São Paulo - Quando a paulista Pâmela Campos, 25,
chegou à mesa de patronos e paraninfos para receber os cumprimentos pela
colação de grau no curso de direito, realizava mais que uma conquista
pessoal. Também fazia história. Ao lado de outros setenta colegas,
Pâmela integra a primeira turma de concluintes em direito da Faculdade
Zumbi dos Palmares, instituição que carrega o pioneirismo, no Brasil e
América Latina, de ter foco específico na inclusão e manutenção de
afrodescendentes no ensino superior do país.
A cerimônia de colação aconteceu em São Paulo na noite desta
sexta-feira, 14, no Memorial da América Latina. O ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, foi um dos patronos da turma, ao lado do
vice-presidente da República, Michel Temer e outras autoridades.
Mercadante saudou a conquista dos alunos da Zumbi dos Palmares como
parte de um processo que vem se consolidando na educação superior
brasileira nos últimos dez anos. Segundo ele, com uma expansão que vem
se construindo aliada a políticas de inclusão social, como o Programa
Universidade para Todos. “Nós temos um milhão de alunos no ProUni, onde
metade são negros. E teremos agora, nos próximos quatro anos, metade de
todas as vagas das universidades federais do Brasil, de todos os cursos,
destinadas aos alunos da escola pública – e entre esses, metade para
os afrodescendentes, respeitando a participação demográfica de cada
estado”. O ministro disse também que espera que os novos bacharéis usem o
saber jurídico para a promoção da inclusão social, reduzindo a
desigualdade e patrocinando a cidadania de uma multidão de jovens que
estão nas periferias do país. Citando Nelson Mandela, Mercadante
concluiu: “’A educação é a principal arma para transformar o mundo’.
Para a formanda Pâmela, grávida de oito meses, o momento foi único.
“É uma emoção sem palavras. Agora que terminei, meu incentivo é ter a
minha filha, a Maria Eduarda, e logo depois já seguir fazendo
especialização. Meu sonho é ser promotora e chegar a delegada federal”,
planeja. Como ela, Manoel Bonfim Santos, em seu discurso como orador da
turma, também disse que os objetivos dos novos bacharéis não são
modestos. “A sociedade pode esperar de nós, pelo aprendizado que
obtivemos – não só do que consta da grade curricular, mas também das
questões sociais que muito precisam de luta”, afirmou. “São pessoas que
não serão apenas mais um ou uma advogada no mercado, mas batalhadores e
batalhadoras na luta por justiça social, que vem assegurada em nossa
constituição federal”, acrescentou.
O projeto – A Faculdade Zumbi dos Palmares foi
criada em 2003 pela organização não-governamental Afrobras – Sociedade
Afrobrasileira de Desenvolvimento Sociocultural. A exemplo de
universidades historicamente negras dos Estados Unidos, como a
Universidade e Cheyney e a Universidade de Howard, em Washington, a
Zumbi dos Palmares se propõe a valorizar, qualificar, capacitar, formar,
informar e dar visibilidade ao negro brasileiro. A instituição oferece
cursos de administração, direito, pedagogia, publicidade e propaganda, e
tecnólogo em transportes terrestres, todos noturnos. Reúne cerca de
1800 estudantes, dos quais quase 90% são autodeclarados como
afrodescendentes. No Brasil, onde os negros são metade da população,
segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 4% tem
curso superior completo.
Mais -
Maria Fernanda Conti
Fonte: MEC Assessoria de Comunicação
CRÔNICA INÉDITA DO PROF.
CLÁUDIO SILVA: AS RAPOSAS E O GALINHEIRO
http://profclaudiosilva.blogspot.com.br/2012/09/as-raposas-e-o-galinheiro-refletindo.html
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