terça-feira, 26 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A MULHER E O MENINO ( Crônica)
*Por Cláudio Silva
São 6h50 da manhã e o dia ainda está meio escuro. Chove bastante e o vento parece fazer aumentar a sensação térmica. Após um café tomado apressadamente, por conta do horário e da minha natural lentidão pela manhã, saímos, eu e a minha caçula. Vou levá-la à escola. Enquanto o veículo cumpre parte do trajeto fazemos uma oração, e aproveito para perguntar sobre as aulas do dia. Aquele é um tempo só nosso, e em que podemos conversar livremente, apesar de se resumir a alguns breves minutos. Ela estudou bastante para as avaliações que fará hoje em algumas disciplinas. Aliás, tem-se dedicado intensamente com vistas ao exame vestibular que prestará no fim do ano. Diz que quer ser advogada. Parabenizo pelos seus esforços e a incentivo a continuar se dedicando, enfatizando que os resultados serão a conseqüência lógica de sua dedicação. Nestes momentos somos ao mesmo tempo pais, amigos, psicólogos e filósofos. Tudo na ânsia de orientá-los adequadamente. Porque queremos que acertem na profissão e na vida.
No caminho, uma cena que se repete todos os dias, uma mãe também levando seu filhinho à escola. Porém em condições bem diferentes do conforto ali dentro do carro. Mãe e filho tentam se defender da chuva e do vento procurando se ajeitar como podem debaixo do pequeno guarda-chuva, que mal dá para abrigar uma, quanto mais duas pessoas. Solidariamente, sempre damos uma carona para os dois. Hoje mais ainda, porque além da chuva , devem estar sentindo frio. Posso observar que o pequeno não está suficientemente agasalhado. Outro dia, tentando “quebrar o gelo”, como fazemos nessas situações, puxei conversa com o garoto, perguntando sobre o que gostaria de ser quando crescer. A mãe, animada, se apressou em dizer que ela acha que ele tem jeito para veterinário. “Ele adora animais” , diz ela.
Eu e aquela mãe estamos vivenciando a mesma situação. A de cumprir o nosso papel de responsáveis nesta etapa tão importante da formação dos nossos filhos.
Olhando para ela, é como se voltasse alguns anos no passado e visse a minha, hoje já falecida, fazendo as mesmas coisas quando eu devia ter a idade do seu filhinho. Não importava se era dia de sol, calor, chuva ou frio, lá estava a Dona Hilda me ajudando a sair da cama e depois de tomarmos um café me acompanhava até o “ grupo escolar”, como chamávamos. O meu, tinha o pomposo nome de Grupo Escolar Nilo Peçanha. Corria o ano de 1964 e estávamos em Londrina (Pr).
Mamãe acordava bem mais cedo para preparar as refeições do dia antes de sair para o trabalho. Prestava serviços como empregada doméstica em casas de família. Papai era auxiliar de motorista de caminhão e viajava. Lembro que ela ficava atentamente me observando tomar o café. Uma frase nesses momentos era inevitável, num misto de ternura e autoridade: “Coma meu filho! Você deve ficar bem forte para poder estudar e aprender bastante para um dia ser alguém na vida! E não precisar passar as dificuldades que seu pai e eu passamos para tocar a vida e educar você e seus irmãos”, dizia.
Ir para a escola era algo sagrado. Não importava o sacrifício que fosse necessário. Se chovia, o barro era certo, porque as ruas não eram asfaltadas. Os calçados eram envoltos em sacos plásticos para não se entrar na escola com os pés enlameados. O importante era não faltar às aulas. Assim, naqueles dias chuvosos, mamãe me fazia vestir a “capa de chuva” , que ela mesmo confeccionara com todo o carinho do mundo, aproveitando, por imposição minha, veja só, a nossa toalha de mesa cheia de bolinhas coloridas.
Registre-se que aquela capa foi confeccionada por insistência minha. Porque eu, criança, desejava uma igual a de vários coleguinhas da escola. Como eu achava bonitas as capas de chuva! Parece que conferiam uma aura de importância. E fui descrevendo para a mamãe, que pacientemente desenhou um molde e depois confeccionou o meu “tesouro” em sua velha máquina de costura. Só errei na descrição do gorro ( porque ninguém é perfeito afinal de contas!), o que acabou me custando uma grande decepção. Afobado, com a idéia de também ter a minha capa de chuva, me atrapalhei e acabei descrevendo um cone ponteagudo, que mamãe detalhadamente também confeccionou. Quando tudo estava pronto, fiquei torcendo para que enfim chovesse e assim eu pudesse estrear meu valioso presente. O dia enfim chegou, e pude vestir entusiasmado a minha capa de bolinhas coloridas com o “bendito” gorro em formato de cone. Mas, quando entrei orgulhosamente no pátio da escola, como um artista que adentra garbosamente um palco iluminado, foi uma gargalhada geral. Fui saudado pela criançada com um sonoro coro de “Olha o palhaço! Viva o palhaço!” Resultado: deixei o gorro de lado! Mas mantive a capa. Ah não, dela eu não me afastaria! Até hoje me emociono e rio ao mesmo tempo, lembrando deste episódio tão terno envolvendo a minha saudosa mãe. Amor de gente pobre e simples. Amor de mãe e de pai, que faz toda a diferença.
Olhando para ela, é como se voltasse alguns anos no passado e visse a minha, hoje já falecida, fazendo as mesmas coisas quando eu devia ter a idade do seu filhinho. Não importava se era dia de sol, calor, chuva ou frio, lá estava a Dona Hilda me ajudando a sair da cama e depois de tomarmos um café me acompanhava até o “ grupo escolar”, como chamávamos. O meu, tinha o pomposo nome de Grupo Escolar Nilo Peçanha. Corria o ano de 1964 e estávamos em Londrina (Pr).
Mamãe acordava bem mais cedo para preparar as refeições do dia antes de sair para o trabalho. Prestava serviços como empregada doméstica em casas de família. Papai era auxiliar de motorista de caminhão e viajava. Lembro que ela ficava atentamente me observando tomar o café. Uma frase nesses momentos era inevitável, num misto de ternura e autoridade: “Coma meu filho! Você deve ficar bem forte para poder estudar e aprender bastante para um dia ser alguém na vida! E não precisar passar as dificuldades que seu pai e eu passamos para tocar a vida e educar você e seus irmãos”, dizia.
Ir para a escola era algo sagrado. Não importava o sacrifício que fosse necessário. Se chovia, o barro era certo, porque as ruas não eram asfaltadas. Os calçados eram envoltos em sacos plásticos para não se entrar na escola com os pés enlameados. O importante era não faltar às aulas. Assim, naqueles dias chuvosos, mamãe me fazia vestir a “capa de chuva” , que ela mesmo confeccionara com todo o carinho do mundo, aproveitando, por imposição minha, veja só, a nossa toalha de mesa cheia de bolinhas coloridas.
Registre-se que aquela capa foi confeccionada por insistência minha. Porque eu, criança, desejava uma igual a de vários coleguinhas da escola. Como eu achava bonitas as capas de chuva! Parece que conferiam uma aura de importância. E fui descrevendo para a mamãe, que pacientemente desenhou um molde e depois confeccionou o meu “tesouro” em sua velha máquina de costura. Só errei na descrição do gorro ( porque ninguém é perfeito afinal de contas!), o que acabou me custando uma grande decepção. Afobado, com a idéia de também ter a minha capa de chuva, me atrapalhei e acabei descrevendo um cone ponteagudo, que mamãe detalhadamente também confeccionou. Quando tudo estava pronto, fiquei torcendo para que enfim chovesse e assim eu pudesse estrear meu valioso presente. O dia enfim chegou, e pude vestir entusiasmado a minha capa de bolinhas coloridas com o “bendito” gorro em formato de cone. Mas, quando entrei orgulhosamente no pátio da escola, como um artista que adentra garbosamente um palco iluminado, foi uma gargalhada geral. Fui saudado pela criançada com um sonoro coro de “Olha o palhaço! Viva o palhaço!” Resultado: deixei o gorro de lado! Mas mantive a capa. Ah não, dela eu não me afastaria! Até hoje me emociono e rio ao mesmo tempo, lembrando deste episódio tão terno envolvendo a minha saudosa mãe. Amor de gente pobre e simples. Amor de mãe e de pai, que faz toda a diferença.
Neste momento, talvez represente muito pouco o que eu e essa senhora estamos tentando fazer pelos nossos filhos. Mas me vem à lembrança uma frase que lí anos atrás no Jornal GAZETA DO POVO, de Curitiba (Pr), num artigo escrito por um juiz , Dr Albino de Brito Freire, ao se referir também a alguns gestos de cuidados com uma filha adolescente . Dizia ele: “Filha, estou tentando fazer a minha parte, você deverá fazer a sua.”
Aquele menino, assim como a minha filha, poderá até optar por seguir por outros caminhos. Mas os, aparentemente pequenos, gestos atuais de dedicação dos pais, estão neste momento ajudando a dar significância ao que eles estão fazendo, e serão importantes no futuro para impulsioná-los nos embates da vida.
P.S.: Depois daquele dia, nunca mais ví aquela senhora com o seu menino. Rogo que tenham realizado os seus sonhos. Hoje, novembro de 2017,seis anos depois, a minha filha está concluindo o seu sonhadocurso de Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, já foi aprovada no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil/ OAB e tirou nota máxima na banca de TCC ( Trabalho de Conclusão de Curso). As raízes dessa história perdem-se no tempo, e passam pela atenção dedicada dos pais dando o seu possível no momento, mesmo que seja uma simples capa de chuva confeccionada com a toalha de mesa. E a história vai se fazendo na vida daqueles que virão.Valeu a pena.
mais textos do professor poderão ser acessados em CRÔNICAS EDUCATIVAS DO PROF. CLÁUDIO SILVA
P.S.: Depois daquele dia, nunca mais ví aquela senhora com o seu menino. Rogo que tenham realizado os seus sonhos. Hoje, novembro de 2017,seis anos depois, a minha filha está concluindo o seu sonhadocurso de Direito na Universidade Estadual de Ponta Grossa, já foi aprovada no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil/ OAB e tirou nota máxima na banca de TCC ( Trabalho de Conclusão de Curso). As raízes dessa história perdem-se no tempo, e passam pela atenção dedicada dos pais dando o seu possível no momento, mesmo que seja uma simples capa de chuva confeccionada com a toalha de mesa. E a história vai se fazendo na vida daqueles que virão.Valeu a pena.
Se achou esta crônica interessante, poste o seu comentário abaixo. A sua referência é importante para nós - Os editores.
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões 2005-2008 e 2009-2012 ) e Secretário de Ensino Superior ( 2012)
Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
Link’s recomendados:
Link’s recomendados:
CONHEÇA O NOSSO INSTITUTO EDUCACIONAL:
sábado, 23 de abril de 2011
SAIA DO TÚMULO! É HORA DE REAGIR!
a Páscoa e a lição do técnico Bernardinho do vôlei
* Por Cláudio Silva
A grande mensagem da Páscoa é a ressurreição, transmutação de morte em vida. Diante das dificuldades, que poderemos denominar de “períodos de morte”, pode-se ter atitudes diversas como desistir, parar e lamuriar, ou então transpor a “pedra” que se interpôs no caminho, e seguir em frente. Em outras palavras, ressuscitar.
A história é pródiga em grandes exemplos. Lembram-se da suíça Gabrielle Andersen? Sua imagem foi imortalizada entrando trôpega no Coliseu, na final da prova da maratona das Olimpíadas de Los Angeles de 1984. Talvez, poucos recordem o nome da vencedora daquela prova, que inclusive foi a primeira maratona olímpica feminina da história dos jogos. Mesmo chegando em 39º. lugar, Andersen é o nome mais lembrado, pela lição de vontade e determinação que deixou. Paradoxalmente, mesmo perdendo, foi a grande vencedora. Nem sempre quem perde é o fracassado. Aliás, a título de registro, a prova foi vencida pela norte-americana Joan Benoit Samuelson. Outro exemplo histórico foi Abraham Lincoln, que teve em vida todos os elementos para ser lembrado apenas como o protótipo do derrotado. Mas o que ressalta em sua biografia, é de que antes de vencer a eleição para presidente dos Estados Unidos em 1860, como o primeiro presidente republicano, havia sido derrotado em eleições várias vezes.
Os vencedores tentam, e eventualmente perdem, os perdedores nem mesmo tentam. A grande diferença está em que os primeiros não desistem. Penso que um trecho do livro Transformando suor em ouro, do vitorioso técnico de voleibol Bernardinho, descrevendo seu sentimento após sofrer uma grande derrota pessoal, possa ser apropriado para auxiliar a reflexão:
“Fiquei com a sensação de que tudo acabara, de que minha vida no voleibol chegara ao fim. Um sentimento horrível de derrota pessoal. Meu pai percebeu como eu estava me sentindo e quis me tirar da cabeça a ideia de que meu mundo desmoronara: ‘Você está apenas começando. Trate de treinar mais, levantar a cabeça e seguir em frente, que tudo vai dar certo’, disse ao me ver abatido, choroso.
A história do sábio chinês que presenteou o imperador com um livro cabe perfeitamente aqui. O livro tinha apenas duas páginas. Ao dá-lo, o sábio explicou: ‘ No momento mais triste de sua vida, senhor imperador, leia a primeira página e feche o livro. E no momento mais feliz, leia a segunda. O presente terá atingido seu objetivo. ’
Tempos depois, o azar abateu-se sobre o império. Uma peste matou parte da população, uma praga destruiu a lavoura, bárbaros invadiram as terras saqueando o que sobrara. Desesperado, o imperador lembrou-se do livro. Na primeira página somente uma frase curta: ‘Isso vai passar. ’ Incansável e laborioso, ele convidou seus conselheiros e pediu o apoio de seu povo para expulsar os invasores, debelar a peste e recuperar a lavoura.
Mais tarde, sua única filha casou-se com o filho de um imperador vizinho e os dois países se uniram num único e imenso império. Feliz da vida, o imperador lembrou-se novamente do livro e foi direto à segunda página, onde se lia apenas outra frase curta: ‘Isso também vai passar. ’ Moral da história: não devemos nos embriagar pelas grandes alegrias nem nos deixar abater pelas grandes tristezas. (p. 35-36).”
A mensagem da Páscoa, nos exemplos de dor, morte e ressurreição deixados por Jesus Cristo, deve transcender para as questões vitais nas quais nossas vidas estão envolvidas. E fortalecer a consciência de que é possível e importante continuar. Senão por nós, mas pelo menos por aqueles que precisam de nós e contam conosco. É como se se assemelhasse a sair do túmulo para poder continuar, porque a realidade aparente parece querer impor o contrário. São nestes embates que também se constrói a vida. Sobretudo quando se procura vivê-la com dignidade e generosidade, fazendo com que ela seja instrumento de ressurreição para outros mais necessitados! Não foi este o grande exemplo de Jesus?
Um abraço e uma Feliz Páscoa!
*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR. ( mais textos do prof. poderão ser acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)
Bibliografia:
- BERNARDINHO. Transformando suor em ouro. Rio de Janeiro: Sextante, 2006.
Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
Leia mais crônicas do Prof. Cláudio Silva clicando nos links abaixo:
1. A ADOLESCÊNCIA FURTADA - o culto à precocidade – Parte I
2. A ADOLESCÊNCIA FURTADA - o culto à precocidade – Parte II
3. CUIDADO, SEU FILHO PODERÁ SER MAIS UM “MEIA BOCA”!
4. TÁ FALTANDO TEMPERO , ZÉ!
5. SABE QUEM INFARTOU?
6. NÃO DESISTA JAMAIS – a história de José e Hilda
7. A MULHER E O MENINO
8. NÃO LEIA BONS LIVROS
9. GLÓRIA PEREZ ACERTOU!
10. A ESCOLA COM QUE SONHO
11. LEVANTA A CABEÇA MENINO! ou Aprendendo com Ronaldo “O Fenômeno”
12. ESTOU A DOIS PASSOS DO PARAÍSO !
13. O “MORRO DOS VENTOS UIVANTES” E O BULLYING !
14. QUER FILHOS INTELIGENTES?
15. BIN LADEN ESTÁ VIVO!
16. SAIA DO TÚMULO! É HORA DE REAGIR!
17. ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE
18. A TRAGÉDIA DO REALENGO
19. VOCÊ É UM PROFISSIONAL DE ALTO NÍVEL?
20. ENCHENTES
21. O PERIGO ATÔMICO
22. PROFISSIONALISMO : a importância do espírito de equipe para o sucesso profissional
23. CONQUISTANDO SEUS OBJETIVOS NA VIDA
24. CUIDADO COM A BUSCA DO MAIS FÁCIL! – a importância da educação da vontade na formação dos filhos.
25. EDUCAÇÃO INTEGRAL : Ampliação de Tempos e Espaços Educativos - A experiência de Apucarana-Pr
26. OS CUIDADOS NA EDUCAÇÃO DOS PEQUENOS
27. CONHEÇA O PERFIL DETALHADO DO GRANDE DERROTADO NAS ELEIÇÕES EM APUCARANA
28. EDUCAÇÃO NO BRASIL, UM BARCO RUMO AO PRECIPÍCIO?
sexta-feira, 22 de abril de 2011
ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE! – é sexta-feira santa !
Estão crucificando um inocente. ** “Mas que mal fez ele?” “Não encontro nele crime algum.” “Crucifica-o!” Acabemos com ele. Seus algozes se diziam “gente de bem”, preocupados com a ordem. Quais os seus verdadeiros interesses? Tinham nas mãos os meios para manobrar a multidão sem senso crítico. E o fizeram. E o Filho de Deus foi crucificado. Mais de dois mil anos se passaram e este episódio continua ecoando, emocionando e questionando: “Que mal fez Ele?” Seu crime: amar e concretizar em gestos e atos o grande amor do Pai pelos mansos e puros ,sobretudo pelos marginalizados e esquecidos pela sociedade. O que subvertia a ordem estabelecida e desalojava os poderosos de sua comodidade. Porque questionava.
Estão crucificando um inocente. A paixão de Cristo continua sacudindo as consciências. As crucificações continuam ocorrendo diante dos olhos da sociedade. Leis equivocadas que comprometem o futuro de gerações. A faxina social cometida por “justiceiros” que atiram tendo como único critério o traje ou a cor da pele. A droga que corre solta. A violência que campeia. A corrupção. O bullying que destrói as personalidades.
Estão crucificando um inocente. Processos espúrios, motivados por interesses inconfessos. Políticas econômicas que privilegiam a poucos e crucificam a grande maioria da sociedade. Dois mil anos depois Jesus continua sendo crucificado nas pessoas daqueles que o Pai criou à Sua imagem e semelhança.
Crucificações podem estar ocorrendo dentro de nossos lares, escolas e salas de aula, ambientes de trabalho, comunidades e na sociedade. Por isso esta sexta-feira é santa, por ter o condão de acordar as consciências para a grande lição que continua sendo ensinada do alto do calvário.
Um abraço e uma sexta- feira santa que possa prenunciar uma FELIZ PÁSCOA!
(Se achou este artigo interessante, poste seu comentário abaixo. Sua referência é importante para nós)
*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR. ( mais textos do prof. poderão ser acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)
** os trechos entre aspas foram extraídos dos evangelhos
Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
Leia crônicas do Prof. Cláudio Silva clicando nos links abaixo:
1. A ADOLESCÊNCIA FURTADA - o culto à precocidade – Parte I
2. A ADOLESCÊNCIA FURTADA - o culto à precocidade – Parte II
3. CUIDADO, SEU FILHO PODERÁ SER MAIS UM “MEIA BOCA”!
4. TÁ FALTANDO TEMPERO , ZÉ!
5. SABE QUEM INFARTOU?
6. NÃO DESISTA JAMAIS – a história de José e Hilda
7. A MULHER E O MENINO
8. NÃO LEIA BONS LIVROS
9. GLÓRIA PEREZ ACERTOU!
10. A ESCOLA COM QUE SONHO
11. LEVANTA A CABEÇA MENINO! ou Aprendendo com Ronaldo “O Fenômeno”
12. ESTOU A DOIS PASSOS DO PARAÍSO !
13. O “MORRO DOS VENTOS UIVANTES” E O BULLYING !
14. QUER FILHOS INTELIGENTES?
15. BIN LADEN ESTÁ VIVO!
16. SAIA DO TÚMULO! É HORA DE REAGIR!
17. ESTÃO CRUCIFICANDO UM INOCENTE
18. A TRAGÉDIA DO REALENGO
19. VOCÊ É UM PROFISSIONAL DE ALTO NÍVEL?
20. ENCHENTES
21. O PERIGO ATÔMICO
22. PROFISSIONALISMO : a importância do espírito de equipe para o sucesso profissional
23. CONQUISTANDO SEUS OBJETIVOS NA VIDA
24. CUIDADO COM A BUSCA DO MAIS FÁCIL! – a importância da educação da vontade na formação dos filhos.
25. EDUCAÇÃO INTEGRAL : Ampliação de Tempos e Espaços Educativos - A experiência de Apucarana-Pr
26. OS CUIDADOS NA EDUCAÇÃO DOS PEQUENOS
27. CONHEÇA O PERFIL DETALHADO DO GRANDE DERROTADO NAS ELEIÇÕES EM APUCARANA
28. EDUCAÇÃO NO BRASIL, UM BARCO RUMO AO PRECIPÍCIO?
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Educação Integral continua com o “Televisando o Futuro”
- Terça, 19/04/11 , 10h34 , Autor: Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Apucarana
Com ênfase na responsabilidade social, o projeto coloca a força da televisão a serviço da educação
A Autarquia Muncipal de Educação (AME) de Apucarana renovou nesta terça-feira (19/04) convênio com o Instituto GRPCOM, da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), e pelo segundo ano consecutivo desenvolverá o Concurso Cultural “Televisando o Futuro” junto à rede municipal de ensino. A solenidade que oficializou a continuidade da parceria aconteceu em um café-da-manhã nas dependências do Sesc/Apucarana.
Além dos gestores educacionais do município, estiveram presentes autoridades, entre elas o prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB), o diretor-presidente da AME e presidente estadual da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME/PR), professor Cláudio Silva, e a gerente-geral da RPCTV Coroados, afiliada da Rede Globo em Londrina, Silvana Postiglioni.
“Tivemos excelentes resultados no ano passado e as expectativas são ainda melhores para este ano. Esta parceria incentiva e divulga as boas práticas. Motiva educadores e alunos a buscar e promover conhecimento”, salientou o prefeito João Carlos. De acordo com ele, o “Televisando o Futuro” revela para todo o Paraná “o que Apucarana vem fazendo através da educação integral, promovendo um ensino de qualidade e de resultados para a vida do aluno”, disse.
Com ênfase na responsabilidade social, o “Televisando o Futuro” coloca a força da televisão a serviço da educação. “O projeto estimula os estudantes a produzirem ilustrações e textos sobre o tema em discussão. Neste ano, Meio Ambiente é a idéia central”, informa a diretora da RPCTV Coroados, Silvana Postiglioni. No período de 1º a 22 de junho, os alunos vão abordar: Biodiversidade; Destinação de Resíduos (reciclagem); Água, um bem finito e Mudanças Climáticas.
A meta é promover a reflexão e contribuir para construção da cidadania por meio de reportagens especiais exibidas no Paraná TV 1ª. Edição e Bom Dia Paraná nos municípios de Apucarana, Cambé, Campo Mourão, Carambeí, Cascavel, Castro, Cianorte, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Ivatuba, Londrina, Maringá, Medianeira, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa, Toledo e Umuarama. Nos municípios de Guarapuava, Irati e União da Vitória, os programas serão exibidos no Paraná TV 2ª. Edição e Bom Dia Paraná.
Uma realização do Instituto GRPCOM e RPC, em parceria com as prefeituras, o projeto tem apoio da UNDIME/PR e UNOPAR.
Acompanhe o calendário do concurso:
Inscrição das escolas - Até 6 de maio
Entrega dos Kits para as escolas que fizerem a Adesão
Até 20 de maio (enviadas pelas Secretarias Municipais de Educação)
Formação de Professores sobre Mídia e Educação
Até 31 de maio
Exibição das Reportagens do Paraná TV (1ª e 2ª Edição)
01/06 – Biodiversidade
08/06 – Destinação de Resíduos (reciclagem)
15/06 – Água, um bem finito
22/06 – Mudanças Climáticas
Cadastro d professores e envio d trabalhos inscritos (Professores, Escolas e Estudantes) - Até 1 d agosto
sábado, 16 de abril de 2011
A TRAGÉDIA DO REALENGO
* Por Cláudio Silva
O triste e lamentável episódio da escola do Realengo vitimando fatalmente 12 adolescentes, mais uma vez colocou a sociedade brasileira em estado de alerta. Inclusive com repercussão internacional. Um aspecto chamou a atenção, a recorrência do fenômeno bullying abordado semanas atrás nesta coluna em nossa crônica O “Morro dos Ventos Uivantes” e o bullying! , e que recomendamos reler. As análises do caso que tem sido apresentadas por autoridades policiais e especialistas, sobretudo nas áreas da psiquiatria e psicologia, dão conta de que não é possível prever atos perpetrados por uma mente desequilibrada. No entanto, uma situação é fato, o criminoso foi vítima de bullying quando estudou naquela mesma escola. Retomemos alguns trechos de reportagens veiculadas nos últimos dias:
-“ Em anotações encontradas pela polícia em sua casa, o atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, pôs a culpa pelo massacre em Realengo nos que o humilharam na escola na adolescência. Os manuscritos foram exibidos ontem à noite no "Fantástico", da Rede Globo. [...] Muitas vezes, aconteceu comigo de ser agredido por um grupo e todos os que estavam por perto debochavam, se divertiam com as humilhações que eu sofria sem se importar com meus sentimentos", escreveu ele. ” ( Folha de S. Paulo 11. 04. 2011);
- “Eu me lembro muito, o Wellington era o ‘bundão’ da turma, era um cara totalmente tranquilo, um bobão. Implicavam bastante com ele, zuavam ele de tudo o que é nome”, contou Bruno. Mas depois o jovem ressaltou: “Ele apesar de ser bundão, ele tinha um sorriso assustador”. ( Portal G1 08.04.11)
- “O professor Glenn Stutzky, da Universidade de Michigan State (EUA), analisa que pessoas que tenham sido vítima de bullying na escola, podem praticar atos de violência no futuro, desencadeados por outros fatos”. ( Folha de S. Paulo 15.04. 11)
É consenso que nada pode justificar atos de violência, e suas raízes devem ser combatidas com o seu antídoto. Assim, é imperioso que a sociedade, para poder fazer o seu enfrentamento, se una no sentido da promoção de uma educação para a paz, e para a promoção de relações humanas fraternas. Um trabalho de humanização que seja iniciado na família, e perpasse as demais instituições sociais fundamentais. E que seja assumido pelos seus principais atores. Neste sentido a escola é o locus por excelência para a promoção e aprofundamento desse processo, de, quem sabe, reeducação humana. Talvez seja este o termo mais apropriado.
Mas para que isso seja possível, é necessário superar todo e qualquer entrave, inclusive barreiras de caráter ideológico. Digo isto baseado em um fato que ocorreu comigo no ano passado, em Curitiba, na etapa estadual da Conferência Nacional da Educação ( CONAE). Apresentamos a proposta da inserção da educação para a paz nos currículos escolares. Para que constasse no documento final que seria encaminhado posteriormente para a etapa nacional da conferência, e a partir do qual seriam delineadas as propostas para a elaboração do Plano Nacional de Educação ( PNE). A sugestão foi motivada por uma sequência de fatos, à época, envolvendo agressões a professores e estudantes em Londrina - Pr, inclusive com o seqüestro de uma diretora por alunos. A proposta , por questões ideológicas, dividiu as opiniões da plenária, sendo levada a votação. E, pasmem, a educação para a paz foi voto vencido! Por uma pequena margem de votos, mas o fato é que foi recusada. Argumentos contrários, comentados depois “a boca pequena”, eram de que iniciativas dessa natureza se identificam com práticas apregoadas pela política neoliberal. Curiosamente, a mesma cidade de Londrina, há poucos dias frequentou novamente os noticiários com graves fatos de violência em escolas. Às vezes a estreiteza das diferenças humanas, impede a percepção de questões maiores e fundamentais. E a política tem sido campo fértil para esses radicalismos que têm custado tão caro à sociedade.
Mas para que isso seja possível, é necessário superar todo e qualquer entrave, inclusive barreiras de caráter ideológico. Digo isto baseado em um fato que ocorreu comigo no ano passado, em Curitiba, na etapa estadual da Conferência Nacional da Educação ( CONAE). Apresentamos a proposta da inserção da educação para a paz nos currículos escolares. Para que constasse no documento final que seria encaminhado posteriormente para a etapa nacional da conferência, e a partir do qual seriam delineadas as propostas para a elaboração do Plano Nacional de Educação ( PNE). A sugestão foi motivada por uma sequência de fatos, à época, envolvendo agressões a professores e estudantes em Londrina - Pr, inclusive com o seqüestro de uma diretora por alunos. A proposta , por questões ideológicas, dividiu as opiniões da plenária, sendo levada a votação. E, pasmem, a educação para a paz foi voto vencido! Por uma pequena margem de votos, mas o fato é que foi recusada. Argumentos contrários, comentados depois “a boca pequena”, eram de que iniciativas dessa natureza se identificam com práticas apregoadas pela política neoliberal. Curiosamente, a mesma cidade de Londrina, há poucos dias frequentou novamente os noticiários com graves fatos de violência em escolas. Às vezes a estreiteza das diferenças humanas, impede a percepção de questões maiores e fundamentais. E a política tem sido campo fértil para esses radicalismos que têm custado tão caro à sociedade.
Importante, em momentos como agora, em que somos sacudidos por fatalidades carregadas de extrema violência, repensar a educação dos nossos filhos. E tomar consciência de que os “freios morais” que norteiam e equilibram a ação humana precisam ser repensados e revalorizados. Um deles é a fé, cuja crise moderna se traduz no distanciamento do primeiro mandamento, ou na sua redução a práticas fanatizantes e/ou desencarnadas da realidade. Desde a antiguidade a Regra de Ouro tem sido uma ótima referência moral, amar ao próximo como a si mesmo.
O mundo voltado para o individualismo é um mundo que não cria fraternidade. Michel Quoist, escritor francês, indica que reconstruindo o homem, estaremos reconstruindo o mundo. E que a reconstrução do homem passa pela reconstrução de relações fraternas. Constatação tão antiga e tão atual, e historicamente relembrada por personagens que marcaram a humanidade como Jesus Cristo, Confúcio, Ghandi, Luther King e tantos outros. Finalizando, algumas frases da emblemática “Blowin In The Wind”, de Bob Dylan: “Quantos caminhos um homem deve andar, para que possa ser chamado de homem? Quantas mortes ainda serão necessárias, para que se saiba que já se matou demais? Quanto tempo um homem deve virar a cabeça, fingindo não ver o que está vendo?”.
Um abraço e uma boa semana!
*Cláudio Silva é mestre em Educação, Secretário de Educação de Apucarana-PR e ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR. ( mais textos do prof. poderão ser acessados em http://profclaudiosilva.blogspot.com)
Ficha Técnica:
Estrutura: Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva (acadêmica de jornalismo)
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
Acesse a mais recente crônica do Prof. Cláudio Silva “Tá faltando tempero, Zé!"! clicando: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/08/ta-faltando-tempero-ze.html.
Acesse a mais recente crônica do Prof. Cláudio Silva “Tá faltando tempero, Zé!"! clicando: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/08/ta-faltando-tempero-ze.html.
domingo, 3 de abril de 2011
VOCÊ É UM PROFISSIONAL DE ALTO NÍVEL?
* Por Cláudio Silva
Deveres profissionais são obrigatórios.Virtudes profissionais, dependem de qualidades pessoais. Elas:
- enriquecem a atuação do profissional, destacando-o da média.
- aumentam o mérito do profissional
- podem ser inatas ou adquiridas
- são decorrentes dos valores que você cultiva
Quais são as virtudes de um profissional de alto nível?
1. RESPONSABILIDADE
- consciência profissional
- sentir-se responsável pelos resultados da equipe
- auto-estima
- é ter um sentido na vida
- é ser obstinado pelo alcance das metas
- é chamar a responsabilidade para si
2. LEALDADE :
- alegria nas conquistas
- defesa dos interesses
- luta por objetivos
- tomar medidas concretas quando o projeto é ameaçado
- orgulho de pertencer ao time
- fala positiva e defesa da empresa contra críticas
3. INICIATIVA
- demonstrar lealdade
- fazer algo a mais
- tomar decisões
- dar mais de si pela conquista dos objetivos
- assumir responsabilidades
4. HONESTIDADE
- irmã da confiança
- honestidade para consigo mesmo
- honestidade com a equipe
- honestidade com os que confiam e esperam o melhor de você ( familiares, contratantes, amigos, admiradores...)
- honestidade com AQUELE que nos deu o nosso dom
5. COMPANHEIRISMO
- consciência de que o sucesso de seu companheiro de trabalho será o seu sucesso e vice-versa
- apoio
- incentivo
6.ESPÍRITO DE UNIÃO
- é saber que uma equipe unida é potencialmente uma equipe vencedora
7.SIGILO
- respeito aos segredos
8. COMPETÊNCIA
- busca permanente de autosuperação
"A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem." (ARISTÓTELES)
9. PRUDÊNCIA
- ser cauteloso
- ser sensato
- ser precavido
- não ser precipitado
- pensar antes de agir
“Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém” ( Paulo Apóstolo)
10. CORAGEM
- não ter medo de ficar do lado da verdade e da justiça
11. PERSEVERANÇA
- capacidade de superação
12. COMPREENSÃO
- sensibilidade
- percepção
14. HUMILDADE
- autenticidade
15. IMPARCIALIDADE
- justiça
16. OTIMISMO
- energia
- bom-humor
Agradeça!
Se você é um dos que tiveram o privilégio de transformar em profissão o que mais gosta de fazer
É um (a) bem aventurado (a) ...
Pode levar a alegria e a felicidade através do que faz.
Você nasceu para ser um vencedor. E é assim que as pessoas que te amam e admiram querem lembrar-se de você!
Um abraço e uma boa semana!
Se achou este texto interessante compartilhe recomendando a amigos, e poste o seu comentário abaixo. A sua referência é muito importante para nós - Os editores.
*Cláudio Silva é mestre em Educação, ex- presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação-UNDIME/PR, foi Secretário de Educação de Apucarana-PR (gestões 2005-2008 e 2009-2012 ) e Secretário de Ensino Superior ( 2012)
Ficha Técnica:
Estrutura: Jornalista Cláudia Alenkire Gonçalves da Silva
Revisão: Prof.ª Doutoranda Leila Cleuri Pryjma
Link’s recomendados:
CONHEÇA A NOSSA ESCOLA:
( Matrículas Abertas !)
Assinar:
Postagens (Atom)