Estadão.edu
O ciclo Grandes Universidades trouxe a São Paulo na
noite desta quarta-feira, 21, o alto escalão de Columbia, uma das joias
da Ivy League americana. O reitor Lee Bollinger e outros dirigentes da
instituição apresentaram ao público o objetivo de ampliar a presença de
jovens brasileiros entre seus alunos da graduação e da pós. O evento,
promovido pela Fundação Estudar com apoio do Estadão.edu, ocorreu no Insper, na Vila Olímpia, zona sul.
Na semana passada a universidade convidada foi a Singularity, escola high-tech do Vale do Silício americano.
Fundada em 1754, Columbia é um dos exemplos mais notáveis da
opulência do ensino superior nos Estados Unidos. Financiada por um fundo
de perto de US$ 8 bilhões, alimentado por investimentos e doações, tem
pouco mais de 27 mil estudantes. Lidera a lista de universidades com
ganhadores do Nobel (são 40 prêmios até hoje). Estudaram em Columbia
três presidentes americanos, entre eles o atual, Barack Obama.
Ao anunciar a instalação de um escritório global da universidade no
Rio de Janeiro - o oitavo do mundo - Bollinger explicou que o objetivo é
entender o que acontece nas diferentes partes do planeta. Nesses
centros, alunos e professores realizam projetos de pesquisa de forma
colaborativa com seus pares de outros países. "Temos de enfrentar o
desafio excitante de compreender a globalização." O reitor também deu
uma aula magna sobre liberdade de imprensa.
A mais internacional das faculdades de Columbia é a Escola de
Políticas Públicas e Relações Internacionais (Sipa, na sigla em inglês),
onde metade dos alunos é de estrangeiros. Apesar disso, o diretor da
unidade, Robert Lieberman, fez uma palestra sobre a distribuição de
renda nos EUA. "Continuamos um país rico, mas a riqueza é mal
distribuída em razão de mudanças na legislação nos últimos 30 anos."
Já o pró-reitor acadêmico da universidade nova-iorquina, John
Coatsworth, afirmou, em tom de brincadeira, que Columbia é "a melhor e
mais interessante universidade de Nova York". Ele apresentou uma
conferência sobre o fortalecimento econômico e político do Brasil.
Para o empresário Jorge Paulo Lemann, um dos mantenedores da Fundação
Estudar, o fato de estar situada em Nova York faz de Columbia uma
universidade em processo contínuo de revitalização. "O frescor se renova
a cada momento", disse.
Painel
O evento terminou com uma mesa-redonda de ex-alunos de Columbia cujos
estudos foram bancados pela Fundação Estudar. O painel foi mediado por
Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do Grupo Estado.
O advogado carioca Marcelo Barbosa, que concluiu em 1996 o mestrado
em Direito, disse que ganhou seu primeiro endereço de e-mail pessoal em
Columbia. Foi lá também que ele descobriu o Yahoo!, para fazer buscas na
internet. "Na primeira vez em que usei, digitei Botafogo."
Para Marcelo, sócio-fundador do Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiro
Advogados, o estudante que busca vaga em Columbia deve ter foco:
"Planeje que experiência acadêmica você quer ter e monte um currículo de
acordo", aconselhou.
Plinio Ribeiro montou um diário enquanto fez a pós em política
pública, há cinco anos. Ele disse que a capacidade do aluno de agregar
conhecimento à Columbia é determinante na seleção. "Eles pegam o que
você leva para eles de background, absorvem e compartilham com os demais
estudantes." Plínio é diretor executivo da Biofílica, empresa do setor
focada na gestão e conservação de florestas na Amazônia.
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,universidade-columbia-quer-mais-brasileiros-entre-seus-alunos,851874,0.htm
Acesse
crônicas do Prof. Cláudio Silva, sobre
educação, em: http://profclaudiosilva.blogspot.com/2011/10/cronicas-sobre-educacao-do-prof-claudio.html
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