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Katia Deutner
DO UOL, em São PauloThinkstockPrometer um castigo e não cumprir é tão nocivo quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem - Pais erram ao dar broncas muito longas e frequentemente, dizem especialistas
- Disputada carreira de celebridade mirim tem prós e contras para as crianças
- Brincar na infância é mais importante do que atividades extras, dizem especialistas
Falar, mandar e repetir tudo de novo parece chato, mas muitas vezes é
fundamental para a educação de uma criança. Não obedecer na primeira vez
em que os pais chamam a atenção não significa que o filho está fazendo
pirraça –mas é preciso cuidado para que não vire. "O processo de
aprendizagem é contínuo e por isso precisa ser revisto sempre. Repetir
muitas vezes para que a criança compreenda e execute uma determinada
tarefa é comum", explica a psicóloga infantil Jéssica Fogaça.
Isso ocorre porque o processo de memorização se constitui aos poucos.
"Iniciamos a fala com balbucios, depois com algumas sílabas para então
chegar às palavras e, finalmente, às frases completas. O desenvolvimento
humano é um processo repleto de etapas. Partimos das mais simples para
as mais complexas",diz a especialista.
Uma coisa de cada vez
Se o filho não obedecer na primeira vez ou depois de tantas outras, o problema pode estar também na forma como a informação foi passada e não em seu conteúdo. Acontece de os pais falarem tanta coisa ao mesmo tempo que as crianças não memorizam tudo na hora. Ser claro e objetivo na solicitação e fazer um pedido apenas por vez são os primeiros passos para o entendimento.
Se o filho não obedecer na primeira vez ou depois de tantas outras, o problema pode estar também na forma como a informação foi passada e não em seu conteúdo. Acontece de os pais falarem tanta coisa ao mesmo tempo que as crianças não memorizam tudo na hora. Ser claro e objetivo na solicitação e fazer um pedido apenas por vez são os primeiros passos para o entendimento.
Desde cedo, as crianças aprendem que pai ou mãe não ficarão repetindo a
mesma ordem, mas vão exigir obediência. "Geralmente, chegam aos cinco
anos cedendo ao primeiro 'não'. A desobediência ocorre ainda porque este
processo de repetição significa para o filho um meio de manter a
atenção dos pais voltada para ele, que, em última instância, fica no
domínio da situação", diz a psicopedagoga Maria Irene Maluf.
Pode ser que ele esteja fazendo pirraça para chamar a atenção. Se esse
for o caso, cuidado: a criança entende que não obedecer vale a pena e
que, em algum momento, vai tirar vantagem disso, afinal, os adultos vão
se cansar e ela vai fazer o que quer, como um sinal forte de falta de
limites.
Nada de barganha
Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo para a educação do filho quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem. "É preciso ser coerente na fala e pensar antes de dar a ordem e a consequência de seu não cumprimento. Ceder por insistência das crianças demonstra falta de autoridade e desfavorece as ordens", conta a psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Unip (Universidade Paulista).
Prometer um castigo e não cumprir é tão nocivo para a educação do filho quanto fazer pequenas trocas na base da chantagem. "É preciso ser coerente na fala e pensar antes de dar a ordem e a consequência de seu não cumprimento. Ceder por insistência das crianças demonstra falta de autoridade e desfavorece as ordens", conta a psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Unip (Universidade Paulista).
Dar mais liberdade e alternativas para os filhos agirem é bom desde que
haja supervisão e que eles saibam que existem consequências boas ou
ruins. "As crianças devem entender logo cedo que os pais mandam, têm
maior conhecimento das coisas e são responsáveis por tudo o que fizerem.
Pais são diferente dos irmãos ou dos amiguinhos", completa Maria Irene
Maluf.
Lições para um filho obediente
1. Tenha certeza do que fala. Tanto da ordem que passou quanto de sua clareza e entendimento. Explique objetivamente o que espera que seu filho faça e o que pode acontecer se não obedecer.
2. Crianças contrariadas choram. Elas estão começando a viver dentro da realidade, o que nem sempre está de acordo aos seus desejos. Mas frustração, quando adequada à faixa etária, ensina a superar problemas no presente e no futuro, principalmente se os pais estiverem no comando.
3. Evite falar demais. Crianças não precisam de longos discursos sobre as razões pelas quais podem ou não fazer determinadas coisas. Basta falar: resolvi por que é melhor para você.
4. Saiba escutar seu filho. Ao dar a ordem, use de bom senso quando ele tentar negociar e chegar a um acordo. Assim, a criança se vê cumprindo a ordem e os pais ficam satisfeitos e com autoridade.
5. Cuidado com "sim" e "não". Eles devem ser definitivos, combinados entre os pais e longe dos filhos. Nada pior que um dos pais tirar a autoridade do outro.
6. Seja sensato e firme. Demonstre autoridade com uma fala objetiva e com tom de voz firme, porém amigo. Aja com bom senso ao dar uma ordem. De nada adianta pedir algo que está além da capacidade da criança.
7. Fique em alerta com a desobediência frequente. Isso significa que algo está errado e a frustração dos pais muitas vezes se transforma em palavras e modos rudes. Se perceber que vai perder o controle, saia do ambiente que está com a criança e só volte quando estiver seguro do que falar e fazer.
8. Dê atenção e amor. Pergunte para o filho como foi seu dia, como se sentiu na escola. Se algo estiver errado (fez birra com a professora, por exemplo), avise que ele errou e que pode sofrer um castigo por isso. Elogie bons comportamentos com beijos e abraços. Nada de trocar por presentes e promessas de vantagens.
9. Diga "não" quando for preciso. Sempre de forma educada, controlada e segura. Isso não magoa a criança, não tira a liberdade de expressão, de movimentos ou a criatividade, mas a torna mais confiante e forte.
10. Imponha limites. Os filhos não adivinham o que devem fazer e se sentem inseguros se não tiver alguém tomando conta deles, conduzindo seu comportamento nos momentos de novas experiências. Limites são bons para as crianças e para os pais
Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/04/21/veja-dez-atitudes-para-conseguir-que-seu-filho-obedeca-e-descubra-se-voce-age-corretamente.htm
PARA REFLEXÃO: CRÔNICA- "VAMOS COMIGO, FILHO!" – uma reflexão sobre a pós-modernidade - nova crônica do Prof. Cláudio Silva
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