Publicado Quarta-Feira, 28 de Março de 2012,
às 14:03 | CenárioMT com Senado
A celebração de um amplo acordo político nacional em favor da
educação e a permanente valorização do papel do professor estão entre os
principais motivos que levaram a Finlândia a obter um dos melhores
sistemas de educação do mundo, disse nesta quarta-feira (28) a
conselheira em Comércio e Educação Titta Maja, do Ministério das
Relações Exteriores daquele país.
Em audiência pública promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), ela ressaltou a importância do entendimento político em benefício da educação, firmado na segunda metade do século 20 em Helsinqui, capital da Finlândia – localizada, como observou, a 10.933 quilômetros de Brasília.
- Na Finlândia temos partidos de esquerda, de centro e de direita. Depois da Segunda Guerra Mundial, todos decidiram que, por ser um país pequeno, a Finlândia tinha de investir no futuro de cada criança – ressaltou Titta Maja no início da audiência, convocada a partir de requerimento do presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Na Finlândia, como observou, o ensino básico é gratuito e obrigatório desde 1921. E especialmente nas últimas quatro décadas, relatou, um país até então relativamente pobre tornou-se um dos “líderes em competitividade e níveis de bem-estar social”. A construção de uma sociedade baseada no conhecimento, a seu ver, pode ser considerada um fator preponderante para o crescimento finlandês.
Prestígio social
Segundo Titta Maja, o professor é um profissional com “alto prestígio social” na Finlândia, que leva uma vida confortável, embora não luxuosa, com seu salário. Apenas 10% dos candidatos aos cursos de formação de professores são aceitos pelas universidades daquele país. E os professores dispõem, como informou, de grande independência em seu trabalho.
A Finlândia obteve o terceiro lugar nos últimos exames do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). E investe em educação o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Brasil aplica 5,3% do PIB. O novo Plano Nacional de Educação, em discussão na Câmara dos Deputados, deverá elevar o investimento brasileiro para aproximadamente 7% nos próximos anos.
- Não é realmente dinheiro o segredo da Finlândia. O segredo é o papel-chave do professor, que sempre busca se aperfeiçoar – disse Titta Maja.
Investimento
Durante o debate, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ponderou que existe uma diferença entre investir 6% do PIB em um país de 5,3 milhões de habitantes e investir 5,3% do PIB em um país de 190 milhões de habitantes, onde o número de crianças fora da escola seria equivalente a toda a população da Finlândia.
Por sua vez, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) observou que investir de imediato 7% do PIB na educação, como se discute atualmente no Brasil, seria “jogar dinheiro fora”, uma vez que antes será necessário definir como esse dinheiro será investido. Ele elogiou ainda o fato de a convidada para a audiência ser conselheira em comércio e educação. Isso demonstra, a seu ver, a estreita ligação já percebida pela Finlândia entre a educação e a economia de um país.
- Na Finlândia, a empresa Nokia, que exportava papel, agora exporta celulares, graças à educação. No Brasil, ainda permanece a ideia de que a competitividade vem de reduzir custos de velhos produtos e não de inventar novos produtos – disse Cristovam
Em audiência pública promovida pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), ela ressaltou a importância do entendimento político em benefício da educação, firmado na segunda metade do século 20 em Helsinqui, capital da Finlândia – localizada, como observou, a 10.933 quilômetros de Brasília.
- Na Finlândia temos partidos de esquerda, de centro e de direita. Depois da Segunda Guerra Mundial, todos decidiram que, por ser um país pequeno, a Finlândia tinha de investir no futuro de cada criança – ressaltou Titta Maja no início da audiência, convocada a partir de requerimento do presidente da comissão, senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Na Finlândia, como observou, o ensino básico é gratuito e obrigatório desde 1921. E especialmente nas últimas quatro décadas, relatou, um país até então relativamente pobre tornou-se um dos “líderes em competitividade e níveis de bem-estar social”. A construção de uma sociedade baseada no conhecimento, a seu ver, pode ser considerada um fator preponderante para o crescimento finlandês.
Prestígio social
Segundo Titta Maja, o professor é um profissional com “alto prestígio social” na Finlândia, que leva uma vida confortável, embora não luxuosa, com seu salário. Apenas 10% dos candidatos aos cursos de formação de professores são aceitos pelas universidades daquele país. E os professores dispõem, como informou, de grande independência em seu trabalho.
A Finlândia obteve o terceiro lugar nos últimos exames do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). E investe em educação o equivalente a 6% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto o Brasil aplica 5,3% do PIB. O novo Plano Nacional de Educação, em discussão na Câmara dos Deputados, deverá elevar o investimento brasileiro para aproximadamente 7% nos próximos anos.
- Não é realmente dinheiro o segredo da Finlândia. O segredo é o papel-chave do professor, que sempre busca se aperfeiçoar – disse Titta Maja.
Investimento
Durante o debate, a senadora Ana Amélia (PP-RS) ponderou que existe uma diferença entre investir 6% do PIB em um país de 5,3 milhões de habitantes e investir 5,3% do PIB em um país de 190 milhões de habitantes, onde o número de crianças fora da escola seria equivalente a toda a população da Finlândia.
Por sua vez, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) observou que investir de imediato 7% do PIB na educação, como se discute atualmente no Brasil, seria “jogar dinheiro fora”, uma vez que antes será necessário definir como esse dinheiro será investido. Ele elogiou ainda o fato de a convidada para a audiência ser conselheira em comércio e educação. Isso demonstra, a seu ver, a estreita ligação já percebida pela Finlândia entre a educação e a economia de um país.
- Na Finlândia, a empresa Nokia, que exportava papel, agora exporta celulares, graças à educação. No Brasil, ainda permanece a ideia de que a competitividade vem de reduzir custos de velhos produtos e não de inventar novos produtos – disse Cristovam
Acesse crônicas do Prof.
Cláudio Silva, sobre educação, em: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/10/cronicas-sobre-educacao-do-prof-claudio.html
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