia em função da grade curricular básica. No contraturno, podem ter aulas de xadrez, por exemplo, o que estimula o raciocínio.”
A pedagoga Regina Cely Hagemeyer, do Setor de Educação da UFPR, lembra que a redução da carga horária escolar, por causa dos turnos extras, leva a um maior desgaste de professores e alunos, pois precisam seguir uma rotina pedagógica e social diferente dos outros. “Potencializar ou otimizar os espaços escolares, e o tempo de ensino, quando não há escolas ou salas suficientes para essas demandas, tem levado a equívocos no que se refere aos processos de aquisição de conhecimento e formação dos alunos na escola.”
A pesquisadora alerta para o fato de que os alunos de escolas com mais de três turnos estão, de certa forma, em um processo de exclusão. Elas perdem no aprendizado, o que contraria o processo de democratização do ensino.
Insuficiente
A simples ampliação da jornada escolar, contudo, pode não ser o suficiente para garantir qualidade de ensino. Segundo Ângelo Ricardo de Souza, membro do Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o aumento só apresentará resultados positivos ser vier acompanhado de uma melhoria no projeto formativo desses alunos. “Já houve a experiência de simplesmente dobrar a jornada de Matemática e Português nas escolas. Não basta. É preciso inserir mais cultura, arte, ciência, vivência corporal. Construir o caráter do ser humano”, afirma.
Para Souza, infelizmente a sociedade está acostumada a somente deixar os alunos em sala como medida de segurança e tanto faz se estão aprendendo ou não. “O que interessa é passar de ano, independente de como isso acontecerá”, lamenta
FONTE: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1204717&tit=As-turmas-do-quarto-e-do-quinto-turno-escolar
AINDA  NO  BLOG:

VEJA  AS  IMAGENS  DO  ESPETÁCULO NATALINO  DE  ARTEVANGELIZAÇÃO DA  ESCOLA N.S. ALEGRIA, a  escola  das  famílias,  em  ESPETÁCULO DE ARTEVANGELIZAÇÃO DA ESCOLA NOSSA ...

domingo, 18 de dezembro de 2011

O que o Brasil pode copiar da educação chinesa (VEJA)

Medidas específicas podem ser testadas em regime piloto, com boa chance de terem sua adoção recomendada em grande escala

 
 
O EXEMPLO ASIÁTICO - A China mostra que a ideia de que não pode haver educação de alto nível em cenário de pobreza é balela. No último Pisa, a província chinesa de Xangai, que tem nível de renda per capita muito parecido com o brasileiro, deu um show O EXEMPLO ASIÁTICO - A China mostra que a ideia de que não pode haver educação de alto nível em cenário de pobreza é balela. No último Pisa, a província chinesa de Xangai, que tem nível de renda per capita muito parecido com o brasileiro, deu um show (Philippe Lopez/AFP)
Desconfio que, à medida que o crescimento chinês for se mantendo firme em período de crise no Ocidente e sua educação continuar despontando nos primeiros lugares dos testes internacionais, muita gente vai se perguntar se devemos adotar o sistema político-econômico e educacional da China.
Com o primeiro, apesar de todas as suas virtudes, eu, pessoalmente, não me entusiasmo: para mim, a liberdade é um valor supremo, e a democracia é uma conquista inegociável.
O sistema educacional, pelo contrário, tem muito mais virtudes do que defeitos, e imagino que você deva estar se perguntando: dá pra copiar? Deveria ser o nosso modelo?
A resposta é não. Sistemas educacionais são frutos orgânicos do desenvolvimento histórico, social e cultural dos países em que estão inseridos, bem como atrelados ao seu projeto de futuro. Faria tanto sentido ao Brasil querer replicar o sistema de Xangai quanto ao Paysandu querer fazer uma cópia do Barcelona de Messi.
O que dá pra fazer é olhar para algumas medidas específicas e implementa-las em regime piloto em alguns locais do Brasil pra ver se funcionam. Somente depois de testadas empiricamente é que poderiam ser recomendadas em escala.
Se eu fosse um gestor público brasileiro, as medidas que testaria são essas:


Medida O que É por que testar
Grupos de estudo de professores Regime de reuniões semanais e quinzenais dos professores de mesma disciplina, no nível da escola e distrito, para preparar aula e compartilhar melhores práticas Há uma heterogeneidade muito grande no sistema brasileiro e um grau de autonomia exagerado para os maus professores. O grupo de professores ajuda a popularizar melhores métodos e monitorar os piores profissionais e escolas
Implantação de um professor-líder por turma Cada turma tem um professor que é o seu principal responsável, conhece os pais dos alunos, vê se todos vieram à aula, resolve conflitos etc. Permite abolir a chamada. Cria interlocução mais direta com os pais. Aumenta o senso de responsabilidade da escola perante seus alunos.
“Empowered management” As piores escolas têm sua administração substituída por profissionais das melhores escolas Resgata a qualidade das piores escolas e ainda beneficia financeiramente as melhores escolas.
Dever de casa Estipular dever de casa escrito a partir do 3º ano, começando com cerca 1,5 horas/dia e chegando até 3h/dia no fim do ensino médio, especialmente em Matemática e Ciências. Toda a pesquisa empírica mostra que o dever de casa é fundamental para a aprendizagem, especialmente em exatas. No Brasil, se faz muito pouco e muito mal. É um ritual ou punição pro aluno, não ferramenta de ensino.
Aulas de 40 minutos com intervalo de 10 minutos entre elas Ao contrário do sistema de aulas de 50 minutos sem intervalos Organiza o calendário de forma realista e coíbe atrasos de professores e alunos
Diminuição de número de funcionários fora de sala de aula Melhorar a relação professor/não-professor no sistema. O número de funcionários em relação a professores no Brasil é incríveis 5 vezes maior do que em Xangai. Enquanto houver esse inchaço, não sobra dinheiro pra gastar no que é mais importante.
Criação de prêmios para professores e divulgação dos vencedores Os melhores professores de cada disciplina recebem prêmios em suas escolas, depois competem com os da região, cidade etc. O reconhecimento da comunidade pode ser tão ou mais importante que dinheiro para motivar o professor.
Progressão na carreira vinculada a esforço e iniciativa individual Em Xangai, para ganhar mais, professor tem de não apenas mostrar competência como se comprometer a aumentar significativamente suas horas de treinamento Cria uma contrapartida para o aumento, alinhando o interesse do professor com o do aluno. E torna a promoção uma iniciativa individual, sem requerer negociações coletivas desgastantes.
Treinamento para diretores e professores Ninguém pode se tornar diretor de escola sem curso de administração escolar. E todos os professores passam por treinamento nas férias, todos os anos. A função de diretor é fundamental para o bom andamento das escolas, mas os diretores brasileiros não são preparados para o cargo. Dependemos do talento e perseverança de cada um.
Os professores precisam de atualização e acompanhamento constantes para que suas aulas não estagnem.
Criar fóruns online para professores Espaços na internet em que o professor pode interagir com colegas e com experts pedagógicos da sua área da prefeitura Diminuir o isolamento e sensação de abandono dos professores, criar uma rede colaborativa, disseminar melhores práticas de ensino e tirar dúvidas
Ter data show em sala de aula e disponibilizar materiais online Instalar aparelho de projeção, cuja imagem ocupa parte da parede antes destinada ao quadro negro A instalação do datashow aproveita melhor o tempo em aula, evitando a cópia. A disponibilização de material online ajuda mesmo os piores professores a dar uma aula competente.
Criação de currículo Fazer com que todos os professores da sua rede saibam o que têm de ensinar, aula a aula, e as competências que o aluno deve dominar ao fim de cada bimestre É impossível ter uma rede com ensino de qualidade se cada escola pode ensinar da maneira que quiser e sem clareza sobre o que precisa ser atingido
Fazer escolas de um ciclo só Ter escolas que sejam de 1º ao 5º ano, outras do 6º ao 9º e outras pro Ensino Médio Permite número maior de turmas por série e a criação de grupos de estudo de professores