O
escritor chinês Mo Yan em concurso literário em Haikou, no sul da
província de Hainan, em março deste ano; Mo Yan ganhou o Nobel de
Literatura nesta quinta (11)
O Prêmio Nobel de Literatura chinês Mo Yan respondeu nesta sexta-feira
(12) as críticas de dissidentes que não aceitam sua proximidade das
autoridades do país comunista, ao mesmo tempo que declarou que certas
concepções em termos de arte do fundador do regime, Mao Tse-tung, lhe
parecem "razoáveis".
Ele também defendeu a libertação do vencedor do Nobel da Paz de 2010, o ativista Liu Xiaobo.
"Acredito que muitos de meus críticos não leram meus livros. Se tivessem
lido, perceberiam que foram escritos sob muita pressão e que me
expuseram a grandes riscos", disse Mo Yan.
"Penso que alguns comentários de Mao Tse-tung sobre a arte são
razoáveis, como por exemplo seus pontos de vista sobre as relações entre
a arte e a vida", completou.
Ao mesmo tempo, o escritor afirmou que deseja a libertação do dissidente e Prêmio Nobel da Paz de 2010, Liu Xiaobo.
"Espero que possa obter a liberdade o mais rápido possível", declarou Mo Yan em sua cidade natal, Gaomi (leste da China).
Liu cumpre desde 2009 uma condenação de 11 anos de prisão por
"subversão", depois de ter sido um dos redatores de um texto que pedia
reformas democráticas na China.
Também nesta sexta-feira, o chefe de propaganda do Partido Comunista da
China, Li Changchun, felicitou Mo Yan pelo Nobel de Literatura.
"O Prêmio Nobel concedido a Mo Yan encarna a riqueza da literatura
chinesa, assim como o aumento constante da força e da influência
internacional da China em geral", declarou Li Changchun, membro do
Comitê Permanente do Bureau Político do Comitê Central do Partido
Comunista.
Na mensagem de felicitação, Li convidou os escritores "a situar o povo
no centro de suas preocupações, baseados na realidade, na vida e nas
massas".
Em uma entrevista publicada antes do anúncio do prêmio pelo Comitê Nobel
em Estocolmo, Mo Yan destacou a necessidade do escritor de abordar
temas políticos e sociais, além de exercer o espírito crítico.
"Um escritor faz parte da sociedade e por isto a vida que descreve
engloba a política e uma ampla gama de problemas sociais", declarou Mo
aos site do jornal Dazhong Ribao, de sua província natal de Shandong
CAMPEÃ DE ACESSOS: AS RAPOSAS E O GALINHEIRO
http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/2012/09/as-raposas-e-o-galinheiro-refletindo.html
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